Ocupação, Colonização e Apartheid Israelitas

Heba al-Labadi, presa política palestina em greve de fome, descreveu os pormenores do seu interrogatório pelas forças israelitas e as formas de tortura a que foi sujeita para a forçar a terminar o seu protesto.

Heba al-Labadi, de 24 anos, cidadã palestino-jordana, foi detida pelas forças israelitas em 20 de Agosto ao atravessar a fronteira com a Jordânia. Na companhia da mãe, viajava para assistir ao casamento de um familiar na Cisjordânia ocupada.

Logo a seguir a ser presa foi despida e foram-lhe colocadas algemas e correntes nas pernas, sendo depois vendada e transferida para o centro de detenção Bitah-Tikva. Nos primeiros 16 dias de detenção foi aí interrogada durante 20 horas por dia, com apenas dois intervalos para as refeições.

Nos primeiros 25 dias de prisão foi-lhe negada a visita de advogados, e só 32 dias após ser presa é que foi transferida de um centro de interrogatório para uma prisão.

Só em 3 de Outubro é que o seu advogado foi autorizado a visitá-la.

Segundo o jornal...

Um palestino foi morto esta sexta-feira por fogo israelita durante a 77.ª semana dos protestos da Grande Marcha do Retorno, na Faixa de Gaza.

Segundo informou o Ministério da Saúde do território, trata-se de Alaa Nezar Hamdan, de 28 anos, atingido por uma bala real disparada pelos soldados do exército sionista.

O Ministério acrescentou que 54 manifestantes palestinos foram feridos, 22 deles por balas reais. As forças repressivas dispararam também balas de aço revestidas de borracha e bombas de gás lacrimogéneo contra os milhares de manifestantes concentrados em diferentes lugares ao longo da vedação com que Israel isola a Faixa de Gaza.

Mais de 310 palestinos foram mortos e cerca de 17 000 foram feridos pelas forças israelitas desde o início da Grande Marcha do Retorno, que se realiza semanalmente, sem interrupções, desde 30 de Março de 2018.

Os manifestantes reclamam o levantamento do cerco de Israel ao pequeno enclave costeiro, onde vivem dois milhões de pessoas em condições humanitárias...

Sete palestinos em detenção administrativa estão actualmente em greve de fome por tempo indeterminado, protestando contra o facto de estarem presos por Israel sem julgamento.

Os sete presos palestinos em greve de fome são os seguintes:

• Ahmed Ghannam, de 42 anos, que iniciou sua greve de fome há 79 dias, em 14 de Julho, dia em que foi preso e detido sem acusação; a sua detenção administrativa foi renovada em 6 de Setembro. Esteve preso três vezes, passando um total de nove anos em prisões israelitas.

• Tareq Qadan, de 46 anos, em greve de fome há 62 dias. Foi preso 17 vezes pelas forças israelitas desde 1989 e passou quase 11 anos na prisão, a maior parte em detenção administrativa.

• Ismail Ali, de 30 anos, em greve de fome há 69 dias. Preso em Janeiro, iniciou a greve de fome em Junho, após a renovação dos primeiros seis meses da sua detenção administrativa. Esteve preso anteriormente, tendo passado quase sete anos nas prisões de Israel.

• Ahmad Zahran, de 42 anos, em greve de fome há...

O preso palestino Samer Arbid foi hospitalizado em estado crítico em resultado da brutal tortura a que foi sujeito desde quarta-feira, informou este domingo a Addameer (Associação de Apoio e Direitos Humanos dos Presos).

Arbid, de 44 anos, foi preso por uma unidade especial das forças de ocupação israelitas na quarta-feira, 25 de Setembro. Durante a prisão, foi duramente espancado pelas forças israelitas. Foi depois levado para o centro de interrogatório de al-Mascobiyya, em Jerusalém.

Em comunicado divulgado no dia 28, o departamento de informações israelita afirma que foram usadas nos interrogatórios «técnicas extremas e excepcionais», um eufemismo que significa tortura.

Samir Arbid é acusado de ser membro da FPLP (Frente Popular de Libertação da Palestina) e de ter organizado um ataque perto do colonato israelita ilegal de Dolev, na Cisjordânia ocupada, de que resultou a morte de um colono israelita, em Agosto passado. O Shin Bet (serviço de segurança interno israelita) declarou no...

As forças israelitas mataram esta sexta-feira um palestino de 20 anos que participava na Grande Marcha do Retorno, junto à vedação com que Israel isola a Faixa de Gaza.

Segundo informou o Ministério da Saúde de Gaza, Sahar Othman foi morto com um tiro no peito perto de Rafah, no Sul da Faixa de Gaza.

O Ministério informou ainda que cerca de 63 palestinos foram feridos pelas forças repressivas, 32 deles por fogo real. Segundo as autoridades palestinas, quatro dos feridos eram paramédicos voluntários que prestavam assistência no local aos manifestantes feridos.

Uma porta-voz do exército de Israel afirmou que as tropas sionistas não usaram fogo real e sim «medidas de controlo de tumultos», mas escusou-se a especificar quais fossem…

O protesto desta sexta-feira constitui a 76.ª manifestação semanal da Grande Marcha do Retorno na Faixa de Gaza, que teve início em 30 de Março de 2018.

Os manifestantes reclamam o levantamento do cerco de Israel ao pequeno enclave costeiro, onde vivem dois milhões...

As forças israelitas detiveram no espaço de 24 horas, entre quarta e quinta-feira, 65 palestinos, informou em comunicado a Sociedade de Presos da Palestina (PPS).

As forças israelitas detiveram 56 palestinos, a maioria das cidades de Shweika e Zeita, no distrito de Tulkarm. Foram libertados algumas horas depois.

A PPS acrescentou que outros nove foram presos na manhã de quinta-feira em diferentes partes da Cisjordânia ocupada.

Além disso, as forças israelitas invadiram a vila de Abu Dis, a leste de Jerusalém, prendendo três palestinos, incluindo um ex-preso que passou 16 anos na cadeia.

Militares do exército de ocupação israelita realizaram rusgas semelhantes em Hebron e Halhoul, no Sul da Cisjordânia, detendo outros dois palestinos.

Do mesmo modo, uma importante força militar israelita irrompeu perto do campo de refugiados de al-Amari, na rua al-Quds Street e em Satah Marhaba, na cidade de al-Bireh, no centro da Cisjordânia, saqueando casas e interrogando dezenas de palestinos.

O ataque...

O campeonato nacional de clubes de futebol da Palestina foi cancelado esta quarta-feira por Israel negar as autorizações de viagem aos jogadores de Gaza que iriam defrontar os seus adversários na Cisjordânia ocupada.

Israel recusou-se a autorizar que jogadores do clube Khadamat Rafah de Gaza atravessasem as poucas dezenas de quilómetros do seu território para jogar com o FC Balata de Nablus, no centro da Cisjordânia.

Os dois milhões de palestinos que vivem na Faixa de Gaza têm de solicitar autorização a Israel para viajarem para a Cisjordânia.

As autoridades israelitas não deram explicações públicas acerca da sua decisão.

Só receberam autorização de viagem 12 dos 35 elementos do clube de Gaza, dos quais apenas cinco eram jogadores, informou o clube.

A Taça da Palestina é reconhecida pela FIFA e deveria ter sido disputada esta quarta-feira na cidade de Nablus, na Cisjordânia ocupada, após já ter sido adiada em Julho passado.

Nessa altura, o COGAT, o órgão do Ministério da Defesa de Israel...

A Comissão de Assuntos dos Presos e ex-Presos palestinos informou que cerca de 100 presos palestinos nas prisões israelitas iniciaram uma greve de fome há vários dias, protestando contra a instalação de dispositivos inibidores de sinal que prejudicam a sua saúde.

O Comité informa num comunicado que o Serviço Prisional de Israel transferiu os presos em greve das cadeias de Ramon e Eshil, do campo de detenção do Negev e de várias outras prisões para as secções 1 e 3 da prisão de Nafha, no Sul de Israel.

Os presos exigem a remoção dos dispositivos inibidores de sinal e a instalação de telefones públicos nas prisões para poderem contactar as  suas famílias, conforme acordado em Abril passado, tendo entrado em greve de fome depois de falharem as negociações com o SPI.

O comunicado acrescenta que Israel está a sujeitar os presos a pressões psicológicas, para além de repetidas rusgas nas celas, para os forçar a pôr fim à greve sem qualquer negociação das suas reivindicações.

Dados da Addameer...

As forças de ocupação israelitas assaltaram, na madrugada de ontem, quinta-feira, em Ramala, a sede da Addameer, uma organização que defende os direitos humanos dos presos palestinos, tendo roubado computadores, diverso material informático, livros e documentos.

Foi também assaltada a sede da União Geral de Trabalhadores do Sector de Serviços, tendo as forças de ocupação destruído mobiliário e roubado computadores e documentos. Os assaltantes feriram, com balas de borracha, cinco jovens palestinos que tentaram opor-se ao assalto e que tiveram de ser hospitalizados.

Segundo a agência WAFA, na noite de quinta-feira as forças israelitas ocuparam o centro de Ramala e assaltaram diversos edifícios e cafés. Isto, não obstante Ramala estar incluída na área A dos Acordos de Oslo que deveria se de inteira responsabilidade, civil e de segurança, da Autoridade Palestina.

A Addameer denuncia que este é o terceiro assalto de soldados israelitas à sua sede desde 2002. Ao longo dos anos, as autoridades...

«As forças armadas de Israel estarão aqui para sempre», declarou o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, durante uma reunião do seu governo no Vale do Jordão, na Cisjordânia ocupada.  Realizando a última reunião do governo israelita antes das eleições da próxima terça-feira — e a primeira nos territórios palestinos ocupados desde há duas décadas —, Netanyahu quis reforçar a mensagem de que, se vencer as eleições, Israel anexará o Vale do Jordão e todos os colonatos israelitas, ilegais à luz do direito internacional. A reunião do governo israelita, realizada numa tenda adornada com bandeiras de Israel, decidiu propor a legalização retrospectiva do posto avançado (colonato ilegal à luz do próprio direito israelita) de Mevo'ot Yeriho, nas proximidades da cidade palestina de Jericó.  Benjamin Netanyahu já tinha anunciado na passada terça-feira a intenção de, se reeleito, promover a anexação do Vale do Jordão, que faz fronteira com a Jordânia e que, com 2400 km2, representa cerca...