Apelo para salvar a vida do jornalista palestino Mohammed Al-Qeek

COMUNICADO 01/2016

O MPPM apela a todos os que defendem o valor da vida humana e os princípios de liberdade e de dignidade, para agirem rápida e urgentemente para salvar a vida do preso político palestino Mohammed Al-Qeek.

Al Qeek está em greve de fome há 85 dias consecutivos em protesto pela sua detenção administrativa ilegal, sem julgamento, pela ocupação israelita, o que constitui uma violação do direito internacional.

Al Qeek, um conceituado jornalista palestino, de 33 anos, está em condição médica crítica e os seus advogados alertam para a sua morte iminente se as autoridades israelitas continuarem a negar a sua exigência legítima de ser levado a julgamento ou libertado.

Segundo informação da organização de direitos humanos Addameer, estão nas prisões israelitas 6900 presos políticos palestinos, dos quais 55 são mulheres e 450 crianças. 650 estão detidos administrativamente, isto é, sem acusação formulada e sem direito a defesa.

A presença de Israel nos territórios palestinos ocupados é feita com sistemática violação do Direito Internacional, do Direito Internacional Humanitário e das convenções sobre Direitos Humanos, e com total desprezo por todas as resoluções das Nações Unidas que Israel, enquanto estado membro, se comprometeu a cumprir.

Enquanto continuar a beneficiar de um estatuto de parceiro privilegiado, como é o de ser parte do Acordo de Associação União Europeia-Israel, ou o de ser beneficiário do Programa Horizonte 2020 – em que empresas israelitas envolvidas em projectos de defesa e de segurança são parceiras de projectos financiados pelos contribuintes europeus – ou, ainda, do apoio, explícito ou por omissão, da comunidade internacional, o governo de Israel não se sentirá obrigado a respeitar os legítimos direitos do povo palestino.

O MPPM apela aos cidadãos e organizações da sociedade civil portugueses a que, pelos meios ao seu dispor, denunciem as violações praticadas por Israel e pressionem para a libertação dos presos políticos palestinos em prisões israelitas.

O MPPM apela ao Governo de Portugal e aos representantes eleitos do povo português para que pressionem Israel no sentido de respeitar os direitos do povo palestino e cumprir as obrigações do direito internacional.

Lisboa, 17 de Fevereiro de 2016
A Direcção Nacional do MPPM

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