Ocupação, Colonização e Apartheid Israelitas

As forças de ocupação israelitas prenderam 2759 palestinos durante os primeiros seis meses deste ano, incluindo 446 menores e 76 mulheres, informaram esta segunda-feira grupos de defesa dos presos palestinos.

Segundo noticia a agência palestina WAFA, um documento conjunto da Comissão de Assuntos dos Presos, da Sociedade dos Presos e da Addameer (Associação de Apoio e Direitos Humanos dos Presos) informa que o número de presos palestinos encarcerados em prisões israelitas em 30 de Junho era de 5500, incluindo 43 mulheres e 220 menores, havendo cerca de 500 palestinos mantidos em detenção administrativa.

O odioso regime da detenção administrativa, que permite ao exército israelita deter uma pessoa sem julgamento nem acusação por um período de até 6 meses, renovável indefinidamente, foi criado pelo colonialismo britânico durante o período do Mandato Britânico (1923-1948) na Palestina.

Um soldado israelita aponta a arma a manifestantes palestinos em Kafr Qaddum, Cisjordânia ocupada, 12 de Julho de 2019

Um rapazinho palestino de 10 anos foi nesta sexta-feira atingido na cabeça por uma bala real disparada por forças israelitas durante o protesto semanal contra o Muro de separação em Kafr Qaddum, na Cisjordânia ocupada.

O pequeno Abdul-Rahman Yasser Shtewi foi levado pelo Crescente Vermelho Palestino para o Hospital Rafidia em Nablus. Segundo o Ministério da Saúde, o seu estado é crítico.

Morad Ashtwei, um dos promotores dos protestos contra o Muro, afirmou ao jornal israelita Haaretz que o rapazinho de 10 anos que foi gravemente ferido estava a seguir a manifestação apenas «por curiosidade» e «não estava a fazer mal a ninguém» quando foi baleado. O exército israelita «usa balas de borracha e outros meios perigosos» para ferir os participantes nos protestos, acrescentou.

Quinze anos depois o Tribunal Internacional de Justiça (TIJ) considerar ilegal o Muro do apartheid que Israel começara a construir na Cisjordânia e em Jerusalém ocupados, o Muro continua de pé e a sua construção prossegue.

Há 15 anos, em 9 de Julho de 2004, uma opinião consultiva do Tribunal Internacional de Justiça (ICJ) concluiu que o muro era ilegal. O órgão judiciário da ONU exigiu o fim da construção do muro e declarou que violava o direito internacional, decidindo também que deveriam ser pagas aos palestinos indemnizações pelos danos causados.

O TIJ exortou os seus Estados membros a «não reconhecerem a situação ilegal resultante da construção do muro no território palestino ocupado, incluindo em Jerusalém Oriental e ao seu redor» e «a não prestar ajuda ou assistência para manter a situação criada por tal construção».

Os juízes alertaram que o Muro — a que Israel chama «barreira de segurança» — equivalia a uma anexação de facto de território palestino.

Neste dia 8 de Julho, há cinco anos, Israel lançou uma das suas mais mortíferas ofensivas militares contra a Faixa de Gaza, que designou por «Operação Margem Protectora». A agressão causou 2251 mortos, 500 dos quais crianças, e mais de 11 000 feridos, segundo fontes palestinas e da ONU.

Nas primeiras 48 horas da operação, Israel lançou 400 toneladas de bombas sobre Gaza. Nas semanas seguintes, lançou cerca de 6000 ataques aéreos sobre o minúsculo território palestino, de apenas 365 km2.

A série áudio-documental Palestina, histórias de um país ocupado, de Ricardo Esteves Ribeiro, foi a vencedora do prémio Gazeta Revelação 2018, uma das categorias dos mais importantes prémios do jornalismo português. 
 
«O trabalho, gravado entre Ramallah, Hebron, Belém e Jerusalém, dá voz a quem resiste à ocupação israelita, com a indispensável contextualização histórica», diz o comunicado do Clube dos Jornalistas, entidade responsável pelos prémios.
 
A reportagem distinguida foi publicada em seis episódios, entre 15 de Maio de 2018 e 2 de Agosto de 2018, na plataforma digital Fumaça.
 

O Ministério da Defesa de Israel começou há uma década a retirar dos arquivos e a esconder documentos relacionados com crimes contra os palestinos durante a Nakba de 1948, revela o jornal israelita Haaretz.

Num longo artigo, o Haaretz informa que equipas anónimas do Ministério da Defesa têm escondido sistematicamente centenas de documentos, numa tentativa de esconder provas documentais da Nakba.

A final da Taça da Palestina, que deveria disputar-se na Cisjordânia ocupada nesta quarta-feira, teve de ser adiada porque Israel negou a autorização de viagem aos jogadores de Gaza.
 
A segunda mão da final entre o Balata FC e Khadamat Rafah, vencedores das ligas da Cisjordânia e da Faixa de Gaza, não se pôde realizar na data marcada por «flagrante intervenção das autoridades de ocupação israelitas para negar aos palestinos o seu direito básico de jogar futebol», denunciou em comunicado a Associação de Futebol da Palestina.
 
«Os preparativos para a final da Taça da Palestina, que é uma das duas principais competições oficiais da Palestina», prossegue o comunicado, «foram finalizados há alguns dias, mas as autoridades de ocupação israelitas continuam a negar autorizações de entrada à delegação do Khadamat Rafah, sob o conveniente pretexto de "razões de segurança".» 
 

Em pouco mais de um século, entre 1900 e 2018, a população judaica na Palestina Histórica mais do que centuplicou (de 50 000 para 6 700 000), enquanto a população autóctone pouco mais que decuplicou (de 550 000 para 6 500 000). Este é o resultado de uma imigração maciça de judeus associada a uma limpeza étnica dos palestinos conseguida por expulsões e massacres. Ao mesmo tempo, através de guerras e manobras políticas, Israel assumiu o controlo, de jure, de 95% do território da Palestina do Mandato Britânico (deixando aos palestinos a Faixa de Gaza e a Área A da Cisjordânia), mas controla, de facto, a totalidade do território.

Nesta Folha Informativa recordamos os acontecimentos e identificamos os responsáveis por esta situação, tanto a nível demográfico como territorial, desde o domínio otomano à actualidade, passando pelo Mandato Britânico, pela criação do Estado de Israel e a Nakba, pela guerra de 1967 e a expansão sionista e pelos Acordos de Oslo e suas consequências.

O Comité Executivo da OLP denuncia, em comunicado hoje publicado, a inauguração de um túnel escavado sob o bairro palestino de Silwan, em Jerusalém Oriental ocupada, com a participação de altos responsáveis dos EUA.

A escavação é promovida pela «Fundação Cidade de David», organização sionista que visa a colonização judaica em Jerusalém Oriental ocupada.

Na pomposa inauguração participaram o embaixador dos EUA, David Friedman, e o enviado especial de Trump para o Médio Oriente, Jason Greenblatt. Ambos são apoiantes abertos e entusiastas da direita israelita e do projecto dos colonatos.

O Comité Executivo da OLP considera que a sua participação constitui «conivência criminosa no cometimento de um crime de guerra».

Pelo segundo dia consecutivo, esta sexta-feira o bairro de  Issawiya, em Jerusalém Oriental ocupada, ergueu-se em revolta contra o assassínio de um jovem pelas forças repressivas israelitas.

Na quinta-feira, Mohammed Samir Obaid, de 20 anos, foi baleado no peito e no coração pela polícia israelita durante um protesto, vindo a sucumbir aos ferimentos no início da sexta-feira.

A polícia israelita afirma que os seus agentes dispararam depois de Obaid lhes ter atirado petardos, o que é desmentido por testemunhas no local, que negam terem sido lançados quaisquer petardos. Pelo contrário,
um soldado que se encontrava a 10 metros de Obaid pegou na arma e correu atrás do jovem, antes de disparar contra ele.

As forças israelitas apossaram-se do corpo do jovem e recusam-se a devolvê-lo à família.

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