Rachel Corrie foi morta há 20 anos

Em 16 de Março de 2003, faz hoje 20 anos, Rachel Corrie foi esmagada por um buldózer do exército israelita quando tentava impedir a demolição de uma casa palestina em Rafah, no Sul da Faixa de Gaza ocupada.

Rachel Corrie era estudante, tinha 23 anos, e a sua ida para Rafah fazia parte do seu trabalho de último ano de faculdade, em Olympia (estado de Washington, EUA). Fazia parte do ISM (International Solidarity Movement), um grupo de acção directa não violenta de solidariedade com os palestinos, e estava integrada num grupo que visava defender casas palestinas que iam ser demolidas pelo exército de ocupação israelita.

Na hora da sua morte, o buldózer do exército de ocupação avançava, empurrando a terra com a pá. Como já acontecera anteriormente, Rachel subiu para um monte de terra para tentar impedir o seu avanço. Mas desta vez Rachel desequilibrou-se e caiu. Apesar de envergar um colete cor-de-laranja fluorescente, bem visível, e dos esforços desesperados dos seus companheiros para alertar o condutor, o buldózer não se deteve e Rachel foi esmagada. Depois a máquina recuou e passou por cima dela mais uma vez. Rachel não resistiu e morreu no hospital.

Um mês após a morte de Rachel, uma investigação interna do exército israelita concluiu que o condutor do buldózer não a tinha visto e que as forças de ocupação estavam isentas de culpa.

Em 2005, a família de Rachel Corrie intentou um processo civil contra o Estado de Israel, acusando-o da responsabilidade pela sua morte e de não conduzir uma investigação completa e credível. Em Agosto de 2012, um tribunal israelita decidiu que o governo israelita não era responsável pela morte de Rachel Corrie.

Vinte anos após a sua morte, a Faixa de Gaza está sujeita a um bloqueio desumano e é alvo de contínuas agressões militares israelitas.

Vinte anos após a sua morte, Rachel Corrie permanece um símbolo de generosa solidariedade com o povo palestino. A sua memória não será esquecida.

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