A Organização de Libertação da Palestina (OLP) censurou os Estados Unidos por se oporem a uma proposta do secretário-geral da ONU de nomear Salam Fayyad, ex-primeiro-ministro da Autoridade Palestina, para chefiar uma missão da ONU, considerando essa posição «um caso de flagrante discriminação com base na identidade nacional».Após tomar conhecimento da intenção de António Guterres de nomear Fayyad para liderar a missão política da ONU na Líbia, a embaixadora estado-unidense na ONU, Nikki Haley, afirmou na sexta-feira, 10 de Fevereiro, que os EUA estavam «decepcionados», alegando que isso mostrava um preconceito contra Israel. «Durante demasiado tempo a ONU tem sido injustamente tendenciosa em favor da Autoridade Palestina, em detrimento de nossos aliados de Israel», disse Haley, observando que os EUA não reconhecem um Estado palestino nem «apoiam o sinal que esta nomeação enviaria às Nações Unidas».A Palestina é actualmente um Estado observador não-membro da ONU e sua independência foi...
Uma adolescente palestina de 16 anos, Manar Majdi Shweik, de Silwan (Jerusalém Oriental ocupada), foi condenada a seis anos de prisão pelo Tribunal Central israelita, no domingo 5 de Fevereiro.Trata-se da mais jovem habitante de Jerusalém detida pelas autoridades israelitas. Segundo informa a agência noticiosa palestina Ma'an, a jovem, acusada de posse faca e de planear um ataque, já havia passado mais de um ano em detenção.A polícia israelita deteve-a pela primeira vez em 6 de Dezembro de 2015 em Silwan, ao sair da escola, alegando ter encontrado uma faca na sua bolsa; não é claro o que motivou a revista. Na altura a Ma'an relatou que jovens palestinos filmaram a revista e detenção da adolescente com os sesus telemóveis, que mais tarde lhes foram confiscados.Dois dias mais tarde, as autoridades israelitas libertaram Shweiki, mas em 22 de Dezembro de 2015 a polícia israelita voltou a detê-la. Também não é claro o que motivou a segunda detenção.A sua sentença é a mais recente de uma...
Na quarta-feira, 18 de Janeiro,cerca de 5h da manhã, centenas de polícias israelitas chegaram à aldeia beduína de Umm al-Hiran, no Negev, acompanhando as autoridades israelitas que vinham proceder a demolições de casas. As forças israelitas usaram balas com ponta de esponja, gás lacrimogéneo e granadas atordoantes para reprimir violentamente os moradores e apoiantes que se tinham concentrado para resistir às demolições.Foi morto a tiro pelas forças israelitas um cidadão palestino de Israel, Yaqoub Moussa Abu al-Qian, de 47 anos, professor de matemática na escola secundária al-Salam, da vizinha cidade de Hura.Segundo a polícia israelita, teria atacado com o carro os polícias, fazendo vários feridos. No entanto, numerosas testemunhas oculares relataram à agência palestina Ma'an que o motorista foi alvejado a tiro, perdendo por isso o controlo do veículo e fazendo-o atropelar polícias israelitas, um dos quais morreu. O deputado israelita Taleb Abu Arar (Lista Conjunta, coligação de...
Os principais partidos palestinos, entre os quais a Fatah e o Hamas, anunciaram na terça-feira, 17 de Janeiro, um acordo segundo o qual as facções palestinas — incluindo a Jihad Islâmica — entrarão para as instituições da OLP e formarão um novo Conselho Nacional Palestino («parlamento» da OLP). Este novo Conselho elegerá o novo Comité Executivo da OLP, o seu órgão máximo.As facções palestinas concordaram que, ao longo dos próximos dois meses, serão eleitos novos membros para o Conselho Nacional Palestino e as partes tentarão formar um novo governo.Em declarações ao jornal israelita Haaretz, um dirigente da Fatah que participou nas negociações declarou: «Estão maduras as condições para um novo governo de unidade, tanto no campo interno como no internacional … Um governo de unidade é de importância estratégica para os palestinos.»O anúncio ocorre após três dias de conversações não oficiais de reconciliação em Moscovo, sob os auspícios da Rússia, com o objectivo de restaurar «a unidade do...
Os cidadãos palestinos de Israel lançaram uma greve geral esta quarta-feira, 11 de Janeiro, em protesto contra a demolição de 11 casas na cidade israelita de Qalansawe no dia anterior.O Alto Comité de Acompanhamento dos Cidadãos Árabe anunciou a greve — que incluiria o fecho de todas as escolas, empresas e locais públicos — na sequência de uma reunião em Qalansawe.A reunião foi realizada horas depois de escavadoras israelitas arrasarem as casas por terem sido construídas sem licença, uma vez que nos últimos 20 anos as autoridades israelitas rejeitaram tentativas por parte do município para legalizar um plano para a cidade.As cidades de maioria palestina em Israel iriam participar na greve, incluindo Nazaré, Umm al-Fahm, Rahat e Kuseifa.O deputado Yousif Jabarin, da Lista Conjunta (coligação de partidos palestinos e da esquerda não sionista em Israel), participando numa manifestação em Umm al-Fahm, classificou a greve como uma expressão bem-sucedida da rejeição pelos cidadãos palestinos...
Um palestino foi morto a tiro por forças israelitas depois de conduzir um camião para cima de um grupo de soldados israelitas fardados, no domingo 8 de Janeiro, numa paragem de autocarro no colonato israelita ilegal de Talpiyyot oriental, em Jerusalém Oriental ocupada. Foram mortos quatro soldados e ficaram feridas pelo menos 13 outras pessoas, desconhecendo-se se alguma era civil.O motorista morto foi identificado como Fadi Ahmad Hamdan al-Qunbar, de 28 anos, do bairro vizinho de Jabal al-Mukabbir, em Jerusalém Oriental.O colonato ilegal de Talpiyyot oriental também é conhecido por Armon Hanatziv e está localizado logo a oeste do bairro de Jabal al-Mukabbir.Durante a tarde forças israelitas assaltaram as casas de familiares de Fadi Ahmad Hamdan al-Qunbar, prendendo pelo menos cinco deles.O Hamas (Movimento Islâmico de Resistência) divulgou um comunicado nas redes sociais em que elogiou o ataque, «que surge como reacção natural aos crimes da ocupação israelita». Fathi Hammad, membro do...
O secretário de Estado cessante dos EUA, John Kerry, denunciou a política de colonatos de Israel por minar o caminho para uma solução de dois Estados, num discurso pronunciado na quarta-feira 28 de Dezembro.«O status quo está a conduzir a um só Estado e à ocupação perpétua», afirmou Kerry, que utilizou talvez a linguagem mais forte já usada pela administração Obama sobre a construção de colonatos ilegais por Israel no território palestino ocupado. Kerry afirmou o seu apoio a uma solução de dois Estados, um israelita e um palestino, seguindo as linhas de 1967, com Jerusalém como a capital de ambos os Estados.Kerry criticou Netanyahu por afirmar publicamente que defende uma solução de dois Estados, enquanto o seu governo se deslocou para a direita e vários ministros e deputados israelitas pedem a anexação completa da Margem Ocidental ocupada.O discurso de Kerry ocorre poucos dias depois de os EUA se absterem na votação de uma resolução (permitindo assim a sua aprovação) do Conselho de...
A comemoração da véspera de Natal iniciou-se na manhã de sábado na cidade de Belém, na Margem Ocidental ocupada.Durante a tarde deverá ter lugar uma procissão conduzida pelo Patriarca Latino da Palestina, Jordânica e Terra Santa, arcebispo Pierbattista Pizzaballa, que é também Administrador Apostólico do Patriarcado Latino de Jerusalém.O presidente e o primeiro-ministro da Autoridade Palestina, respectivamente Mahmoud Abbas e Rami Hamdallah, deverão também deslocar-se a Belém para participar na missa da meia-noite.Na sua mensagem de Natal, Abbas recordou: «O local de nascimento de Jesus é agora uma cidade rodeada por 18 colonatos israelitas ilegais e dividida pelo ilegal Muro de Anexação … As políticas israelitas de ocupação cortaram a ligação de Belém com Jerusalém, ambas parte integrante do Estado da Palestina ocupado, pela primeira vez em 2000 anos de cristianismo.» Afirmou ainda que o Estado da Palestina continuará a preservar o seu património nacional, bem como «o status quo...
O Conselho de Segurança das Nações Unidas aprovou hoje, 23 de Dezembro, uma proposta de resolução censurando Israel pelas suas actividades de colonização nos territórios palestinos ocupados.Os EUA abstiveram-se, ou seja, não usaram o seu direito de veto, invertendo a sua política de longa data de proteger o regime israelita de resoluções condenatórias no Conselho de Segurança. Votaram a favor quatro dos cinco membros permanentes (China, França, Reino Unidos, Rússia), e os 10 membros não permanentes actuais: Angola, Egipto, Espanha, Japão, Malásia, Nova Zelândia, Senegal, Ucrânia, Uruguai e Venezuela.É a primeira resolução sobre Israel e os palestinos que o Conselho de Segurança aprova desde há cerca de oito anos.A votação estava inicialmente programada para ontem, quinta-feira, mas o Egipto, autor do texto da resolução, tinha-a retirado depois de o regime israelita ter pedido ao presidente eleito dos EUA, Donald Trump, que pressionasse o país norte-africano no sentido de adiar a...
A Autoridade Palestina acusou as autoridades de ocupação de Israel de matar palestinos intencionalmente, enquanto a comunidade internacional assiste em silêncio aos seus crimes. A acusação foi feita pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros, comentando a morte às mãos das forças israelitas de Ahmad Hazem Ata al-Rimawi, de 19 anos de idade, no domingo (18 de Dezembro) de madrugada, na aldeia Beit Rima, nos arredores da cidade de Ramala, na Margem Ocidental ocupada.Segundo testemunhas no local, o jovem palestino foi atingido no peito pelas forças israelitas. Um porta-voz das forças de ocupação declarou que as tropas israelitas «dispararam para o ar» para dispersar um grupo de umas 50 pessoas que arremessavam pedras.O pai do jovem assassinado, Hazem Ata al-Rimawi, tinha sido solto há apenas três meses de uma prisão israelita após completar uma pena de 15 anos.«Este novo crime vem somar-se à série contínua de execuções de palestinos nas terras palestinas ocupadas», afirma o comunicado do...