Resistência, Política e Sociedade Palestinas

O presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas criticou hoje severamente os chamados esforços de paz no Médio Oriente do presidente estado-unidense Donald Trump. «O acordo do século é a bofetada do século e nós não o aceitaremos», declarou Abbas, referindo-se à promessa de Trump de alcançar o «acordo supremo».Abbas afirmou que «hoje é o dia em que os acordos de Oslo terminam. Israel matou-os. Somos uma autoridade sem autoridade e uma ocupação sem qualquer custo. Trump ameaça cortar o financiamento da autoridade porque as negociações falharam. Quando diabo é que as negociações começaram?!»E prosseguiu: «A nossa posição é um Estado palestino nas fronteiras de 67 com capital em Jerusalém Oriental e a aplicação de decisões da comunidade internacional, bem como uma solução justa para os refugiados.»Mahmoud Abbas falava em Ramala numa reunião do Conselho Central Palestino (instância de direcção da OLP entre reuniões do Conselho Nacional Palestino), que deverá prolongar-se até amanhã...

Nabi Saleh é a aldeia de Ahed Tamimi. É também a aldeia que se tornou conhecido pelos seus protestos pacíficos contra a violência dos habitantes do vizinho colonato de Halamish e o roubo das suas terras, protestos esses que o exército israelita reprime com brutalidade. É ainda a aldeia onde três habitantes foram mortos pelo exército de Israel.O realizador belga Jan Beddegenoodts apresenta em «Thank God, it’s Friday» («Graças a Deus é Sexta-Feira»), um documentário sobre a vida diária na aldeia palestina de Nabi Saleh e também no vizinho colonato israelita de Halamish.Todas as sextas-feiras – desde 2009 – os habitantes de Nabi Saleh fazem o seu protesto debaixo de gás lacrimogéneo e balas de borracha. Durante um protesto, numa sexta-feira de Dezembro de 2011, Mustafa Tamimi, um jovem de Nabi Saleh, foi morto. Um momento de tensão emocional do filme é aquele em que a mãe de Mustafa conta a última e fatídica sexta-feira em que o seu filho saiu de casa para não voltar.Há um elemento em...

Mais de 200 palestinos ficaram ontem feridos na Margem Ocidental ocupada e na Faixa de Gaza cercada, em resultado da repressão das forças de ocupação israelitas aos protestos, pela quarta semana consecutiva, contra a declaração do presidente dos EUA, Donald Trump, de reconhecer Jerusalém como capital de Israel.Segundo o Crescente Vermelho palestino, mais de 130 palestinos ficaram feridos em confrontos com as forças israelitas na Margem Ocidental: 4 atingidos com balas reais e 45 com balas de metal revestidas de borracha, enquanto 77 foram vítimas da inalação de gás lacrimogéneo.Na Faixa de Gaza, mais de 50 palestinos foram feridos, a maioria deles com balas reais.Os confrontos ocorreram após as preces de sexta-feira, em resposta ao apelo de várias facções palestinas para um dia de raiva em resposta à decisão ilegal e unilateral dos Estados Unidos de reconhecer Jerusalém como a capital de Israel e de para aí transferir a sua embaixada. 

As forças militares de ocupação israelitas prolongaram hoje a detenção administrativa de Khalida Jarrar por mais seis meses, a quatro dias de expirar o seu período de detenção.Dirigente da Frente Popular para a Libertação da Palestina, Khalida Jarrar é deputada ao Conselho Legislativo Palestino (parlamento) e presidente da sua Comissão dos Presos, sendo ainda vice-presidente do Addameer, organização de apoio aos presos palestinos.Khalida Jarrar tinha sido aprisionada por soldados das forças de ocupação na madrugada de 2 de Julho e condenada a seis meses de detenção administrativa, prática de detenção arbitrária, sem julgamento nem culpa formada, que constitui uma grave violação do direito e dos padrões internacionais dos direitos humanos.Khalida Jarrar tem sido alvo de ataques repetidos e contínuos da ocupação israelita, tendo já anteriormente passado 14 meses numa prisão israelita sob a acusação de construir uma rede de apoio aos presos palestinos, sendo libertada em Junho de 2016.Kha...

Ahed Tamimi, de 16 anos, conhecida activista palestina contra a ocupação, foi detida na madrugada do passado dia 19, quando forças do exército e polícia de fronteira de Israel assaltaram a sua casa, na aldeia de Nabi Saleh, na Margem Ocidental ocupada.A razão próxima da detenção de Ahed Tamimi é um vídeo em que confronta corajosamente soldados israelitas, que queriam usar a sua casa para atacar jovens da aldeia.Mas Ahed Tamimi participou desde os 9 anos de idade nos protestos que durante anos se realizaram todas as sextas-feiras na aldeia de Nabi Saleh contra o roubo de terras e de uma nascente pelos colonos israelitas. Aos 13 anos ganhou o Handala Courage Award, tendo-se tornado conhecida por uma série de fotos de 2015 em que, juntamente com a mãe e tia, tentava desesperadamente salvar o seu irmão ferido, Mohammad, então com 11 anos, de ser preso pelas forças israelitas.Quando Ahed tinha 12 anos, um primo de sua mãe, Mustafa Tamimi, foi morto diante dos seus olhos por um disparo de...

Dois palestinos foram mortos a tiro e outras cerca de 70 pessoas foram feridas por balas reais disparadas pelas forças israelitas junto à barreira que isola a Faixa de Gaza de Israel, durante protestos contra a decisão do presidente dos EUA, Donald Trump, de reconhecer Jerusalém como a capital de Israel, informou o Ministério da Saúde palestino.Após as preces de sexta-feira, tinha-se realizado um protesto perto da barreira que cerca a Faixa de Gaza, e soldados israelitas abriram fogo contra os manifestantes com balas reais, gás lacrimogéneo e granadas de atordoamento.Ao mesmo tempo, ocorreram confrontos em Belém, Hebron, Nablus, Ramala e outras zonas da Margem Ocidental. Em Jerusalém Oriental, após as preces de sexta-feira na mesquita de Al-Aqsa houve uma marcha em direcção à porta de Damasco, interrompida pelos soldados israelitas.Pelo menos 103 palestinos foram levados para tratamento para hospitais em toda a Margem Ocidental ocupada e na Faixa de Gaza.Os manifestantes respondiam aos...

Os Estados Unidos vetaram esta segunda-feira no Conselho de Segurança da ONU um projecto de resolução que rejeitava a decisão do presidente dos EUA, Donald Trump, de reconhecer Jerusalém como capital de Israel. Todos os outros 14 membros do Conselho de Segurança apoiaram o projecto.Trata-se da 43.ª vez que os EUA utilizam o direito de veto para apoiar Israel.O veto pronunciado pela embaixadora dos EUA, Nikki Haley, veio sublinhar o isolamento de Washington relativamente ao anúncio feito por Trump no dia 6 de Dezembro.A decisão estado-unidense contraria o consenso internacional e as resoluções da ONU, que prevêem que o estatuto de o estatuto de Jerusalém só pode ser resolvido através de negociações, tendo desencadeado protestos e condenação em todo o mundo e em particular na Palestina.Importantes aliados dos EUA como o Reino Unido, a França, a Itália, o Japão e a Ucrânia são alguns dos 14 países do Conselho de Segurança (que tem 5 membros permanentes, com direito de veto, e 10 membros...

Os palestinos não aceitarão quaisquer mudanças na fronteira de 1967 de Jerusalém Oriental, afirmou hoje Nabil Abu Rudeineh, porta-voz de Mahmoud Abbas, presidente da Autoridade Palestina.Abu Rudeineh reagia a declarações atribuídas a um responsável da Casa Branca segundo as quais os Estados Unidos consideram que a edificação a que os judeus chamam Muro Ocidental ou Muro das Lamentações, e que os muçulmanos designam por Muro de Al-Buraq, faz parte de Israel.«Esta posição estado-unidense prova mais uma vez que a actual administração dos EUA está completamente fora do processo de paz», declarou Abu Rudeineh. «Continuar com esta política estado-unidense, quer se trate de reconhecer Jerusalém como a capital de Israel e de mudar a embaixada dos EUA para a cidade ou de tomar uma decisão unilateral sobre as questões do estatuto final, viola o direito internacional e consolida a ocupação. Isso não é aceitável para nós e nós denunciamo-lo», concluiu.O vice-presidente dos EUA, Mike Pence, deverá...

As forças de ocupação israelitas mataram hoje quatro palestinos durante um dia de violentos confrontos na Margem Ocidental ocupada e na Faixa de Gaza cercada, que se somam a centenas de feridos por balas reais e balas de aço revestidas de borracha.Milhares de palestinos prosseguiram, na Faixa de Gaza cercada e na Margem Ocidental e Jerusalém Oriental cercadas, mobilizações contra o reconhecimento pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de Jerusalém como capital de Israel.Os mortos registados hoje vêm somar-se a outros seis durante os confrontos ocorridos esta semana, elevando para 10 o número total de mortos.Na Faixa de Gaza, os manifestantes juntaram-se perto da fronteira norte com Israel, lançando pedras. As forças israelitas abriram fogo, causando 150 feridos e matando dois manifestantes: um deles é Ibrahim Abu Thuraya, de 29 anos, que se encontrava numa cadeira de rodas após em 2008 ter perdido ambas as pernas durante um ataque israelita com mísseis contra Gaza.Também...

Pelo quinto dia consecutivo, prosseguem em toda a Palestina e em muitos locais do mundo inteiro os protestos contra a decisão do presidente estado-unidense, Donald Trump, de reconhecer Jerusalém como capital de Israel e de para aí transferir a embaixada dos EUA.Nos territórios palestinos registaram-se novos protestos, nomeadamente em Ramala, Hebron e Tulkarem, na Margem Ocidental ocupada, e na Faixa de Gaza cercada.Os protestos têm sido brutalmente reprimidos por Israel.De acordo com o Ministério da Saúde palestino, as forças de ocupação israelitas mataram 4 palestinos e feriram outros 1632 durante os protestos.Estatísticas publicadas ontem pelo Ministério da Saúde revelam que houve 1327 feridos na Margem Ocidental e em Jerusalém ocupadas, incluindo 28 por balas reais, 305 por balas de metal revestidas de borracha e 962 casos de sufocação devido à inalação de gás lacrimogéneo.Durante o mesmo período, 305 palestinos foram feridos em protestos na Faixa de Gaza cercada, incluindo 64...