Ocupação, Colonização e Apartheid Israelitas

As autoridades de ocupação israelitas vão demolir toda uma aldeia palestina, no norte da Cisjordânia, deslocando mais de 200 pessoas.

Mahmoud Amarneh, chefe do conselho da aldeia de Farasin, a oeste de Jenin, disse à agência noticiosa Wafa que as forças de ocupação israelitas invadiram a aldeia na manhã desta quarta-feira e entregaram 36 ordens de demolição para todas as estruturas e poços de água da aldeia onde vivem 200 pessoas.

Os militares disseram aos residentes que a demolição terá lugar dentro de poucos dias. O governo de ocupação israelita quer tomar conta da aldeia a fim de expandir os colonatos ilegais construídos naquela área.

A aldeia tem um poço com 200 anos e vários edifícios antigos, disse Amarneh, exortando a intervenção internacional para evitar que Israel cometa um massacre na aldeia.

Mais de 60 animais morreram esta manhã envenenados por colonos israelitas extremistas na cidade de Al-Auja, a norte de Jericó, no Vale do Jordão.

Segundo a agência Wafa, um grupo de habitantes do colonato de Seima pulverizou veneno nos terrenos onde o gado pastava. Sessenta animais já morreram, mas um responsável do município de Al-Auja disse que era altamente provável que o número aumentasse, uma vez que parte do gado restante ainda se encontrava em estado crítico.

A violência dos colonos contra os palestinos e os seus bens é rotineira na Cisjordânia e raramente é sancionada pelas autoridades israelitas.

A violência dos colonos inclui, além de agressões pessoais, fogo posto em prédios e mesquitas, lançamento de pedras, destruição de culturas e oliveiras, ataques a habitações e automóveis, entre outros.

Colonos israelitas incendiaram esta manhã cedo uma mesquita na cidade de al-Bireh, próximo de Ramala, e pintaram graffiti racistas nas suas paredes, segundo noticia a agência Wafa.

Os vândalos, vindos do vizinho colonato ilegal de Psagot, entraram furtivamente na cidade durante a noite, cobriram as paredes da mesquita com inscrições racistas e incendiaram-na.

«Condenamos veementemente o ataque incendiário à mesquita cometido esta manhã por um grupo de colonos israelitas. Os colonos, que vieram de um colonato israelita ilegal próximo, invadiram a cidade palestina de Al-Bireh durante o amanhecer e atearam fogo à Mesquita Al-Bir Wal-Ihsan e escreveram calúnias racistas e odiosas», declarou Hanan Ashrawi, membro do Comité Executivo da OLP, num comunicado de imprensa.

A propósito do assassinato pela polícia israelita do jovem Lyad Hallak, e recordando outros atentados contra a vida de palestinos portadores de deficiência, a Associação Portuguesa de Deficientes apela às Nações Unidas e ao Governo de Portugal para que forcem Israel a respeitar os direitos humanos e, em particular, os direitos das pessoas com deficiência.

É este o teor da carta:

Apelo às Nações Unidas e ao Governo Português

No sábado de manhã, dia 30 de Março, em Jerusalém, o jovem palestino Lyad Hallak foi mortalmente atingido pelas balas disparadas por oficiais israelitas da polícia de fronteira. Lyad era autista e dirigia-se ao Centro Elwyn, centro especializado em cuidados a pessoas com deficiência.

A polícia e agentes dos serviços secretos israelitas invadiram ontem dois centros culturais palestinos em Jerusalém Oriental ocupada, apreendendo registos e documentos e detendo funcionários, informou a agência noticiosa oficial palestina Wafa.

O Centro Cultural Yabous e o Conservatório Nacional de Música Edward Said (CNMES), também conhecido como o Instituto Edward Said, estão no centro da cena musical e cultural em Jerusalém Oriental.

A residência de Suhail Khoury, o director do CNMES, e Rania Elias, a directora do Yabous, foi invadida pelas forças israelitas, que os escoltaram até às instalçaões de ambas as instituições para a busca e apreensão de documentos. Ambos foram detidos pela polícia israelita.

Também a residência de Daoud al-Ghoul, o director da Rede de Arte de Jerusalém (Shafaq), foi invadida e saqueada.

Os colonatos israelitas na Cisjordânia ocupada são ilegais à luz do direito internacional, inviabilizam a construção de um Estado Palestino contíguo e viável e são um obstáculo para a paz na região. Alteram significativamente a demografia da Cisjordânia e de Jerusalém Oriental e são um forte entrave à mobilidade da população palestina. Apropriam-se de bens e recursos naturais e são focos de poluição das terras e fontes de água dos palestinos. Os colonos exercem recorrentemente violência sobre as populações palestinas e destroem as suas propriedades e culturas.

Para melhor compreender o que são os colonatos israelitas, como evoluíram, que impacte têm na vida dos palestinos, qual a sua legalidade e como comprometem uma solução pacífica para a Palestina, o MPPM preparou este pequeno filme, o primeiro de uma série em que o nos propomos abordar os aspectos essenciais da questão palestina.

O Essencial sobre a Questão Palestina: Os Colonatos
O Essencial sobre a Questão Palestina: Os Colonatos

Soldados israelitas destruíram ontem um posto de controlo anti-coronavírus criado pelas autoridades palestinas à entrada da cidade de Jenin, no norte da Cisjordânia, a fim de conter a propagação da doença.

A agência Wafa noticiou que os soldados invadiram a cidade e o seu campo de refugiados para prender activistas quando eclodiram confrontos com residentes. Os soldados abriram fogo sobre os palestinos ferindo um na perna antes de deixarem a área depois de deterem duas pessoas e destruírem o posto de controlo sanitário.

Com toda a impunidade, Israel tem alienado as obrigações que o direito humanitário internacional lhe impõe, enquanto potência ocupante, no que respeita à saúde e bem-estar dos habitantes dos territórios ocupados. Mas, indo mais além que a omissão de socorro, Israel empenha-se em minar os esforços palestinos para combater a pandemia.

A Junta de Freguesia de Quinta do Anjo, na sua reunião de 15 de Julho, aprovou por unanimidade uma moção de solidariedade com o povo palestino e de condenação da anunciada anexação por Israel de território da Cisjordânia palestina. O executivo da Junta de Freguesia de Quinta do Anjo é composto por três eleitos da CDU e dois do PS.

Este é o texto da moção aprovada:

Moção

Contra a anexação da Cisjordânia por Israel

Segundo noticiou ontem a agência Wafa, Israel vai demolir 30 casas palestinas no bairro de Issawiya, em Jerusalém Oriental, sob o pretexto de construção sem licença. No mesmo dia, o Comité Contra o Muro e os Colonatos em Belém (CCMCB), divulgou que a administração civil Israelita tinha aprovado a construção de 164 novas unidades habitacionais no colonato Neve Daniel, a sudoeste de Belém.

Legislação discriminatória incentiva construção ilegal

Para os residentes de Issawiya, um agregado palestino de cerca de 20 000 pessoas, e em outras partes de Jerusalém Oriental ocupada, os ataques militares, a apropriação de terras e as demolições são uma realidade diária.

Com o pretexto de construção ilegal, Israel demole regularmente casas de palestinos em Jerusalém Oriental com o objectivo de alterar o equilíbrio demográfico em favor dos colonos judeus na cidade ocupada.

Acto público - Martim Moniz, Lisboa - 6 Julho 2020

"Não à anexação!” e “Fim aos crimes de Israel!” foram as palavras de ordem que levaram três centenas de pessoas a reunir-se hoje no Largo do Marim Moniz, em Lisboa, num acto público convocado pela CGTP-IN, pelo CPPC e pelo MPPM e que contou com a adesão de outras organizações.

O evento iniciou-se com poesia palestina dita pelo actor Fernando Jorge Lopes, do Teatro Extremo (Almada).

Seguiram-se intervenções de Beatriz Goulart (CPPC), João Barreiros (CGTP-IN) e Carlos Almeida (MPPM).

Foi mais uma jornada de solidariedade com o povo da Palestina, a exemplo de outras que decorrem por todo o mundo, reclamando dos governos medidas corajosas contra o projecto anexionista de Israel.

Fotos: Paulo Oliveira

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