Ocupação, Colonização e Apartheid Israelitas

Uma centena de organizações europeias, entre as quais o MPPM, dirigiu esta carta ao CEiiA (Centro de Engenharia e Desenvolvimento de Produto), manifestando a sua firme oposição à contratação de drones Hermes 900, da empresa israelita Elbit Systems, para serviço da EMSA e dos estados membros da UE, tendo  em consideração o envolvimento da Elbit Systems, e do Hermes 900, em ataques criminosos contra civis palestinos, conforme amplamente referido por observadores internacionais independentes.

11 de Novembro de 2019
Ao CEO do CeiiA
Caro Engenheiro José Rui Felizardo:

As forças de ocupação israelitas mataram a tiro um jovem palestino nesta segunda-feira num campo de refugiados de Al-Aroub, perto da cidade de Hebron, no Sul da Cisjordânia ocupada.

Omar Haitham al-Badawi, de 22 anos, foi atingido por tiros israelitas à porta de sua casa, no campo de refugiados, informou o Ministério da Saúde da Palestina. O jovem, com um ferimento de bala, foi levado para o hospital de Hebron, onde sucumbiu aos seus ferimentos.

Um vídeo que circulou nas redes sociais mostra al-Badawi aproximando-se lentamente dos soldados israelitas, e ouve-se alguém pedindo-lhe para trazer água. Ouve-se então um tiro al-Badawi cai no chão.

Também num outro vídeo, divulgado pelo site palestino J Media, vê-se o momento em que Badawi é baleado.

O dia 9 de Novembro marca trinta anos desde a queda do Muro de Berlim e da proclamação da superioridade do Ocidente e do seu modelo de mercado livre, com o qual iam cair todos os muros. Três décadas depois, foram construídos mais de 70 muros em todo o mundo. Visto do ponto de vista da Campanha Palestina contra o Muro, parece que o mundo está a atravessar um processo de «israelização».

Três presos palestinos em detenção administrativa nas prisões israeleitas continuam em greve de fome, um deles há 109 dias seguidos, em protesto contra o seu encarceramento ilegal, sem acusação nem julgamento.

Segundo informou este sábado a Comissão dos Presos Palestinos, citada pela agência WAFA, Ismail Ali está em greve de fome há 109 dias. A sua saúde deteriorou-se gravemente devido ao longo jejum: sofreu uma grande perda de peso, perdeu capacidade visual e está incapaz de andar.

Outro detido administrativo, Mosab al-Hindi, está em greve de fome há 47 dias em protesto contra a sua detenção administrativa, foi recentemente transferido para o hospital após um agravamento do seu estado de saúde.

O terceiro grevista da fome, Ahmad Zahran, que está em jejum há 49 dias, também se encontra num estado de saúde grave devido ao seu longo jejum. A sua ordem de detenção administrativa foi prorrogada por mais quatro meses, dois dias antes de terminar a atual.

As forças israelitas feriram 104 manifestantes palestinos que participavam esta sexta-feira nos protestos da 82.ª semana da Grande Marcha do Retorno na Faixa de Gaza.

Mais uma vez, as forças repressivas israelitas usaram uma violência desproporcionada e criminosa contra os manifestantes desarmados: 41 palestinos foram feridos por balas reais — incluindo dois menores que se encontram em estado crítico —, enquanto outros foram feridos por balas de borracha e bombas de gás lacrimogéneo.

Milhares de pessoas participaram no protesto, juntando-se nos cinco acampamentos ao longo da vedação com que Israel isola a Faixa de Gaza. O protesto de hoje desenrolou-se sob o lema «Vamos continuar».

Uma agente da polícia de fronteira israelita alvejou pelas costas um palestino desarmado, mostra um vídeo publicado nas redes sociais. O caso, ocorrido há mais de um ano, regressou à actualidade depois de se ter tornado viral nas redes sociais e ser transmitido no sábado passado por uma estação de televisão israelita.

O Canal 13 informou que o palestino foi mandado parar quando tentava entrar em Israel a partir da Cisjordânia ocupada. No filme, aparentemente gravado com um telemóvel, vê-se um homem não identificado a ser mandado para trás por uma agente da guarda de fronteira isarelita.

O palestino afasta-se de imediato, ao longo de uma estrada vazia, com as mãos no ar, enquanto agentes israelitas gritam «Anda!» em árabe. Quase 20 segundos depois, o homem é atingido com um tiro nas costas e cai gritando de dor. Os agentes israelitas viram-se e abandonam calmamente o local.

A dirigente política e ex-deputada palestina Khalida Jarrar foi novamente presa na madrugada desta quinta-feira pelas forças da ocupação israelita. A sua filha Yafa informou através do Twitter que a casa da família, em El Bireh, nos arredores de Ramala, foi assaltada às 3h da madrugada por mais de 70 soldados e 12 veículos militares.

A Frente Popular para a Libertação da Palestina (FPLP), de que  Khalida Jarrar é dirigente, informou num comunicado que as forças de ocupação sionistas lançaram hoje uma campanha de prisões em larga escala de militantes seus, incluindo a ex-deputada e o dirigente Ali Jaradat, além de dezenas de quadros de diferentes partes da Cisjordânia ocupada.

No comunicado a FPLP exortou também a Autoridade Palestina e os seus serviços de segurança a interromperem todas as formas de coordenação de segurança com as forças de ocupação.

O fabricante de equipamento desportivo Puma persiste em manter o seu patrocínio à Associação de Futebol de Israel que tem entre os seus membros seis clubes que têm a sua sede e jogam em colonatos construídos por Israel na Cisjordânia ocupada. Ainda que estes clubes estejam localizados em território palestino ocupado, os palestinos não têm acesso aos campos para jogar, treinar ou sequer assistir aos jogos. Israel impõe, também, restrições à movimentação de jogadores palestinos, como ainda recentemente obrigou ao cancelamento da final da Taça da Palestina por não autorizar a deslocação dos jogadores do clube de Gaza

Forças israelitas feriram hoje 73 palestinos durante os protestos junto à vedação com que Israel isola a Faixa de Gaza. Os soldados israelitas usaram balas reais e balas de borracha, bem como bombas de gás lacrimogéneo, contra os milhares de palestinos desarmados que participavam na 79.ª sexta-feira da Grande Marcha do Retorno.

Segundo informou o Ministério da Saúde palestino em Gaza, 31 pessoas foram feridas por balas reais e 42 com balas de aço revestidas de borracha. Outras dezenas foram tiveram de receber tratamento devido à inalação de gás lacrimogéneo.

Mais de 310 palestinos foram mortos e cerca de 17 000 foram feridos pelas forças israelitas desde o início da Grande Marcha do Retorno, que se realiza semanalmente, sem interrupções, desde 30 de Março de 2018.

Heba al-Labadi, presa política palestina em greve de fome, descreveu os pormenores do seu interrogatório pelas forças israelitas e as formas de tortura a que foi sujeita para a forçar a terminar o seu protesto.

Heba al-Labadi, de 24 anos, cidadã palestino-jordana, foi detida pelas forças israelitas em 20 de Agosto ao atravessar a fronteira com a Jordânia. Na companhia da mãe, viajava para assistir ao casamento de um familiar na Cisjordânia ocupada.

Logo a seguir a ser presa foi despida e foram-lhe colocadas algemas e correntes nas pernas, sendo depois vendada e transferida para o centro de detenção Bitah-Tikva. Nos primeiros 16 dias de detenção foi aí interrogada durante 20 horas por dia, com apenas dois intervalos para as refeições.

Nos primeiros 25 dias de prisão foi-lhe negada a visita de advogados, e só 32 dias após ser presa é que foi transferida de um centro de interrogatório para uma prisão.

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