Pelo menos 49 palestinos foram mortos e mais de 6000 foram feridos a tiro pelas forças israelitas desde o lançamento da Grande Marcha de Retorno na Faixa de Gaza cercada, em 30 de Março.
O pesado balanço da sangrenta repressão das manifestações pacíficas por Israel foi dado a conhecer pelo Ministério da Saúde de Gaza, que informou que os seus hospitais receberam os corpos de 44 mortos, cinco dos quais menores, assinalando ao mesmo tempo que as forças de ocupação israelitas retêm os corpos de cinco palestinos mortos a tiro perto da cerca da fronteira.
Ashraf al-Qedra, porta-voz do ministério, declarou que até agora foram feridos 6793 palestinos, incluindo 701 menores e 225 mulheres. Dos feridos tratados nos hospitais de Gaza, 160 são feridos graves, 1944 moderados e 1899 ligeiros;
1935 foram alvo de balas reais, 401 foram feridos por balas de borracha, 820 sofreram sufocação por gás lacrimogéneo e 847 sofreram lesões diversas. Registaram-se 297 feridos atingidos por balas na cabeça e...
O Conselho Nacional Palestino iniciará amanhã, 30 de Abril, em Ramala, uma importante sessão. Órgão supremo da Organização de Libertação da Palestina, o CNP é composto por 740 membros e representa os palestinos da Palestina e da diáspora.
A importância desta reunião do CNP é realçada pelo facto de a última reunião ordinária ter ocorrido há mais de 20 anos (1996), tendo havido uma reunião extraordinária há nove anos (2009) para substituir membros entretanto falecidos do Comité Executivo da OLP.
A decisão de convocar o CNP foi tomada pelo Conselho Central da OLP, o segundo órgão mais importante na estrutura da organização, reunido em Ramala em 14 e 15 de Janeiro último para analisar as novas condições políticas criadas pela decisão dos Estados Unidos da América de reconhecer Jerusalém co capital de Israel e de transferir para aí a sua embaixada, acto que atesta a sua aliança estratégica com Israel e desmascara o seu pretenso papel de mediador imparcial, assinando ao mesmo tempo o...
As forças israelitas mataram hoje 3 palestinos e feriram pelo menos 833, enquanto milhares de pessoas participavam pela quinta semana consecutiva na «Grande Marcha do Retorno» ao longo da fronteira entre a Faixa de Gaza cercada e Israel, informou o Ministério da Saúde da Palestina.
Entre os feridos, dos quais pelo menos 174 por balas reais, contam-se quatro funcionários dos serviços de saúde e seis jornalistas.
A comissão organizadora dos protestos declarou que a manifestação desta semana seria dedicada à «juventude rebelde», para homenagear os milhares de jovens todas as semanas têm vindo protestar ao longo da vedação da fronteira. As manifestações continuam a ter o carácter de protesto de massas não violento.
Desde 30 de Março, data do início da «Grande Marcha do Retorno», 42 palestinos foram mortos e 5511 ficaram feridos pela repressão dos protestos, informou na terça-feira o Escritório das Nações Unidas para a Coordenação dos Assuntos Humanitários (OCHA).
Nas últimas semanas, os...
O jornalista palestino Ahmed Abu Hussein sucumbiu ontem aos ferimentos infligidos por um atirador de elite do exército israelita enquanto cobria as manifestações da «Grande Marcha do Retorno» na Faixa de Gaza cercada.
Ao seu funeral, realizado hoje, 26 de Abril, acorreram centenas de palestinos.
O jornalista foi atingido a tiro na sexta-feira 13 de Abril, vindo a falecer no dia 25 de Abril num hospital israelita, informa o Ministério da Saúde de Gaza.
Abu Hussein foi alvejado por atiradores especiais israelitas, apesar de estar a uma distância de 350 metros da vedação de separação entre a Faixa de Gaza e Israel — superior portanto à distância de 300 metros estabelecida pelo exército de ocupação. Além disso, um vídeo amador mostra que quando foi baleado o jornalista usava um colete de protecção com a palavra «Press» e um capacete marcado com as letras «TV».
O Sindicato dos Jornalistas Palestinos emitiu uma declaração considerando o exército israelita «totalmente responsável por este...
A repressão israelita sobre as manifestações da Grande Marcha do Retorno, na Faixa de Gaza cercada, tem sido de uma violência extrema. Os ferimentos por fogo real infligidos a mais de 1700 palestinos no mês passado foram invulgarmente graves, afirmam médicos palestinos e estrangeiros citados por Amira Hass num artigo do diário israelita Haaretz.Os soldados israelitas mataram 40 palestinos (número fornecido a 23 de Abril pelo Ministério da Saúde de Gaza) e feriram cerca de 5000, 36% dos quais por balas reais, desde 30 de Março, dia do início das manifestações exigindo o direito do retorno às suas casas e terras dos refugiados causados pela limpeza étnica levada a cabo por Israel, Médicos do Hospital Shifa de Gaza, citados pela organização Medical Aid for Palestine, com sede em Londres, afirmaram que não viam ferimentos tão graves desde a «Operação Margem Protectora», a guerra lançada por Israel contra a população de Gaza em 2014. Por seu lado, a organização Médicos Sem Fronteiras fala...
Manifestações de massas tiveram lugar hoje, 20 de Abril, ao longo da vedação fronteiriça entre a Faixa de Gaza e Israel, pela quarta sexta-feira consecutiva, como parte da «Grande Marcha do Retorno», que teve início em 30 de Março e deve continuar até 15 de Maio.
Segundo informações do Ministério da Saúde em Gaza, às 19h locais as vítimas da repressão das forças israelitas totalizavam quatro mortos palestinos, incluindo um menor, e 729 feridos, incluindo 45 menores. Entre as 305 pessoas hospitalizadas (42 % dos feridos), 156 tinham sido atingidas por balas reais, indicou ainda o Ministério da Saúde. Os prestadores de cuidados de saúde debatem-se com a escassez de recursos para enfrentar o afluxo maciço de vítimas.
Os mortos foram identificados como Ahmad Nabil Abu Aqel, de 25 anos, Mohammed Ayoub, de 15, Ahmad Rashad Al-Atamana, de 24, e Said Abd Al-Aal Abu Taha, de 19. Os paramédicos que evacuaram o menor hoje morto indicaram que ele foi atingido na cabeça com munições reais, a cerca...
Segundo informa o jornal israelita Haaretz, mais de 20.000 pessoas participaram hoje, 19 de Abril, num desfile para assinalar a Nakba («catástrofe», em árabe), a limpeza étnica levada a cabo pelas forças sonistas antes e depois da formação do Estado de Israel, em 1948, e em que mais de 750 000 palestinos foram expulsos das suas casas e das suas terras.A Associação para a Protecção dos Direitos dos Desalojados organizou o evento pelo 21.º ano consecutivo, coincidindo com as comemorações do «Dia da Independência» de Israel. (A independência de Israel foi proclamada a 14 de Maio de 1948, segundo o calendário gregoriano; porém, em Israel as comemorações ocorrem no dia 5 de Iyar do calendário judaico, que é de base lunissolar, sendo por isso uma data móvel.)Apelidado «Desfile do Retorno», o evento ocorre a cada ano nas terras de uma aldeia diferente que sofreu a expulsão e destruição em 1948. Este ano aconteceu na área de Atlit, ao sul de Haifa, no Norte de Israel.Nos últimos anos o desfile...
Milhares de palestinos desceram hoje à rua em diversos locais da Cisjordânia e na Faixa de Gaza, marcando o Dia dos Presos Palestinos, que se assinala anualmente a 17 de Abril.
Em Ramala, centenas de pessoas, incluindo famílias de presos, desfilaram em direcção ao posto de controlo militar (checkpoint) israelita a norte da cidade, onde soldados das forças de ocupação dispararam balas de borracha, gás lacrimogéneo e granadas atordoantes contra os manifestantes.
Protestos e manifestações similares ocorreram nas cidades de Nablus, Jenin, Belém, Hebron, Tulkarem e Qalqilya, na Cisjordânia, e também na Cidade de Gaza, onde os participantes se reuniram em frente ao escritório da Cruz Vermelha exigindo a intervenção da agência humanitária internacional para garantir que os seus filhos e filhas presos nas cadeias israelitas são tratados de acordo com o direito internacional. Os manifestantes empunhavam fotos de seus filhos e filhas presos, reclamando a sua libertação.
Num comunicado que...
As forças de ocupação israelitas mataram um palestino e feriram 968 outros durante durante a repressão dos protestos da Grande Marcha do Retorno ocorridos hoje, 13 de Abril, na Faixa de Gaza cercada.
Os soldados israelitas dispararam tiros e granadas de gás lacrimogéneo contra os manifestantes, causando a morte de Islam Herzallah, de 28 anos. Entre os feridos incluem-se 17 jornalistas e equipas médicas. Dos 968 palestinos feridos, 419 foram evacuados para o hospital, sendo 233 vítimas de balas reais e 13 de balas de borracha.
Nas duas anteriores semanas de protestos quase 1300 palestinos já tinham sido feridos a tiro por soldados israelitas, segundo uma contagem realizada pelo Ministério da Saúde de Gaza. Outros 1554 foram tratados devido à inalação de gás lacrimogéneo ou ferimentos por balas de aço revestidas de borracha. Além disso, 34 palestinos foram mortos durante este período.
Durante os protestos, que se realizaram pela terceira semana consecutiva, os manifestantes ergueram...
Dois palestinos alvejados pelas forças israelitas na Faixa de Gaza ocupada sofreram a amputação de uma das pernas porque as autoridades de Israel negaram a sua transferência para um hospital da Cisjordânia.As autoridades israelitas referiram explicitamente a participação dos dois jovens nos recentes protestos da Grande Marcha do Retorno como a razão pela qual o pedido foi rejeitado.Segundo um comunicado do Adalah (Centro Jurídico pelos Direitos da Minoria Árabe em Israel), Yousef Karnaz, de 20 anos, e Mohammad Al-'Ajouri, de 17, foram feridos a tiro por atiradores de elite israelitas em 30 de Março, o primeiro dia da Grande Marcha do Retorno.O Hospital Shifa de Gaza, «que não tinha meios para salvar as pernas dos feridos», encaminhou-os para o Hospital Al Istishari, em Ramala, no dia 1 de Abril, e no mesmo dia foi entregue aos militares israelitas um pedido de saída de Gaza e transferência para Ramala.Só depois de uma intervenção do Adalah e pelo Centro Al-Mezan pelos Direitos Humanos...