Cultura Palestina

Mahmud Darwich faleceu a 9 de Agosto de 2008. Foi um grande intelectual (poeta, prosador, ensaísta, jornalista) e um resistente à ocupação israelita. 
Tornou-se uma referência para o Médio Oriente, e a sua poesia tornou-se conhecida em todo o mundo árabe. Até aos seus últimos dias, ergueu-se sempre em defesa de uma Palestina independente.
Nasceu em 13 de Março de 1941 na Galileia, então parte da Palestina sob mandato britânico, numa aldeia que em 1948 foi invadida, destruída e substituída por um colonato israelita. Viveu no exílio a maior parte da vida e começou a escrever poesia aos 19 anos. Em 1964 começa a ser reconhecido a nível nacional e mesmo internacional como uma voz da resistência palestina. É preso várias vezes por Israel pelos seus escritos e actividades políticas.
Rim Banna, representante respeitada da moderna cultura palestina, faleceu hoje, em Nazaré, onde tinha nascido há 51 anos e vivia com os seus três filhos.
Estudou canto e direcção musical no Instituto Superior de Música de Moscovo.
No início dos anos 90 foram populares as suas versões de canções tradicionais infantis que estavam à beira do esquecimento.
Compôs as suas próprias canções e musicou poemas tradicionais palestinos, dando-lhes uma nova vida. As suas canções reflectiam a sua preocupação com o sofrimento do seu povo.
Em 2003 participou no projecto norueguês «Canções de Embalar do Eixo do Mal», com artistas ocidentais e do Médio Oriente, em protesto contra a política de George W. Bush.
O álbum «Espelho da Minha Alma» (2005) foi dedicados a todos os presos políticos palestinos e árabes nas prisões israelitas e inclui canções de desespero e esperança sobre a vida de um povo em luta.
Rim Banna - Ya Sitti
Rim Banna - Ya Sitti
No Dia Internacional da Mulher, o MPPM homenageia a mulher palestina pela mão de dois nomes maiores da sua cultura. O poeta Mahmoud Darwich (1941-2008) traz-nos o poema «À Minha Mãe», que o pintor Ismail Shamout (1930-2006) ilustra com a sua obra «Preparação do Casamento», de 1987.
À MINHA MÃE
Tenho saudades do pão da minha mãe,
Do café da minha mãe,
Do carinho da minha mãe...
Estou a crescer,
De dia para dia,
E amo a vida, porque
Se morresse,
Teria vergonha das lágrimas da minha mãe!
Se um dia voltar, faz de mim
Uma sombrinha para as tuas pálpebras.
Cobre os meus ossos com a erva
Baptizada sob os teus pés inocentes.
Ata-me
Com uma mecha dos teus cabelos,
O Povo Palestino tem uma Cultura rica e viva e é digno da nossa admiração por ter conseguido manter, através de décadas de sofrimento, de perseguição e de exílio, a sua identidade própria – tantas vezes sonegada – e a sua fidelidade à terra-mãe – sistematicamente espoliada, destruída e ocupada.
Neste vídeo produzido pelo MPPM esboça-se um retrato dessa cultura nas suas múltiplas facetas: educação, literatura, pintura, música, teatro, cinema, arqueologia e cultura tradicional são os temas aflorados.
Esperamos que esta breve abordagem desperte o interesse em saber mais sobre este povo e a sua cultura. 
A Cultura Palestina
A Cultura Palestina
Jantar Palestino 2017
O MPPM promoveu ontem, na sede do Grupo Sportivo Adicense, um encontro com a gastronomia palestina que reuniu perto de uma centena de participantes, em que se incluiu o Embaixador da Palestina e outros membros do corpo diplomático e uma larga representação da comunidade palestina residente em Portugal.
Fattoush, Hummus, salada Turca e Salada Árabe abriram o caminho para a Makolba e o Burgul de Carne Picada, a que a Muhalabiya e a Madluka puseram um doce termo.
Numa breve alocução, o Embaixador da Palestina, Nabil Abuznaid, exprimiu a sua satisfação pelo acolhimento que tem tido no nosso país e mostrou-se grato pelas manifestações de solidariedade com o povo palestino que tem testemunhado.
Bucareste terá em breve uma estátua do poeta palestino Mahmud Darwich, segundo notícia da agência Wafa, que cita a embaixada palestina na capital romena.
O embaixador da Palestina na Roménia, Fouad Kokaly, teve um encontro com Daniel Tudorache, presidente da câmara do Distrito Um de Bucareste, em que o embaixador palestino solicitou que fosse erigida na cidade uma estátua de Darwich. Tudorache acolheu favoravelmente o pedido, acrescentando que a estátua do famoso poeta palestino constituirá um motivo de orgulho.
A Assembleia da República aprovou ontem, 19 de Julho, um Voto de Congratulação pela classificação de Hebron como património mundial. O Voto, apresentado pelo Grupo Parlamentar do Partido Ecologista «Os Verdes», foi aprovado pelo Plenário da Assembleia da República com os votos favoráveis do PS, BE, PEV, PCP e PAN, os votos contra de 2 deputados do CDS-PP e 1 deputado do PS, e a abstenção do PSD, CDS-PP e 2 deputados do PS.
É o seguinte o texto integral do documento:
«Voto de Congratulação pela Classificação de Hebron como Património Mundial
A Comissão de Património Mundial da UNESCO aprovou a classificação de Hebron como Património Mundial, durante a reunião que decorreu de 2 a 12 de julho, em Cracóvia, na Polónia.
A Cidade Velha de Hebron está, assim, na Lista do Património Mundial da Humanidade. Sendo que a UNESCO declarou ainda que Hebron se encontra em risco, devendo merecer proteção especial da ONU.
A UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura) aprovou a inscrição da Cidade Velha de Hebron (cidade palestina na Margem Ocidental ocupada), incluindo a Mesquita de Ibrahim e o Túmulo dos Patriarcas, na lista do Património Mundial em Perigo. Apesar dos esforços diplomáticos de Israel e dos Estados Unidos para bloquear a medida, a votação do Comité do Património Mundial ocorreu nesta sexta-feira, 7 de Julho. Por voto secreto, 12 países pronunciaram-se a favor e apenas 3 votaram contra; 6 países abstiveram-se.
A resolução, apresentada pelos ministérios palestinos dos Negócios Estrangeiros e do Turismo, pelo município de Hebron e pela Comissão de Reabilitação de Hebron, afirmava que a Cidade Velha de Hebron necessita urgentemente de protecção contra violações israelitas que prejudicam o excepcional valor internacional do sítio.

O Comité do Património Mundial da UNESCO, de que Portugal faz parte, é chamado a pronunciar-se, durante a sua reunião a decorrer em Cracóvia (2-12 de Julho), sobre um pedido de inscrição da Cidade Velha de Hebron na Lista do Património Mundial e do Património Mundial em Perigo, apresentada pela Delegação Permanente da Palestina.

Hebron, cidade palestina localizada no Sul da Margem Ocidental ocupada por Israel desde 1967, é uma das mais antigas cidades continuamente habitadas do mundo. A sua Cidade Velha é local de peregrinação das três religiões monoteístas e constitui um notável conjunto arquitectónico, com destaque para a Mesquita de Ibrahim e o Túmulo dos Profetas.

Em 1996 a Autoridade Palestina criou o Comité de Reabilitação de Hebron, cujo trabalho de conservação e reabilitação foi reconhecido até pela atribuição do prestigioso Prémio Aga Khan de Arquitectura.

As autoridades israelitas recusaram vistos de entrada a uma equipa de investigação da UNESCO (Organização Educacional, Científica e Cultural das Nações Unidas) que deveria realizar uma visita de campo à Cidade Velha de Hebron, na Margem Ocidental ocupada. Esta vista visava preparar uma votação no próximo mês no sentido de considerar a área um local património mundial em perigo.
A delegação palestina na UNESCO tinha dirigido uma carta ao Centro do Património Mundial informando de «pormenores alarmantes sobre violações israelitas em Al-Khalil / Hebron, incluindo os contínuos actos de vandalismo, danos à propriedade e outros ataques».
Desde que Israel ocupou a Margem Ocidental em 1967 e começou a criar colonatos no território palestino, em violação do direito internacional, Hebron tem sido um ponto quente da violência dos colonos israelitas sobre os palestinos e suas propriedades.

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