Cultura Palestina

O Comité do Património Mundial da UNESCO, de que Portugal faz parte, é chamado a pronunciar-se, durante a sua reunião a decorrer em Cracóvia (2-12 de Julho), sobre um pedido de inscrição da Cidade Velha de Hebron na Lista do Património Mundial e do Património Mundial em Perigo, apresentada pela Delegação Permanente da Palestina.

Hebron, cidade palestina localizada no Sul da Margem Ocidental ocupada por Israel desde 1967, é uma das mais antigas cidades continuamente habitadas do mundo. A sua Cidade Velha é local de peregrinação das três religiões monoteístas e constitui um notável conjunto arquitectónico, com destaque para a Mesquita de Ibrahim e o Túmulo dos Profetas.

Em 1996 a Autoridade Palestina criou o Comité de Reabilitação de Hebron, cujo trabalho de conservação e reabilitação foi reconhecido até pela atribuição do prestigioso Prémio Aga Khan de Arquitectura.

Considerando que o sítio reúne as condições para ser incluído na Lista do Património Mundial da UNESCO, as autoridades...

As autoridades israelitas recusaram vistos de entrada a uma equipa de investigação da UNESCO (Organização Educacional, Científica e Cultural das Nações Unidas) que deveria realizar uma visita de campo à Cidade Velha de Hebron, na Margem Ocidental ocupada. Esta vista visava preparar uma votação no próximo mês no sentido de considerar a área um local património mundial em perigo.A delegação palestina na UNESCO tinha dirigido uma carta ao Centro do Património Mundial informando de «pormenores alarmantes sobre violações israelitas em Al-Khalil / Hebron, incluindo os contínuos actos de vandalismo, danos à propriedade e outros ataques».Desde que Israel ocupou a Margem Ocidental em 1967 e começou a criar colonatos no território palestino, em violação do direito internacional, Hebron tem sido um ponto quente da violência dos colonos israelitas sobre os palestinos e suas propriedades.A Mesquita Ibrahimi, conhecido pelos judeus como Gruta dos Patriarcas, situada na Cidade Velha, onde se acredita...

A Associação de Estudantes da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, com a colaboração do MPPM e de Ciné-Palestine, promoveu um conjunto de iniciativas de solidariedade com a Palestina.Na segunda-feira, 15 de Maio, houve um debate sobre o tema "Palestina: Breve História Sobre Quase Tudo” animado por Carlos Almeida, do MPPM, a que se seguiu a projecção do filme "Roshmia".Nas terça-feira, 16, o tema do debate era "A Promessa de um País" e foram intervenientes Adel Sidarus, do MPPM, e Dima Mohammed e Ana Santos Pinto, da FCSH. O filme "The Wanted 18" foi projectado a seguir.Finalmente, na quarta-feira, 17, houve “Conversa Aberta sobre Experiências na Palestina”, com testemunhos de palestinos que estão em Portugal e de portugueses que visitaram a Palestina. Da Direcção do MPPM participaram José Oliveira e Bruno Dias. Seguiu-se a projecção do filme "Diaries", terminando o evento com um convívio com comida e música palestinas no espaço da Associação Renovar a...

A Câmara Municipal do Seixal acolheu hoje uma jornada de solidariedade com a Palestina, organizada em cooperação com o MPPM e a Missão Diplomática da Palestina.Abriram a sessão, no Auditório, Joaquim Santos, Presidente da C. M: Seixal, e Fadi Alzaben, em representação do Embaixador da Palestina.Adel Sidarus, do MPPM, apresentou e comentou o filme "Como foi colonizada a Palestina".Manuela Calado, Vereadora de RH e Desenvolvimento Social, moderou o animado debate sobre o tema "Povo Palestino: Que Direitos?".No átrio, alunos do Núcleo de Teatro da E.S. Dr. José Afonso (Inês Nascimento, Margarida Godinho, Miguel Coelho, Simão Brasil, Inês Fragoso, Mariana Salavessa e Mihaela Alina) declamaram poemas de autores palestinos numa dramatização do Prof. José Sebastião.Seguiu-se a inauguração da exposição "Gaza 2014 - Testemunho de uma Agressão", que ficará patente ao público até ao dia 17 de Abril.A finalizar, houve oportunidade de degustar algumas especialidades da gastronomia palestina.

Neste Dia Mundial da Poesia recordamos um poema de Fadwa Tuqan (1917-2003), grande senhora das letras palestinas, e considerada um dos melhores poetas árabes contemporâneos. Este poema foi escrito na sequência da Guerra de 1967 e é um grito de afirmação – que os anos confirmaram – de que, a despeito de todas as adversidades, o povo palestino resiste e não desiste.O DILÚVIO E A ÁRVOREQuando a tempestade satânica chegou e se espalhouNo dia do dilúvio negro lançadoSobre a boa terra verdejante“Eles” contemplaram.Os céus ocidentais ressoaram com explicações de regozijo:“A Árvore caiu!O grande tronco está esmagado! O dilúvio deixou a Árvore sem vida!”Caiu realmente a Árvore?Nunca! Nem com os nossos rios vermelhos correndo para sempre,Nem enquanto o vinho dos nossos membros despedaçadosSaciar nossas raízes sequiosasRaízes árabes vivasPenetrando profundamente na terra.Quando a Árvore se erguer, os ramosVão florir verdes e viçosos ao solO riso da Árvore desfolharáDebaixo do solE os pássaros...

Integrada na iniciativa Dias da Palestina, a Câmara Municipal de Almada e o Movimento pelos Direitos do Povo Palestino e pela Paz no Médio Oriente (MPPM) promoveram uma Mostra de Cinema Palestino no Fórum Municipal Romeu Correia com exibição de filmes do realizador Michel Khleifi.No fim de cada sessão o realizador conversou com a assistência.Este foi o programa da Mostra:Sexta-feira, 3 de Março, às 21 horasMa'loul celebra a sua destruição (1985, 36')Ma'loul é uma aldeia da Galileia destruída em 1948 pelo exército israelita. Os antigos habitantes são autorizados a regressar uma vez por ano e organizam um piquenique nas ruínas da sua aldeia.Casamentos proibidos na Terra Santa (1995, 66')Nove casais mistos, interreligiosos e inter-étnicos, contam as suas estórias de vida. Um xeique, um rabino e um padre comentam.Sábado, 4 de Março, às 16 horasCasamento na Galileia (1987, 100')O chefe de uma aldeia árabe palestina pede ao governador militar israelita que levante o recolher obrigatório para...

A Câmara Municipal de Almada e o MPPM promovem uma Mostra de Cinema Palestino subordinada ao tema «Realidade e Memória», com filmes do realizador Michel Khleifi, integrada no programa dos «Dias da Palestina» que a autarquia está a organizar com a Missão Diplomática da Palestina.Os «Dias da Palestina» decorrem, entre 2 e 19 de Março de 2017, no Fórum Municipal Romeu Correia (Praça da Liberdade, Almada), com o seguinte programaQUINTA-FEIRA, 2 DE MARÇO | 17.30 HORAS | ÁTRIO DO FORUM MUNICIPAL ROMEU CORREIA«Exposição Herança Cultural Palestiniana: História e Luta» — InauguraçãoA exposição integra fotografias da vida em Jerusalém no início do séc. XX e uma mostra de artesanato local e trajes tradicionais da Palestina.SEXTA-FEIRA, 3 DE MARÇO | 21H | AUDITÓRIO FERNANDO LOPES GRAÇAMa’loul celebra a sua destruição, de Michel Khleifi, documentário (1985, 36’)Ma’loul é uma aldeia da Galileia destruída em 1948 pelo exército israelita. Os antigos habitantes são autorizados a regressar uma vez por...

Em finais de Outubro foi apresentado publicamente um dos maiores mosaicos do mundo, localizado no palácio do califa omíada Hisham Bin Abdul Malik, a cerca de dois quilómetros de Jericó, na Margem Ocidental ocupada.O mosaico cobre o chão da sala de recepção e do grande balneário do palácio e «é considerado um dos maiores e mais belos pavimentos de mosaico do mundo», segundo um comunicado do Ministério palestino do Turismo e Antiguidades.À margem da cerimónia de apresentação do mosaico, que contou com a presença de autoridades palestinas e personalidades públicas, a ministra da Turismo, Rula Maayah, declarou à agência Anadolu que o mosaico, de 827 metros quadrados, é «uma obra de grande precisão e beleza», explicando que consiste em 38 painéis diferentes ligados entre si, com milhares de pedras de 21 cores naturais.Por seu lado, Iyad Hamdan, director-geral do Ministério do Turismo em Jericó, informou que a cidade é anualmente visitada por cerca de 1.200.000 turistas, palestinos e...

No seu livro Mapping My Return: A Palestinian Memoir [Cartografando o meu Regresso: Uma Memória Palestina] (American University in Cairo Press, Junho de 2016), Salman Abu Sitta, hoje com 78 anos, relata a sua história de expulsão — um eco das histórias de sete milhões de refugiados palestinos — e contextualiza a ocupação israelita da Palestina no quadro da colonização sistemática e da limpeza étnica que, começando em 1947, continuou até ao dia de hoje.Abu Sitta é engenheiro de profissão, mas também historiador, cartógrafo, ex-membro do Conselho Nacional Palestino (parlamento palestino no exílio), fundador e presidente da Palestinian Land Society (Sociedade Palestina da Terra). Deve-se-lhe a obra pioneira Atlas of Palestine 1948.Abu Sitta, que se tornou refugiado com 10 anos de idade, descreve a vida na quinta da sua família, do início do século XVIII, a sua casa conhecida por Ma’in Abu Sitta («a fonte de Abu Sitta»): os prados e os montes, um mar de trigo de 600 hectares. É uma terra...

Alunos da Escola de Teatro do Freedom Theatre estão a efectuar uma digressão em Portugal. Após vários espectáculos em Lisboa, decorrerá no Porto, entre 13 e 18 de Setembro, uma mostra transdisciplinar que incluirá teatro, workshops, debates, cinema e artes plásticas, intitulada «Portugal Palestina: Arte pela Liberdade – O Freedom Theatre no Porto».O Freedom Theatre está sediado no Campo de refugiados de Jenin e procura desenvolver uma comunidade artística e criativa na parte norte da Cisjordânia. Sem deixar de pôr ênfase no profissionalismo e na inovação, o Freedom Theatre procura integrar os jovens e as mulheres na comunidade e explorar o potencial das artes como um importante catalisador para a mudança social. Os trabalhos apresentados em Portugal são fruto de um projecto em que se capacita a geração mais jovem para utilizar as artes para promover mudanças positivas na sua comunidade e, simultaneamente, quebrar o isolamento cultural que separa Jenin das comunidades mais amplas do...