Ocupação, Colonização e Apartheid Israelitas

O Movimento pelos Direitos do Povo Palestino e pela Paz no Médio Oriente (MPPM) condena firmemente o conteúdo do chamado «acordo do século» para a resolução da questão palestina, apresentado no dia 28 de Janeiro pelo presidente dos EUA, Donald Trump, acolitado pelo ainda primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu.

Apresentado com soberba imperial, o mal designado plano «Paz para a Prosperidade» rasga todas as resoluções aprovadas ao longo de décadas pela ONU sobre a questão palestina, e rasga mesmo os acordos, como Oslo, promovidos sob a égide dos Estados Unidos da América desde a década de 90. O «Plano» acompanha inteiramente as posições da extrema-direita israelita e assume a forma de um diktat que pretende impor ao povo palestino, cujos representantes não foram sequer considerados dignos de consulta, a total renúncia aos seus direitos nacionais, reconhecidos e consagrados pelo direito internacional.

A legitimação da anexação e o prosseguimento da limpeza étnica dos palestinos

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Os dirigentes palestinos exortaram nesta segunda-feira os palestinos a protestarem contra o pretenso «plano de paz» da administração Trump, que deverá ser apresentado em Washington na terça-feira.

As forças nacionais e islâmicas anunciaram actividades de massas que serão lançadas na Cisjordânia ocupada, na Faixa de Gaza cercada e noutros locais onde residem palestinos para rejeitar o chamado «acordo do século» e impedir as tentativas de o pôr em prática.

Num comunicado publicado hoje, segunda-feira, as forças nacionais e islâmicas informam que o acontecimento central será na próxima quarta-feira de manhã, no Norte do Vale do Jordão, para o defender contra as tentativas de anexação.
Foi também sublinhada a realização de um «dia de cólera» na próxima sexta-feira, pela defesa da mesquita de Al-Aqsa e da cidade de Jerusalém, que «não pode deixar de ser a capital do nosso Estado palestino independente».

Já na noite desta segunda-feira, manifestantes no campo de refugiados de Deheisheh, perto de...

O chamado «acordo do século» do governo Trump, segundo responsáveis de Israel citados pela comunicação social deste país, promete a aplicação da soberania israelita a todos os colonatos judaicos existentes na Cisjordânia ocupada, além da anexação do vale do Jordão, que se tornaria a fronteira oriental de Israel.

Não está previsto nenhum retorno significativo, nem nenhuma compensação, dos refugiados palestinos expulsos pela limpeza étnica levada a cabo pelos sionistas.

A televisão israelita, sem especificar fontes, avança pormenores do «plano de paz»:

* Soberania israelita em todos os mais de 100 colonatos da Cisjordânia, que seriam todos territorialmente contíguos, excepto 15. Mais de 400 000 israelitas vivem actualmente na Cisjordânia, além de outros 200 000 colonos em Jerusalém Oriental, que são territórios palestinos ocupados.

* Soberania israelita na totalidade de Jerusalém, incluindo a Cidade Velha.

* Poderia ser concedido um Estado aos palestinos, mas somente se Gaza fosse...

O exército israelita matou três jovens palestinos esta terça-feira à noite, alegando que eles atravessaram a «barreira de segurança» que cerca a Faixa de Gaza e penetraram 400 metros em Israel.

O exército de ocupação afirma  que abriu fogo de artilharia contra os jovens após estes  lançarem contra os soldados um dispositivo explosivo ou uma granada de mão.

Contrariamente ao relato das forças de ocupação, grupos activos em Gaza, citados pela agência palestina Ma'an, afirmaram que o que aconteceu foi «uma execução de três menores, em que o exército de ocupação ordenou que os três menores se despissem e depois foram executados a sangue frio por metralhadoras pesadas instaladas num tanque».

O exército israelita mata sistematicamente palestinos em Gaza, acusando-os de tentarem entrar no território de Israel ou de realizarem ataques às suas forças.

Cerca de 310 palestinos foram mortos pelas forças israelitas desde que começaram em Gaza os protestos da Grande Marcha do Retorno, em 30 de Março de...

Num relatório divulgado em 2012, a  ONU previa que a Faixa de Gaza se tornaria inabitável em 2020.  Mas os peritos dizem que essa ruptura já ocorreu há muito. Os seus quase dois milhões de habitantes sofrem de escassez crónica de alimentos, água e medicamentos e acesso a cuidados médicos. Estão sujeitos a racionamento de energia, a uma desertificação crescente, a poluição grave da água e do ar e recorrentes ataques israelitas.

Um artigo de Megan O’Toole publicado no Middle East Eye em 9 de Dezembro passado traça um retrato da situação dramática em Gaza no final de 2019. A taxa de desemprego aproxima-se dos 50%. Mais de dois terços dos agregados familiares têm insegurança alimentar e só 3% da água do aquífero é própria para consumo. O sistema de saúde está em colapso com uma redução para quase metade do número de médicos e enfermeiros por habitante e escassez de medicamentos. O fornecimento de energia eléctrica não satisfaz um terço das necessidades. A economia está em queda livre: o PIB...

Um grupo de bispos da Europa e da América do Norte exortou os seus governos a insistirem na aplicação do direito internacional em Israel e na Palestina.

O apelo dos bispos da Coordenação da Terra Santa surge na sequência da sua visita de cinco dias à região, esta semana.

Os bispos, que visitam a região todos os anos em apoio à Igreja local para promover o diálogo e a paz, afirmaram-se inspirados pela resiliência duradoura das pessoas que conheceram em Gaza, Jerusalém Oriental e Ramala, apesar do agravamento da situação.

No comunicado final da sua visita, os bispos europeus e americanos referem o lamento dos bispos católicos locais de que a comunidade internacional não ajude a realizar a justiça e a paz «aqui no local do nascimento de Cristo».

Os bispos locais afirmaram que as pessoas enfrentam um ainda maior «evaporação da esperança numa solução durável» e alertaram para as condições de vida sob a ocupação israelita, que se estão a tornar «cada vez mais insuportáveis».

Os bispos visitantes...

O ministro da Defesa de Israel, o ultra-sionista Naftali Bennett, anunciou nesta quarta-feira a transformação de sete áreas da Cisjordânia em «reservas naturais» israelitas, como parte de sua política para reforçar a colonização do território.

É a primeira vez desde os Acordos de Oslo de 1994 que são anunciadas novas reservas naturais nesta zona. Além disso, serão ampliadas outras doze já existentes.

Bennett declarou na semana passada que na próxima década Israel quer duplicar a população dos seus colonatos na Cisjordânia, atingindo um milhão de colonos em território palestino, e defendeu que a chamada «zona C» pertence a Israel.

Os acordos de Oslo dividiram a Cisjordânia em três zonas: A, B e C. Esta última constitui cerca de 60% da Cisjordânia e está sob total controlo administrativo e militar de Israel. Embora teoricamente a zona A esteja sob controlo da Autoridade Palestina e a zona B sob controlo partilhado, de facto estão as duas também sob o domínio do ocupante sionista.

«Dei...

Ao 114.º dia, o preso palestino Ahmad Zahran anunciou nesta segunda-feira, 13 de Janeiro, a vitória na sua heróica greve da fome contra a sua detenção administrativa por Israel.

Na segunda-feira à noite, Zahran telefonou à sua família (durante os quase quatro meses de greve de fome tinham-lhe sido negadas as visitas e telefonemas familiares) do hospital Kaplan, para onde foi transferido devido à grave deterioração do seu estado de saúde, informando que tinha chegado a um acordo com os serviços prisionais israelitas e que a sua detenção administrativa não seria renovada e terminaria em 25 de Fevereiro de 2020.

Esta foi a segunda greve de fome que Ahmad Zahran realizou durante a sua detenção administrativa, que dura desde Março de 2019. A greve da fome anterior durou 39 dias e terminou após lhe ser prometida a libertação; a promessa foi violada e a sua detenção administrativa foi renovada.

Zahran, que é casado e pai de quatro filhos, já anteriormente tinha passado quase 15 anos nas prisões...

As forças de ocupação israelitas notificaram nesta sexta-feira as famílias de três alegados atacantes palestinos da intenção de demolir as suas casas na Cisjordânia ocupada.

A Sociedade dos Presos Palestinos (PPS), citada pela agência WAFA, confirmou que as forças israelitas invadiram a casa da família de Mohammad Walid Hanatsheh, no centro da cidade de Ramala, e entregaram à família uma ordem militar de demolição da casa.

Também a família de Yazan Mghamas recebeu uma ordem militar de demolição da sua casa, entregue durante uma incursão das forças de ocupação em Birzeit, cidade vizinha de Ramala.

Mohammad Hanatsheh e Yazan Mghamas estão actualmente presos por Israel, porque em Agosto de 2019 alegadamente colaboraram, juntamente com Samer Arbid, na morte de um colono israelita perto do colonato ilegal de Dolev, perto da aldeia palestina de Ras Karkar.

Samer Arbid foi internado em estado crítico em finais de Setembro, tendo estado hospitalizado durante 45 dias, devido à brutal tortura a que...

Os jornalistas palestinos alertaram que estão a ser alvo de repressão para os impedir de falar contra a ocupação israelita. Os últimos números revelam centenas de violações de direitos no ano passado, incluindo dois mortos a tiro nos territórios ocupados.

Um relatório do Sindicato dos Jornalistas Palestinos (PJS) afirma que em 2019 as forças israelitas cometeram 760 violações e crimes contra jornalistas palestinos, com um aumento acentuado no último trimestre do ano. O número total inclui dois jornalistas que foram mortos a tiro pelo exército israelita na Cisjordânia e na Faixa de Gaza e ainda 12 jornalistas que sofreram ferimentos críticos após serem alvejados com munições reais, 62 ferimentos com balas de aço revestidas de borracha, 58 ferimentos nos quais latas de gás lacrimogéneo e granadas atordoantes foram disparadas directamente para os jornalistas e 78 casos de asfixia por gás lacrimogéneo.

Um dos casos mais conhecidos foi o do fotojornalista Moath Amarneh, que perdeu um olho...