Activista palestino executado por forças israelitas após duas horas de tiroteio

Forças israelitas mataram a tiro um militante palestino, hoje, 6 de Fevereiro, após um tiroteio de duas horas, na zona de Ramala, na Margem Ocidental ocupada. O activista morto foi identificado como Basil al-Araj, informa a agência palestina Ma'an.
Em Abril do ano passado Al-Araj tinha sido detido sem acusação nem explicações pelas forças de segurança da Autoridade Palestina, juntamente com dois companheiros. Os três homens participaram com outros três presos numa greve de fome na prisão palestina, havendo relatos de tortura e maus tratos.
Após a sua libertação da prisão palestina, quatro destes activistas foram detidos pelas forças israelitas que, no entanto, não conseguiram prender Al-Araj.
A caça ao homem prosseguiu até hoje. Forças israelitas do exército, da polícia de fronteiras, dos serviços de informações e da unidade antiterrorista cercaram a casa onde Al-Araj se encontrava, no campo de refugiados de Qaddura, nos arredores de Ramala.
Segundo relatos de testemunhas à Ma'an, houve tiroteio durante cerca de duas horas, até al-Araj ficar sem munições. As forças israelitas invadiram então a casa e mataram-no com vários tiros disparados a curta distância.
Basil Al-Araj, de 31 anos, era originário da zona de Belém, no Sul da Margem Ocidental ocupada. Nos últimos meses a sua casa era assaltada várias vezes por semana pelas forças israelitas.
A Frente Popular para a Libertação da Palestina (FPLP) descreveu Al-Araj como «um dos mais destacados jovens lutadores palestinos», acrescentando que a sua morte pôs a nu «a necessidade urgente de enfrentar todas as formas de coordenação da segurança, prisões políticas e processos» levadas a cabo pela Autoridade Palestina. A coordenação de segurança com Israel é classificada de «traição» aos princípios e valores da resistência palestina.
Um porta-voz da Fatah, o partido no poder na AP, também condenou o assassínio, dizendo que o incidente é uma «nova escalada (por Israel) contra os palestinos».
Por seu lado, o Movimento Islâmico de Resistência (Hamas) condenou a morte de Al-Araj, sublinhando a necessidade de pôr fim à coordenação de segurança entre a AP e Israel, que afirma facilitar a repressão por Israel de lutadores da resistência palestina.
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