Os Estados Unidos vetaram esta segunda-feira no Conselho de Segurança da ONU um projecto de resolução que rejeitava a decisão do presidente dos EUA, Donald Trump, de reconhecer Jerusalém como capital de Israel. Todos os outros 14 membros do Conselho de Segurança apoiaram o projecto.Trata-se da 43.ª vez que os EUA utilizam o direito de veto para apoiar Israel.O veto pronunciado pela embaixadora dos EUA, Nikki Haley, veio sublinhar o isolamento de Washington relativamente ao anúncio feito por Trump no dia 6 de Dezembro.A decisão estado-unidense contraria o consenso internacional e as resoluções da ONU, que prevêem que o estatuto de o estatuto de Jerusalém só pode ser resolvido através de negociações, tendo desencadeado protestos e condenação em todo o mundo e em particular na Palestina.Importantes aliados dos EUA como o Reino Unido, a França, a Itália, o Japão e a Ucrânia são alguns dos 14 países do Conselho de Segurança (que tem 5 membros permanentes, com direito de veto, e 10 membros...
Os palestinos não aceitarão quaisquer mudanças na fronteira de 1967 de Jerusalém Oriental, afirmou hoje Nabil Abu Rudeineh, porta-voz de Mahmoud Abbas, presidente da Autoridade Palestina.Abu Rudeineh reagia a declarações atribuídas a um responsável da Casa Branca segundo as quais os Estados Unidos consideram que a edificação a que os judeus chamam Muro Ocidental ou Muro das Lamentações, e que os muçulmanos designam por Muro de Al-Buraq, faz parte de Israel.«Esta posição estado-unidense prova mais uma vez que a actual administração dos EUA está completamente fora do processo de paz», declarou Abu Rudeineh. «Continuar com esta política estado-unidense, quer se trate de reconhecer Jerusalém como a capital de Israel e de mudar a embaixada dos EUA para a cidade ou de tomar uma decisão unilateral sobre as questões do estatuto final, viola o direito internacional e consolida a ocupação. Isso não é aceitável para nós e nós denunciamo-lo», concluiu.O vice-presidente dos EUA, Mike Pence, deverá...
As forças de ocupação israelitas mataram hoje quatro palestinos durante um dia de violentos confrontos na Margem Ocidental ocupada e na Faixa de Gaza cercada, que se somam a centenas de feridos por balas reais e balas de aço revestidas de borracha.Milhares de palestinos prosseguiram, na Faixa de Gaza cercada e na Margem Ocidental e Jerusalém Oriental cercadas, mobilizações contra o reconhecimento pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de Jerusalém como capital de Israel.Os mortos registados hoje vêm somar-se a outros seis durante os confrontos ocorridos esta semana, elevando para 10 o número total de mortos.Na Faixa de Gaza, os manifestantes juntaram-se perto da fronteira norte com Israel, lançando pedras. As forças israelitas abriram fogo, causando 150 feridos e matando dois manifestantes: um deles é Ibrahim Abu Thuraya, de 29 anos, que se encontrava numa cadeira de rodas após em 2008 ter perdido ambas as pernas durante um ataque israelita com mísseis contra Gaza.Também...
Pelo quinto dia consecutivo, prosseguem em toda a Palestina e em muitos locais do mundo inteiro os protestos contra a decisão do presidente estado-unidense, Donald Trump, de reconhecer Jerusalém como capital de Israel e de para aí transferir a embaixada dos EUA.Nos territórios palestinos registaram-se novos protestos, nomeadamente em Ramala, Hebron e Tulkarem, na Margem Ocidental ocupada, e na Faixa de Gaza cercada.Os protestos têm sido brutalmente reprimidos por Israel.De acordo com o Ministério da Saúde palestino, as forças de ocupação israelitas mataram 4 palestinos e feriram outros 1632 durante os protestos.Estatísticas publicadas ontem pelo Ministério da Saúde revelam que houve 1327 feridos na Margem Ocidental e em Jerusalém ocupadas, incluindo 28 por balas reais, 305 por balas de metal revestidas de borracha e 962 casos de sufocação devido à inalação de gás lacrimogéneo.Durante o mesmo período, 305 palestinos foram feridos em protestos na Faixa de Gaza cercada, incluindo 64...
Em Ramala, Tul Karm e Nablus houve durante o dia de hoje manifestações contra reconhecimento pelos Estados Unidos de Jerusalém como a capital de Israel, que contaram com a participação de muitas centenas de pessoas, algumas das quais queimaram fotos de Donald Trump. Dezenas de palestinos também protestaram em vários locais do Norte e centro da Faixa de Gaza. Nas cidades de Hebron e Al-Bireh, na Margem Ocidental ocupada, milhares de manifestantes entoaram «Jerusalém é a capital do Estado da Palestina».Ao mesmo tempo, a medida estado-unidense provocou uma onda de agitação e protestos em toda a região, que se prevê irem continuar nos próximos dias.O número de palestinos feridos aumentou continuamente, à medida que alastravam os confrontos com as forças repressivas israelitas em toda a Margem Ocidental, Jerusalém Oriental e Faixa de Gaza. De acordo com o Ministério da Saúde e o Crescente Vermelho palestinos, já há para cima de 50 feridos, 9 dos quais vítimas de balas reais.Dos feridos com...
Milhares de palestinos assinalaram hoje a morte do dirigente histórico Yasser Arafat, ocorrida há 13 anos. Um dos fundadores da Fatah, Arafat morreu em 11 Novembro de 2004 num hospital perto de Paris, pairando a suspeita de que foi envenenado pelos serviços secretos de Israel. Continua a ser uma figura de referência para os palestinos.A comemoração ocorreu no contexto do processo de reconciliação entre movimentos palestinos rivais. Depois de uma década de oposição, por vezes violenta, o Hamas e a Fatah — que domina a Autoridade Palestina — estão envolvidos num processo em que a AP deve retomar o controlo de Gaza em 1 de Dezembro. Trata-se no entanto de um processo difícil e complexo, que está ainda a dar os primeiros passosNa Faixa de Gaza, milhares de pessoas responderam ao apelo da Comissão Islâmica Nacional para o Desenvolvimento e a Solidariedade Social (Takaful), liderada Mohammed Dahlan, antigo alto dirigente da Fatah na Faixa de Gaza. Outrora homem de confiança do presidente da...
João Paiva estuda Direito no Porto. Esteve na Palestina de 1 a 24 de Agosto de 2017, participando em dois campos de trabalho voluntário na universidade de Birzeit (perto de Ramallah) e na An-Najah University, em Nablus. No âmbito desses programas teve a oportunidade de conhecer várias cidades da Cisjordânia, interagir com muitos locais, discutir várias questões e receber palestras de políticos eminentes e professores universitários palestinianos. Conheceu e desenvolveu boas relações com muitos jovens palestinianos, diferentes de si apenas na língua e na religião, que lhe mostraram perspetivas profundamente evoluídas, equilibradas e justas daquilo que está a acontecer ao seu país e à identidade do seu povo. Durante a estada, conseguiu a oportunidade de entrevistar pessoalmente o atual Ministro da Educação da Autoridade Palestiniana, o Dr. Sabri Saidam, político eminente na atualidade palestiniana. A entrevista é de elevado interesse, não só para conhecer mais sobre o conflito vivido na...
A Autoridade Palestina (AP) assumiu oficialmente hoje (1 de Novembro) o controlo administrativo das passagens de fronteira da Faixa de Gaza cercada, como parte da transferência de poder que está em curso do Hamas para o governo de unidade palestino, dominado pela Fatah.O Hamas, que controla a Faixa de Gaza cercada desde 2007, concordou em retirar-se da governação deste território em nome da unidade nacional. A Autoridade Palestina deve assumir o controlo total da Faixa de Gaza até 1 de Dezembro.Durante a cerimónia de entrega do controlo na passagem de Rafah, entre Gaza e o Egipto, foram tocados os hinos nacionais palestino e egípcio. Viam-se lado a lado bandeiras palestinas e egípcias e grandes fotos do presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, e do presidente egípcio Abd al-Fattah al-Sissi.O acordo de reconciliação assinado em 12 de Outubro passado pelo Hamas e pela Fatah previa que a fronteira de Rafah, entre o Egipto e a Faixa de Gaza, seria operada por guardas...
O chefe do Hamas na Faixa de Gaza, Yahya Sinwar, afirmou hoje, 19 de Outubro, que ninguém pode forçar o Movimento Islâmico de Resistência a desarmar-se ou a reconhecer Israel.Horas antes, Jason Greenblatt, representante especial do presidente Donald Trump para o «processo de paz» israelo-palestino, declarara que um governo de unidade palestino tem de reconhecer Israel e desarmar o Hamas, o que constitui a primeira resposta oficial de Washington ao recente acordo de reconciliação palestino entre o Hamas e a Fatah, partido do presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abas. Segundo Greenblatt, qualquer governo palestino tem de «inequívoca e explicitamente» comprometer-se com as condições estabelecidas pelo Quarteto: abster-se de violência, reconhecer Israel e aceitar acordos anteriores, incluindo desarmar os terroristas e comprometer-se com a paz.Foi em resposta às suas declarações que Yahya Sinwar afirmou: «Ninguém no universo pode desarmar-nos. Pelo contrário, vamos continuar a ter o...
Os movimentos palestinos Hamas e Fatah assinaram hoje, 12 de Outubro, um acordo para acabar com 10 anos de divisão nacional, durante a segunda sessão da reunião de reconciliação realizada no Cairo. O anúncio do acordo surge na sequência de negociações entre a Autoridade Palestina, liderada pela Fatah, que controla a Margem Ocidental ocupada, e o Hamas, que até o início deste mês foi a autoridade de facto na Faixa de Gaza cercada.O máximo dirigente do Hamas, Ismail Haniyeh, declarou que «foi hoje alcançado um acordo entre o Hamas e a Fatah sob patrocínio egípcio». O porta-voz da Fatah, Osama al-Qawasmi, confirmou que as duas partes chegaram a um acordo abrangente sob patrocínio egípcio.O acordo prevê nomeadamente que forças da Autoridade Palestina assumam o controlo da fronteira de Rafah, entre a Faixa de Gaza e o Egipto. Foi acordada a formação de um governo de unidade, a reestruturação dos serviços policiais e de informações e a instalação de 3000 polícias da AP na zona. Também foi...