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No próximo dia 19 a UEFA vai decidir quais as 13 cidades que acolherão a fase final do Euro 2020. Entre as cidades candidatas encontra-se Jerusalém, proposta por Israel. Se acolher esta candidatura, a UEFA estará a passar a mensagem de que, contrariamente à sua campanha de promoção do «fair play», na realidade está a aprovar, se não a incentivar, a violência étnica, o desrespeito pelo direito internacional, as violações de direitos humanos, a guerra ao próprio futebol.
 

1. O MPPM saúda o cessar-fogo anunciado no dia 26 de Agosto, no seguimento das negociações do Cairo entre a Autoridade e Resistência Palestinas e o governo de Israel. Este cessar-fogo permitiu pôr fim a 51 dias de uma inadmissível chacina da população de Gaza, durante os quais os criminosos bombardeamentos de Israel mataram mais de duas mil pessoas - quase 600 das quais crianças – e feriram outras 11 mil. Casas, prédios e bairros inteiros, bem como as já deficientes infra-estruturas de Gaza, foram destruídos. Israel bombardeou repetidamente tudo, até mesmo escolas das Agências da ONU que serviam como centros de acolhimento para uma população que, mercê do cerco imposto há já oito anos por Israel, Estados Unidos, União Europeia e Egipto, não podia sequer fugir da Faixa de Gaza.

Em nome do «direito à defesa», Israel iniciou ontem a operação militar Protective Edge contra a tão martirizada população da Faixa de Gaza que, recorde-se, é vítima de um bloqueio desumano, por Israel e pelo Egipto, que dura há sete anos.
 
Alegando defender-se dos ataques de rockets lançados a partir de Gaza, que terão causado um ferido ligeiro entre a sua população, Israel deu início a uma operação aérea em larga escala que, só no primeiro dia, terá causado a morte a mais de duas dezenas de palestinos, entre os quais várias crianças, além de muitos feridos e desalojados.
 
Esta operação vinha sendo antecipada com as ofensivas do exército de Israel contra a população da Palestina Ocupada, intensificada a partir de meados de Junho, que se traduziram em mais mortes, prisões e destruição.
 

O MPPM – Movimento pelos Direitos do Povo Palestino e pela Paz no Médio Oriente – manifesta a sua profunda preocupação pela escalada de violência por parte das forças armadas e de civis israelitas contra a população da Palestina ocupada, alegadamente como resposta à morte de três jovens colonos israelitas ocorrida em circunstâncias por esclarecer, numa zona C da Margem Ocidental, sob controlo do exército de ocupação de Israel. Estas acções não são mais que o intensificar de um clima de violência omnipresente no quotidiano dos palestinos.

No dia em que se assinala o 40.º aniversário da Revolução de Abril, o Movimento pelos Direitos do Povo Palestino e pela Paz no Médio Oriente (MPPM):
 
SAÚDA os militares que, em 25 de Abril de 1974, devolveram ao povo português a liberdade, a dignidade e a esperança, abriram o caminho à independência dos povos submetidos ao domínio colonial português e recolocaram Portugal no lugar que lhe competia no concerto das nações;
 
SAÚDA todos os homens, mulheres e jovens que, individual ou colectivamente, ao longo de quatro décadas, têm pugnado pela defesa intransigente das conquistas de Abril, na defesa da democracia, da liberdade, do desenvolvimento e da justiça social;
SAÚDA o carácter marcadamente humanista, progressista e pacifista da Constituição da República Portuguesa, no que respeita às relações internacionais, que se mantém, a despeito dos ataques e perversões de que tem sido alvo;
 
Cidade de Gaza, 27 de Dezembro de 2008. É um sábado e pouco falta para o meio-dia. As crianças regressam da escola e as ruas estão repletas de pessoas. Poucos minutos mais tarde, mais de 200 estarão mortas e cerca de sete centenas estarão feridas. Israel acaba de desencadear o seu covarde ataque que baptiza de «Operação Chumbo Fundido». Dezenas de caças F-16, helicópteros Apache e veículos aéreos não tripulados bombardeiam, em simultâneo, mais de uma centena de locais em toda a Faixa de Gaza. Nos dias seguintes, continuam os bombardeamentos, culminando numa invasão terrestre em 3 de Janeiro de 2009. Quando termina a operação, em 18 de Janeiro, debaixo de forte pressão internacional e dois dias antes da tomada de posse de Barack Obama, deixa mais de 1400 mortos palestinos – entre os quais 138 crianças – e um enorme rasto de destruição que paralisa a vida de Gaza.

O MPPM organiza um conjunto de eventos, integrados nas Jornadas de Solidariedade com a Palestina - 2013, em torno da data de 29 de Novembro proclamada pela Assembleia Geral da ONU como o Dia Internacional de Solidariedade com o Povo da Palestina, evocando a data em que, em 1947, a Assembleia Geral das Nações Unidas adoptou a resolução 181 (II) que preconizava a partilha da Palestina em dois Estados - um judaico e um árabe - com um estatuto especial para Jerusalém, mas que jamais foi cumprida no que respeita à criação do Estado Palestino. As Jornadas de Solidariedade com a Palestina – 2013 adoptaram como lema: “Resistência – Liberdade – Soberania”.
O programa das Jornadas 2013 é o seguinte:

O Acordo de Oslo I
 
O Acordo de Oslo I ou, na sua designação oficial, a «Declaração de Princípios sobre os acordos de Auto-governação Interina», foi assinado a 13 de Setembro de 1993, em Washington, pelo Governo de Israel e a OLP, sob a supervisão do governo dos Estados Unidos. Embora não sejam as suas assinaturas que constam no texto do Acordo, a fotografia que simboliza a cerimónia de assinatura junta os então Presidente dos EUA Clinton, Presidente da OLP Yasser Arafat e Primeiro-Ministro de Israel, Yitzak Rabin.
 
O MPPM manifesta a sua mais profunda preocupação pela sucessão de declarações, ameaças e iniciativas visando um ataque militar de potências ocidentais contra a Síria e exprime, desde já, a sua firme condenação de qualquer intervenção militar externa no conflito sírio. Uma eventual agressão militar externa – susceptível de lançar toda a região numa catástrofe de enormes proporções – representaria, na linha dos ataques já lançados por Israel sobre território sírio, uma flagrante e inaceitável violação do Direito Internacional e da Carta da ONU, para mais se levada a cabo à margem do Conselho de Segurança da ONU.
 

1. O MPPM condena o ataque militar de Israel contra território sírio, no passado dia 30 de Janeiro. Trata-se dum acto de agressão contra um país soberano e uma violação grosseira da legalidade internacional, que tem de ser claramente condenado pelo governo português.

2. O ataque israelita contra o centro de investigação militar de Jamraya representa ainda uma perigosa escalada no envolvimento externo no conflito sírio, que ameaça atear o fogo da guerra em todo o Médio Oriente, num contexto já marcado pela instalação dos mísseis Patriot da NATO em território turco e pelas permanentes ameaças de ataque contra o Irão.

3. O MPPM recorda que Israel ocupa, desde há 46 anos, os Montes Golã sírios, como resultado duma agressão militar e em violação de numerosas resoluções da ONU. Trata-se duma situação intolerável, a que urge pôr fim imediato.

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