Resistência, Política e Sociedade Palestinas

Vários palestinos ficaram feridos em confrontos entre a polícia israelita e fiéis muçulmanos hoje, 17 de Julho, perto do complexo de Al-Aqsa, na Cidade Velha de Jerusalém Oriental ocupada.O presidente da Iniciativa Nacional Palestina, Dr. Mustafa Barghouti, foi atingido na cabeça por uma bala com ponta de borracha. Barghouthi declarou à agência Ma'an que ele e vários outros fiéis, habitantes de Jerusalém, foram agredidos por forças israelitas após realizarem orações junto à Porta dos Leões, uma das várias que dão acesso a Al-Aqsa, para expressar a sua rejeição dos procedimentos de segurança israelitas em todo o complexo, incluindo a instalação de detectores de metal às entradas.Entretanto, a Fatah, principal partido da Autoridade Palestina, apelou a que quarta-feira seja um «dia de raiva» em todo o território palestino ocupado, acrescentando que as orações de sexta-feira seriam realizadas em praças públicas das cidades palestinas para denunciar os «procedimentos terroristas» israelitas...

Num ataque ocorrido hoje, 14 de Julho, na Cidade Velha de Jerusalém Oriental ocupada, três cidadãos palestinos de Israel mataram a tiro dois polícias israelitas e feriram ligeiramente um outro, antes de serem eles próprios mortos.Testemunhas relataram à agência noticiosa plestina Ma'an que os três atacantes entraram pela Porta dos Leões da Cidade Velha por volta das 7h, de motocicleta, e dispararam contra os polícias à queima-roupa, antes de se dirigirem para dentro do complexo da mesquita de Al-Aqsa, onde as forças israelitas os mataram com tiroteio cerrado.Os atiradores foram identificados como cidadãos palestinos de Israel, da cidade de Umm al-Fahm, de maioria palestina. Segundo a polícia israelita, os atacantes levavam duas metralhadoras ligeiras Carlo (de fabrico artesanal), uma pistola e uma faca.Os dois polícias mortos eram também cidadãos palestinos de Israel, drusos. (Contrariamente aos palestinos muçulmanos e cristãos cidadãos de Israel, os palestinos drusos e circassianos...

A Frente Popular para a Libertação da Palestina (FPLP) publicou hoje, 13 de Julho, declarações criticando os movimentos Hamas e Fatah pelas medidas punitivas que as duas facções têm tomado, uma contra a outra, nas últimas semanas, informa a agência noticiosa palestina Ma'an. Estas declarações surgem num momento de crise política cada vez mais profunda e de gravíssima crise humanitária na Faixa de Gaza.Ontem, 12 de Julho, agravou-se dramaticamente a crise energética em Gaza, onde vivem dois milhões de palestinos, quando a única central de produção de electricidade do território foi desligada por falta de combustível. Neste momento o único fornecimento de electricidade são 70 megawatts provenientes de Israel, quando as necessidades se estimam em 500 megawatts. Na maioria dos locais, o fornecimento de electricidade não ultrapassa as 2 horas diárias, com consequências devastadoras nomeadamente para o funcionamento de hospitais e o tratamento de águas residuais.A situação na Faixa de Gaza...

A dirigente feminista Khitam Saafin, presidente da União dos Comités de Mulheres Palestinas, que foi presa na madrugada de 2 de Julho por forças de ocupação israelitas, recebeu ontem, 9 de Julho, uma ordem de detenção administrativa de três meses, assinada pelo comandante da ocupação militar da Margem Ocidental, informa a organização palestina de direitos dos presos Addameer. A audiência de confirmação será realizada no tribunal militar de Ofer na quarta-feira 12 de Julho.No mesmo dia que Khitam Saafin foi também presa Khalida Jarrar, dirigente da Frente Popular para a Libertação da Palestina (FPLP) e deputada ao Conselho Legislativo Palestino. Ambas estão detidas na prisão israelita de HaSharon. Na primeira audiência, a 5 de Julho, o juiz decidiu prolongar a detenção das duas por mais 72 horas. O Exército israelita disse que a sua prisão se deve ao seu papel de dirigentes da FPLP.Khalida Jarrar já passou 14 meses numa prisão israelita sob a acusação de construir uma rede de apoio aos...

Ismail Haniyeh salientou na quarta-feira, 5 de Julho, no seu primeiro discurso desde que em Maio foi eleito para substituir Khalid Meshaal como líder do Bureau Político do Hamas (Movimento Islâmico de Resistência), que o direito ao regresso, a libertação das terras palestinas e dos locais sagrados e a criação de um Estado palestino independente com Jerusalém como capital são direitos inegociáveis.Afirmando que o governo dos EUA estava a procurar forjar um acordo de paz «regional», Haniyeh advertiu que ele serviria «para extinguir a causa palestina». O Hamas, declarou, «nunca aceitará qualquer proposta [de paz] … que não sirva os interesses do nosso povo ou que não salvaguarde os seus direitos … Qualquer solução ou compromisso que não garanta o direito do povo palestino à liberdade — e a criação de um Estado palestino soberano com Jerusalém como capital — estará condenado ao fracasso».Haniyeh disse que o Hamas rejeita o terrorismo, classificando o Islão como religião de convivência e...

Forças militares israelitas prenderam a deputada palestina Khalida Jarrar e vários militantes da Frente Popular para a Libertação da Palestina (FPLP) durante incursões de madrugada na Margem Ocidental ocupada.Na madrugada de domingo 2 de Julho, um grande número de soldados israelitas invadiram a casa de Khalida Jarrar, no centro da cidade de Ramala, e prenderam-na. O seu marido afirmou que as forças israelitas apreenderam computadores durante o ataque.A agência de espionagem interna israelita, Shin Bet, anunciou em comunicado que Jarrar foi presa juntamente com um activista palestino por «promover actividades terroristas», sem fornecer qualquer informação adicional. Israel classifica como actividades terroristas as acções de resistência à ocupação.Em comunicado, a Frente Popular para a Libertação da Palestina confirmou que as forças de ocupação sionistas lançaram no domingo de madrugada uma campanha de incursões na Margem Ocidental ocupada, prendendo vários dirigentes e activistas da...

A Frente Popular para a Libertação da Palestina (FPLP) e o Hamas (Movimento Islâmico de Resistência) reivindicaram o ataque mortal ocorrido em Jerusalém Oriental ocupada na passada sexta-feira, 16 de Junho.Uma agente da polícia de fronteiras israelita foi morta no ataque, realizado com facas e uma arma automática. Os três palestinos foram mortos a tiro por polícias israelitas no local, perto da Porta de Damasco da Cidade Velha de Jerusalém.Segundo os meios de comunicação social israelitas, o chamado Estado Islâmico reivindicou o ataque. Já o exército israelita afirmou que o ataque foi realizado por uma célula local «não pertencente a nenhuma organização terrorista».Porém, segundo declarações coincidentes do Hamas e da FPLP, o ataque foi realizado por dois membros da FPLP (Baraa Ibrahim Salih Taha, de 18 anos, e Osama Ahmad Dahdouh, de 19), e um do Hamas (Adel Hasan Ahmad Ankoush, de 18 anos).Os dirigentes palestinos têm rejeitado qualquer correlação entre o que consideram uma parte da...

A Youth Development Association, uma organização palestina baseada em Nablus, na Margem Ocidental, promove, entre 22 de Julho e 2 de Agosto, a segunda edição do Motherland Work Camp. Estão previstos oito dias de actividades, que incluem trabalho agrícola, apoio a crianças e serviço social. São, ainda, reservados dois dias para visitas a algumas cidades palestinas. O campo está situado na localidade de Zababdeh, próximo da cidade de Jenin.

Os palestinos observaram hoje, 22 de Maio, uma greve geral, fechando empresas e instituições, para apoiar os 1500 presos políticos palestinos que estão em greve de fome nas prisões israelitas desde 17 de Abril.Segundo a comissão de média para a Greve da Fome Liberdade e Dignidade, é «a primeira vez desde a Primeira Intifada palestina (1987-1993) que uma greve geral é observada na Margem Ocidental ocupada, no território palestino ocupado em 1948 [actual Israel] e na diáspora».Na Margem Ocidental ocupada, fecharam escolas, bancos e transportes públicos, enquanto os hospitais e serviços de emergência continuaram a funcionar.O Alto Comité de Acompanhamento para os Cidadãos Árabes [Palestinos] de Israel sublinhou que todos os cidadãos palestinos de Israel deveriam aderir à greve geral, com excepção das escolas e serviços de emergência.A greve geral ocorreu no dia em que chegou a Israel o presidente estado-unidense Donald Trump. Para amanhã, 23 de Maio, está marcado um «dia de raiva»...

No dia em que cerca de 1500 presos políticos palestinos nas cadeias de Israel entraram no 34.º dia de greve da fome, um grupo de presos foram hoje, 20 de Maio, transferidos para um hospital civil israelita.O Serviço Prisional de Israel (IPS) transferiu um grupo de grevistas de fome palestinos para Centro Médico Barzilai, na cidade isarelita de Ashkelon, depois de os presos terem gradualmente parado de beber de água e de a sua saúde ter atingido um estado crítico.O governo israelita continua as suas tentativas de neutralizar a direcção da greve da fome e a recusar negociações directas com os seus líderes, nomeadamente Marwan Barghouthi, dirigente da Fatah condenado a cinco penas de prisão perpétua. No entanto, os grevistas mantêm-se unidos com os dirigentes da greve.A greve da fome dos presos reivindica direitos básicos como visitas familiares, o direito de prosseguir estudos, cuidados médicos apropriados e o fim da prisão em isolamento e da detenção administrativa, sem julgamento nem...