O Acordo de Oslo I O Acordo de Oslo I ou, na sua designação oficial, a «Declaração de Princípios sobre os acordos de Auto-governação Interina», foi assinado a 13 de Setembro de 1993, em Washington, pelo Governo de Israel e a OLP, sob a supervisão do governo dos Estados Unidos. Embora não sejam as suas assinaturas que constam no texto do Acordo, a fotografia que simboliza a cerimónia de assinatura junta os então Presidente dos EUA Clinton, Presidente da OLP Yasser Arafat e Primeiro-Ministro de Israel, Yitzak Rabin. O Acordo de Oslo previa a criação duma Autoridade Nacional Palestina, com responsabilidade de administração interna em territórios na Faixa de Gaza e Margem Ocidental, incluindo territórios dos quais o exército de Israel se deveria retirar. No entanto, o Acordo retirou o controlo das fronteiras desses territórios à ANP. Os territórios sob administração da ANP ficavam assim, desde o início, numa situação de dependência face a Israel. Além disso, o Acordo não resolvia questões...
O Freedom Theater é uma fonte de resistência, liberdade e esperança, na Palestina ocupada. Não obstante as perseguições, as destruições mesmo o assassinato, o teatro prossegue a sua missão de apontar aos jovens palestinos uma via alternativa de combate através da arte.No Dia Mundial do Teatro que A Barraca, em colaboração com o MPPM, dedicou à Palestina, apresentamos este filme com Nabil Al-Raee, director artístico do Freedom Theater, expressamente produzido para este evento.
1. Em Março de 1976, as autoridades israelitas anunciaram a expropriação de grandes extensões de terras palestinas por “motivos de segurança” e para a construção de colonatos. No dia 30 desse mês, uma greve geral e grandes manifestações de protesto sacudiram as localidades palestinas em território do Estado de Israel. Na repressão sangrenta que se seguiu, seis palestinos foram mortos pelas autoridades de Israel e centenas foram presos ou feridos. Desde então, o dia 30 de Março ficou conhecido como o Dia da Terra, uma data que simboliza a luta do povo palestino pelo direito aos seus lares, às suas terras de cultivo, à sua Pátria.2. A ocupação de terras palestinas, com a expulsão dos seus habitantes, não começou, nem terminou em 1976. A limpeza étnica tem sido, desde o início, um aspecto central da criação do Estado sionista, tendo-se registado desde a assinatura dos acordos de Oslo uma agudização dramática. Trata-se duma questão da maior actualidade, numa altura que o governo de Israel...
A Barraca dedicou a comemoração do Dia Mundial do Teatro (27 de Março) deste ano ao esforço que, na cidade de Jenin, na Palestina, a Companhia Freedom Theater tem vindo a realizar, com ameaças de morte, mortes e prisões efectivas, mantendo vivo um trabalho que já dura há 7 anos.Um vídeo montado por Paulo Vargues a partir de um filme palestino, mostrou a actividade da Companhia, o seu espaço, a sua paixão, trazendo ao nosso público o testemunho de até onde o Teatro pode ser generoso e heróico.A sessão prosseguiu com a exibição do documentário «On Fear». Apresenta-nos Nabil Al- Raee, actor/director que foi recentemente preso pela polícia política israelita. O filme foi realizado por Ashish Ghadiali e feito expressamente para este dia, para o MPPM e para ser apresentado n’A Barraca. É um testemunho comovente para quem acredita que a Cultura e o Teatro podem mudar alguma coisa no mundo. Nabil Alraee, director artístico do Freedom Theatre, fala acerca da importância da arte como...
Entrevista a Nabil Shaath (*) pela jornalista Maria João Guimarães publicada no Público de 12 de Fevereiro de 2013 O deputado palestiniano Nabil Shaath veio a Lisboa para uma audiência no Parlamento e uma conferência na Universidade Nova de Lisboa. Na AR, considerou os partidos muito “à esquerda” (querendo dizer que sentiu apoio para a Palestina; afinal, Portugal disse que votaria “sim” a um Estado palestiniano observador nas Nações Unidas). Falou da mudança de estratégia em relação a Israel, antecipou acções criativas, e sublinhou a importância de estar na ONU. Os palestinianos vão mesmo recorrer ao Tribunal Penal Internacional por causa dos colonatos? O Tribunal Penal Internacional é a única organização internacional que não precisa do Conselho de Segurança [em que os EUA vetam resoluções vistas como prejudiciais a Israel]. E é por isso que israelitas, e americanos, estão a usar todas as suas ameaças para nos impedir — não podem usar nada legal, porque podemos recorrer directamente ao...
O Dr. Nabeel Shaath, membro do Conselho Legislativo Palestino e antigo Vice-Primeiro Ministro e Ministro dos Negócios Estrangeiros da Autoridade Palestina, deslocou-se a Portugal para proferir, no dia 5 de Fevereiro, uma conferência subordinada ao tema “The Israeli-Palestinian Issue and the Arab Spring”, na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, numa organização da Missão Diplomática da Palestina em Portugal, do IPI e do NECPRI. A apresentação esteve a cargo de Ana Santos Pinto, professora da FCSH.No dia 6 de Fevereiro ocorreu um encontro do Dr. Nabeel Shaath com uma delegação do MPPM e de outras organizações que, em Portugal, lutam pelo reconhecimento dos direitos do povo palestino.
O Presidente Mahmoud Abbas enviou a seguinte carta de agradecimento às organizações que lhe dirigiram uma mensagem de boas-vindas aquando da sua recente visita a Portugal:Caros Amigos da Confederação Geral dos Trabalhadores Portugueses – Intersindical NacionalCaros Amigos do Conselho Português para a Paz e CooperaçãoCaros Amigos do Movimento Democrático de MulheresCaros Amigos do Movimento pelos Direitos do Povo Palestino e pela Paz no Médio OrienteLisboaRecebemos com grande apreço a vossa carta datada do dia 13/12/2012, na qual nos davam as boas-vindas pela ocasião da visita à República Portuguesa amiga.Expressamos-vos os nossos mais amplos agradecimentos, em nome do Estado da Palestina e do seu povo e em meu nome pessoal, incluindo os sentimentos de apoio e solidariedade sincera, valorizando extremamente os vossos esforços e os esforços de todos os amigos portugueses na República Portuguesa pelo grande papel e esforços contínuos que fazem em favor do apoio aos direitos do povo...
Excelentíssimo Senhor Presidenteda Organização para a Libertação da PalestinaExcelência,Por ocasião da sua visita a Portugal, em Dezembro de 2012, queremos dar-lhe as boas vindas, em nome dos sentimentos democráticos e solidários do povo português, e saudar, na sua pessoa, de forma fraterna e calorosa, a luta nobre e heróica do povo palestino pela sua liberdade.As organizações signatárias, a Confederação Geral dos Trabalhadores Portugueses - Intersindical Nacional, o Conselho Português para a Paz e a Cooperação, o Movimento Democrático de Mulheres e o Movimento pelos Direitos do Povo Palestino e pela Paz no Médio Oriente, dão corpo, em Portugal, a um vasto movimento de opinião pública, consequente e empenhado, em favor da realização plena dos direitos nacionais inalienáveis do povo palestino.Os sentimentos solidários e internacionalistas do povo português, do Portugal nascido da Revolução dos Cravos, estão profundamente ligados à gesta exaltante do povo palestino, como tão bem o...
Em Março de 1976, as autoridades israelitas anunciaram a confiscação de milhares de hectares de terras palestinas de aldeias da Galileia «por razões de segurança», o que fizeram seguir da imposição do recolher obrigatório. Os chefes palestinos locais responderam com o apelo à realização, no dia 30 de Março, de uma greve geral e manifestações contra a expropriação de terras, em todas as cidades palestinas. Não obstante Israel ter declarado ilegais todas as manifestações, mais de 400.000 pessoas responderam ao apelo aderindo à greve geral e participando em manifestações pacíficas, de norte a sul de Israel, havendo, ainda, greves de solidariedade na Cisjordânia e na Faixa de Gaza. A estas manifestações pacíficas respondeu Israel com a intervenção das suas forças armadas, apoiadas por tanques, nas povoações palestinas. Daí resultou a morte de seis palestinos desarmados e centenas de feridos e presos. Desde então, 30 de Março é o Dia da Terra para os palestinos. Neste dia homenageia-se a...
Segundo o Centro de Informação Palestino a Agência da ONU para os refugiados palestinos, UNRWA, declarou que vai «cessar os seus serviços de apoio financeiro a famílias pobres de Gaza, o seu programa de criação de oportunidades de emprego, e os seus serviços médicos nocturnos, bem como reduzir para metade todos os restantes serviços de saúde que assegura em Gaza».A agência de imprensa InfoPal.it, ligada ao movimento de solidariedade com a Palestina em Itália, informa que são 106 mil os refugiados em Gaza considerados «pobres» que deixarão de receber os apoios financeiros e apoios no campo da saúde e educação. Mantêm-se os apoios alimentares. Ainda segundo a mesma fonte, «as razões invocadas pela UNRWA fazem recair a responsabilidade por esta decisão sobre a União Europeia e, em geral, sobre os países doadores» por não estarem já a entregar os montantes de doações necessárias ao funcionamento dos referidos programas. O Departamento para as questões dos refugiados do Movimento Hamas...