«O cheiro do gás lacrimogéneo lembra-me a minha infância», diz Maysoon Jayyusi.Bem-vindos a «Speed Sisters», o empolgante documentário de Amber Fares sobre a única equipa de corridas de automóveis inteiramente feminina da Palestina, e de todo o Médio Oriente.As estrelas do filme: Maysoon Jayyusi, treinadora da equipa, de 39 anos, de Jerusalém; Mona Ali, 30 anos, de Ramallah; Marah Zahalka, 24 anos, que já era campeã aos 19; Noor Dauod, 25 anos, de Jerusalém; e Betty Saadeh, 36 anos, de Belém.Encontrar espaços para treinar e correr é difícil: com os checkpoints israelitas por toda parte na Margem Ocidental ocupada, descobrir estradas adequadas não é coisa fácil. E movimentar-se pode ser um pesadelo logístico, explica Maysoon, especialmente quando «os miúdos atiram pedras e os soldados [israelitas] atiram balas».A banda sonora do filme é uma dinâmica compilação de artistas do Médio Oriente, de vários estilos e origens. O realizador usa letras para ilustrar de modo realista uma bem...
Um agente da polícia e uma mulher israelitas foram mortos a tiro e pelo menos cinco outras pessoas ficaram feridas num tiroteio em Jerusalém Oriental ocupada este domingo de manhã, 9 de Outubro. O tiroteio teve lugar perto da sede da Polícia Nacional de Israel.Alvejado e morto pela polícia israelita no local, o atirador foi identificado como Misbah Abu Sbeih, de 39 anos, natural do bairro de Silwan, em Jerusalém Oriental ocupada. Sbeih deveria apresentar-se hoje para cumprir uma pena de prisão a que fora condenado por agredir um agente da polícia israelita em 2013.Durante a tarde, soldados israelitas invadiram a aldeia de al-Ram e assaltaram a casa de Sbeih, entrando em confronto com jovens locais, sete dos quais ficaram feridos. Os filhos de Sbeih foram presos e levados para um centro de interrogatório.O Hamas (Movimento de Resistência Islâmica) anunciou que Misbah Abu Sbeih era membro do movimento, e destacou que o ataque teve lugar um dia após o aniversário do massacre da mesquita...
O Supremo Tribunal palestino decidiu hoje, 3 de Outubro, que as eleições locais se realizariam na Margem Ocidental ocupada mas não na Faixa de Gaza.Em 10 de Setembro o Supremo Tribunal tinha ordenado a suspensão das eleições municipais na Margem Ocidental e na Faixa de Gaza, programadas para 8 de Outubro, invocando a exclusão do processo eleitoral de Jerusalém Oriental ocupada e preocupações acerca dos tribunais da Faixa de Gaza.O movimento Hamas acusou o partido Fatah, seu rival político, de estar por detrás da decisão do Supremo Tribunal. «A ordem judicial para realizar eleições locais na Margem Ocidental e não na Faixa de Gaza é profundamente politizada e ordenada pela vontade da Fatah», afirmou o Hamas, acrescentado que esta medida era uma tentativa da Fatah de evitar eleições por não ter conseguido elaborar uma lista eleitoral competente. O Hamas acusou ainda a Autoridade Palestina de ser parcial em favor da Fatah, partido do presidente palestino Mahmoud Abbas, em vez de...
O presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, exortou a comunidade internacional a fazer de 2017 «o ano internacional para terminar a ocupação por Israel da nossa terra e do nosso povo», no seu discurso desta quinta-feira na 71.ª sessão da Assembleia Geral das Organização das Nações Unidas.Abbas declarou que 2017 marcará os 50 anos desde que o regime israelita realizou a sua «repugnante» ocupação dos territórios palestinos após a guerra de 1967, apelando à comunidade internacional para que faça mais para alcançar o objectivo há muito perseguido de criar um Estado palestino independente. «Não há nenhuma maneira de derrotar o terrorismo e o extremismo, nenhuma maneira de alcançar a segurança e a estabilidade na nossa região sem pôr fim à ocupação israelita da Palestina e assegurar a liberdade e a independência do povo palestino», afirmou.Mahmoud Abbas disse que a disposição dos palestinos para participar em iniciativas de paz foi sempre ensombrada pela «mentalidade de hegemonia...
Alunos da Escola de Teatro do Freedom Theatre estão a efectuar uma digressão em Portugal e apresentam-se no Teatro A Barraca, em Lisboa (Largo de Santos, 2), com as performances “Regresso à Palestina” (6 de Setembro, às 21 horas, e 10 de Setembro, às 18 horas) e “Kanafani” (7 e 8 de Setembro, às 21 horas). Vão, ainda, organizar duas oficinas: uma, para artistas (8 de Setembro, das 14 às 19 horas) e outras para jovens (9 de Setembro, das 14 às 19 horas).O Freedom Theatre está sediado no Campo de refugiados de Jenin e procura desenvolver uma comunidade artística e criativa na parte norte da Cisjordânia. Sem deixar de pôr ênfase no profissionalismo e na inovação, o Freedom Theatre procura integrar os jovens e as mulheres na comunidade e explorar o potencial das artes como um importante catalisador para a mudança social.Os trabalhos que vão ser apresentados em Portugal são fruto de um projecto em que se capacita a geração mais jovem para utilizar as artes para promover mudanças positivas...
No dia 30 de Março o MPPM organizou, em Lisboa, com o apoio da Associação 25 de Abril, um Sessão Pública de Solidariedade com a Palestina. O evento teve lugar no Auditório da A25A.O Coronel Vasco Lourenço, Presidente da A25A, deu as boas-vindas aos particpantes. Registaram-se intervenções de Hikmat Ajjuri, Embaixador da Palestina; Maria do Céu Guerra, Presidente do MPPM; Carlos Almeida, Vice-Presidente do MPPM.No dia 31 de Março, numa organização conjunta do MPPM e do ISMAI – Instituto Superior da Maia / Curso de Ciências da Comunicação, houve um Debate sobre a situação na Palestina com moderação de Luís Humberto Marcos, Director do Museu de Imprensa; José António Gomes, Escritor; José Oliveira, da Direcção Nacional do MPPM. O debate teve lugar no Auditório do ISMAI em Castêlo da Maia.
1. Em Março de 1976, as autoridades israelitas anunciaram a expropriação de grandes extensões de terras de palestinos na Galileia para a construção de um campo de treino militar e novos colonatos judaicos, no âmbito de um plano de judaização da região. No dia 30 desse mês, uma greve geral e grandes manifestações de protesto sacudiram as localidades palestinas no território do Estado de Israel (segundo as linhas do armistício de 1949). Na repressão sangrenta que se seguiu, seis palestinos foram mortos pelas autoridades de Israel e centenas foram feridos ou presos. Desde então, o dia 30 de Março ficou conhecido como o Dia da Terra, uma data que simboliza a luta do povo palestino pelo direito aos seus lares, às suas terras de cultivo, à sua Pátria.
2. A ocupação de terras palestinas, com a expulsão dos seus habitantes, não começou, nem terminou em 1976. A limpeza étnica tem sido, desde o início, um aspecto central da criação do Estado sionista. E, não por acaso, desde a assinatura dos...
No dia 13 de Março último, um jovem palestino, Adi Kamal Salamah, catorze anos, foi ferido com gravidade pelo exército israelita durante uma manifestação na aldeia de al-Mazraa al-Gharbiya, a noroeste de Ramallah. No dia anterior, Israa Abu Khussa, seis anos, natural de Beit Lahiya, morreu na sequência de ferimentos provocados pelo mais recente bombardeamento da força aérea de Israel sobre a faixa de Gaza. São duas das vítimas mais recentes de uma onda de repressão generalizada que Israel tem em marcha desde Outubro de 2015, visando sufocar a resistência do povo palestino, aprofundar o processo de ocupação e colonização dos territórios palestinos e quebrar a solidariedade activa com a causa nacional palestina. Assim, desde o início de Outubro de 2015, mais de 190 palestinos foram mortos em acções do exército israelita, trinta das quais em bombardeamentos lançados sobre a faixa de Gaza. No conjunto de vítimas mortais, o número de crianças eleva-se a 41, mas entre os feridos esse valor...
Moção aprovada na Assembleia Geral do MPPM realizada em 2 de Dezembro de 2015 1. Desde há 68 anos, o povo da Palestina anseia pelo cumprimento da promessa de um Estado independente e soberano, com Jerusalém como capital e o correlato reconhecimento dos direitos dos refugiados, conforme o direito internacional. A Palestina tem hoje assento na Assembleia Geral das Nações Unidas com o estatuto de “Estado não membro” e a sua bandeira está hasteada na sede da ONU. Contudo, a cada dia que passa, o avanço da colonização sionista e a política sistemática de limpeza étnica levada a cabo pelo estado de Israel tornam cada vez mais difícil e longínqua a perspectiva de realização dos direitos nacionais do povo palestino: o Muro do apartheid continua de pé, e com projectos para a sua expansão, em violação da posição do Tribunal Internacional de Justiça; um ano decorrido desde a última agressão israelita contra a faixa de Gaza, nada foi feito para minorar a dura realidade do bloqueio, sucedendo-se...
Em 28 de Maio uma delegação do MPPM, integrda por Carlos Araújo Sequeira, Adel Sidarus, Jorge Cadima e Vítor Pinto, com outras organizações de solidariedade com Palestina, esteve reunida com uma delegação do Parlamento Palestino, a convite do Grupo Parlamentar de Amizade Portugal-Palestina.Foi destacado o importante papel que as organizações da sociedade civil têm na formação da opinião pública no sentido de pressionar os governos a reconhecer o Estado da Palestina e a condenar a política colonialista e racista do ocupante israelita.