Comunicados

Vinte e um mortos e muitas dezenas de feridos é o balanço possível de mais uma ofensiva militar de Israel sobre a martirizada população palestina da faixa de Gaza. A sequência de bombardeamentos iniciada na passada sexta-feira tem semeado um rasto de morte e destruição em várias aldeias e cidades daquela região ocupada. Homens, mulheres ou crianças, escolas e outras infra-estruturas civis, nada tem sido poupado. Sem ser surpreendente, a brutalidade do exército israelita é ainda mais chocante porquanto a actual campanha de bombardeamentos sobre a população palestina foi desencadeada de maneira totalmente despropositada e sem que nada o justificasse. Na verdade, ela apenas vem elevar o grau de violência e opressão que marca o quotidiano do povo palestino sob a continuada ocupação de Israel. No actual contexto que se vive no Médio Oriente, com a agudização de conflitos internos e a multiplicação de ingerências externas e planos belicistas para novas invasões, a ofensiva militar israelita...

O MPPM manifesta a sua profunda preocupação pelo contínuo agravamento da situação na Palestina e pela escalada dos perigos de uma confrontação bélica generalizada no Norte de África e no Médio Oriente. As condições de vida do povo palestino agravam-se dia após dia, e Israel persiste, de forma impune, no caminho de aprofundamento da colonização dos territórios ocupados e de recusa no reconhecimento dos direitos nacionais do povo palestino. É inaceitável que a proposta de reconhecimento da Palestina como Estado-membro da Organização das Nações Unidas — uma proposta justa e legítima, conforme ao Direito Internacional e às legítimas aspirações de libertação nacional do povo palestino, que será levada à ONU nas próximas semanas — esteja a ser objecto de resistências, ameaças e chantagens por parte das autoridades israelitas e dos EUA. Ao mesmo tempo, o agravamento dos conflitos e a instabilidade provocada pela intervenção militar internacional na Líbia favorece objectivamente Israel, faz...

Há um ano éramos atingidos — o MPPM e, sobretudo, a sua grande causa e razão de ser, a Palestina — pela perda física da voz do mais eminente dos nossos fundadores, José Saramago.Esta é uma evocação sentida e homenagem à sua memória. A voz de Saramago — de alcance mundial pela arte da palavra, a clarividência do pensamento e o desassombro das posições — há muito se fazia ouvir em prol de duas maiores e incindíveis causas da humanidade; a libertação e a paz. Saramago sempre quis juntar a sua voz lúcida, calorosa, firme, à de outros portugueses em iniciativas que abriram caminho ao MPPM — Movimento pelos Direitos do Povo Palestino e pela Paz no Médio Oriente — e, sobretudo, em defesa da vida e do futuro do povo palestino, heróico e mártir. Foi assim com o abaixo-assinado «Não ao Muro de Sharon» (2004); com o documento fundador do MPPM (2005), em que se condenava «a imposição, pela força, de soluções unilaterais, todas as formas de terrorismo, tanto o terrorismo de estado como qualquer...

A Direcção Nacional do MPPM — Movimento pelos Direitos do Povo Palestino e pela Paz no Médio Oriente — tem acompanhado com a maior atenção a contestação que presentemente se verifica em muitos países do mundo árabe contra os regimes ditatoriais aí vigentes. Consequência de décadas de miséria, desemprego, sucessivos aumentos do custo de vida, corrupção, nepotismo, enriquecimento desmesurado e ilícito das classes dirigentes, opressão e repressão, executadas em obediência aos interesses económicos e políticos das potências ocidentais, as manifestações que agora têm lugar representam o anseio das populações por uma autêntica justiça social, pelo exercício das liberdades fundamentais e pela instauração de governos democráticos.Há muito tempo que o descontentamento popular se fazia sentir, com periódicos incidentes pontuais, mas a verdadeira revolução que eclodiu na Tunísia, e que levou à queda do presidente Ben Ali, rapidamente se propagou a outros países árabes.Este movimento tem a sua...

A Direcção Nacional do Movimento pelos Direitos do Povo Palestino e pela Paz no Médio Oriente repudia, de forma enérgica, a presença em Portugal, a convite do Governo Português, do actual Ministro dos Negócios Estrangeiros de Israel, Avigdor Lieberman, que é dirigente de um partido xenófobo de extrema-direita, e é conhecido pelas suas posições abertamente racistas e favoráveis à expulsão da população árabe da Palestina. Como Ministro dos Negócios Estrangeiros, tem assumido posição de relevo na política ilegal e criminosa de ocupação e colonização dos territórios palestinos ocupados e no recrudescimento das perseguições sobre a comunidade árabe em Israel e sobre as organizações de direitos humanos que denunciam a política sionista de ocupação. O acolhimento dado pelo Governo Português a uma tal personalidade constitui uma afronta aos sentimentos democráticos e solidários do povo português, e uma gritante violação do artigo 7.º da Constituição da República. A Direcção Nacional do MPPM...

Abdullah Hourani faleceu, no passado dia 29, na Jordânia, segundo informa a Agência Noticiosa Ma'an. O Conselho Executivo da OLP anunciou o seu falecimento numa declaração em que o recorda como um dirigente leal da luta palestina e co-fundador da revolução Palestina contemporânea. «As suas vastas actividades nacionais e patrióticas contribuíram para proteger a identidade palestina». Abdullah Hourani esteve em Lisboa em 1979, durante o período que antecedeu a grande Conferência Mundial de Solidariedade com o Povo Árabe e a sua Causa Central — a Palestina, a colaborar no trabalho preparatório. Teve a coragem política de ser a única personalidade árabe que se pronunciou, nas condições da época, pela existência de dois estados: Israel e Palestina. Esteve, de novo, em Portugal, a convite da comissão instaladora do MPPM (Movimento pelos Direitos do Povo Palestino e pela Paz no Médio Oriente), entre 27 de Maio e 1 de Junho de 2006. A sua visita foi seminal para o MPPM, por ter ocorrido numa...

O MPPM — Movimento pelos Direitos do Povo Palestino e pela Paz no Médio Oriente, assinala o Dia Internacional de Solidariedade com o Povo Palestino com uma Sessão Pública a realizar na próxima segunda-feira, 29 de Novembro, a partir das 21 horas, na Casa do Alentejo, Rua das Portas de Santo Antão, 58, Lisboa.Serão oradores o Embaixador Mufeed Shami, Maria do Céu Guerra, Adel Sidarus e Carlos Almeida.   O Embaixador Mufeed Shami é o novo Representante Diplomático da Palestina em Portugal. Anteriormente, desempenhava funções diplomáticas no Ministério dos Negócios Estrangeiros da Palestina. Foi consultor, professor universitário e jornalista. Maria do Céu Guerra, actriz e encenadora, foi recentemente eleita Presidente do MPPM, a cuja Direcção Nacional já pertencia. Adel Sidarus, antropólogo e professor universitário aposentado, foi eleito para Direcção Nacional do MPPM nas eleições de 8 de Novembro. Carlos Almeida, historiador e investigador científico, é membro da Direcção Nacional do...

É com profundo pesar que a Direcção Nacional do Movimento pelos Direitos do Povo Palestino e pela Paz no Médio Oriente toma conhecimento do falecimento de José Saramago, Prémio Nobel da Literatura e Presidente da Assembleia Geral do MPPM.   José Saramago, figura maior da vida cultural portuguesa, cidadão desta terra e deste mundo, foi um homem totalmente comprometido com o seu tempo, em particular com a luta dos homens e dos povos pela emancipação de todas as formas de exploração e opressão. O drama do povo palestino, a sua causa nacional, a sua heróica luta contra a ocupação e pela liberdade, teve em José Saramago uma voz empenhada, corajosa e sentidamente solidária. O MPPM orgulha-se de ter contado, na sua actividade, com o seu contributo único e activo em prol de um movimento de solidariedade com a causa do povo palestino mais forte e interveniente.   Nesta hora triste, o MPPM expressa à família de José Saramago, em especial à sua companheira, Pilar del Rio, as suas mais sentidas...

A Direcção Nacional do MPPM condena, da forma mais veemente, o ataque perpetrado pela marinha israelita, durante esta madrugada, contra um comboio marítimo de ajuda humanitária que causou a morte a mais de uma dezena de pessoas. Organizado por movimentos de solidariedade com destino a Gaza, e levando, a bordo cerca de 750 pessoas de sessenta nacionalidades com 10.000 toneladas de produtos diversos para socorro da população de Gaza, aquele grupo de embarcações foi assaltado, ainda em águas internacionais, segundo as notícias disponíveis, por unidades da marinha de guerra de Israel, o que desde logo, configura uma grave violação do direito internacional. Esta acção brutal das forças armadas israelitas, ocorrida poucos dias após a formalização da adesão de Israel à OCDE, ilustra da forma mais dramática o carácter agressivo da política de Israel e a sua contradição profunda com os princípios da paz, da liberdade e da democracia. Ela é, por isso, indissociável do estatuto de impunidade de...

Decorrido cerca de um ano da tomada de posse do governo de extrema-direita em Israel, liderado por Benjamin Netanyahu e Avigdor Lieberman, estão confirmadas as piores expectativas sobre o agravamento da repressão sobre o povo palestino, ao bloqueamento do processo negocial com vista a uma solução diplomática que ponha fim à ocupação, o respeito pelo direito e a legalidade internacional, e a agudização das tensões no Médio Oriente. Em coerência com o percurso político de Netanyahu e Lieberman, e com as posições assumidas pelos respectivos partidos durante a campanha eleitoral que culminou nas eleições de 20 de Fevereiro de 2009, e na esteira das orientações emanadas ainda por Ariel Sharon, o governo de Israel intensificou fortemente o processo de colonização da Margem Ocidental do rio Jordão, em clara e frontal violação do direito e da legalidade internacional. Organizações não-governamentais israelitas estimam em mais de 50 mil o número de unidades residenciais que estarão neste...