Por decisão da Assembleia Geral da ONU, o ano 2014 é o Ano Internacional de Solidariedade com o Povo Palestino. Também por decisão da Assembleia Geral da ONU, todos os anos celebra-se, a 29 de Novembro, o Dia Internacional de Solidariedade com o Povo Palestino. O dia foi escolhido, em 1977, porque nesse mesmo dia, em 1947, a Assembleia Geral da ONU havia aprovado a Resolução 181 sobre a Partilha da Palestina, decretando a criação de dois Estados no território histórico da Palestina. O Estado de Israel foi criado logo no ano seguinte, com uma declaração unilateral e uma campanha planeada de violência e de terror que se traduziu numa autêntica limpeza étnica da população palestina. Mas o prometido Estado da Palestina aguarda ainda hoje, 67 anos volvidos, a sua concretização.
Com organização do MPPM, do CPPC e da CGTP-IN, e com o apoio da C. M. Almada e do Inovinter, realizou-se, no dia 29 de Novembro, no Fórum Municipal Romeu Correia, em Almada, o Seminário Internacional de Solidariedade com Povo Palestino.
A sessão de abertura registou intervenções do Dr. José Gonçalves, Vice-Presidente da Câmara Municipal de Almada; do Dr. Hikmat Ajjuri, Embaixador da Palestina em Portugal; e de Maria do Céu Guerra, Presidente do MPPM.
Os convidados palestinos (Leila Khaled, Mohammed Yahya, Yousef Ahmed and Fayez Khalaf), juntamente com representantes das organizações que promoveram o Seminário Internacional de Solidariedade com o Povo Palestino, tiveram reuniões, no dia 28 de Novembro, com o Grupo Parlamentar de Amizade Portugal-Palestina, com o Grupo Parlamentar do Partido Comunista Português, com o Grupo Parlamentar do Partido Ecologista Os Verdes, com o Grupo Parlamentar do Partido Social Democrata, com o Grupo Parlamentar do Bloco de Esquerda e com o Grupo Parlamentar do Partido Socialista. As reuniões foram muito produtivas na medida em que os delegados palestinos puderam dar testemunho da situação corrente no país e todos os partidos expressaram o desejo de ver concretizado um Estado da Palestina.
«Instaurar a Paz na Terra da Paz» – foi com este propósito que Yasser Arafat se apresentou aos participantes na «Conferência Mundial de Solidariedade com o Povo Árabe e a sua Causa Central: a Palestina» realizada em Lisboa, entre os dias 2 e 6 de Novembro de 1979. A presença, em Portugal, durante esses dias, do Presidente da OLP, na sua primeira visita oficial a um país da Europa Ocidental, durante a qual foi recebido pelo Presidente da República, General Ramalho Eanes, e a Primeira-Ministra, Engenheira Maria de Lurdes Pintassilgo, reforçou a importância da Conferência que terá marcado, simbolicamente, o início do reconhecimento, na Europa, da OLP e, em geral, da causa palestina.
A arte palestina, apesar dos parcos relatos referentes à existência de objectos de arte antes de 1948, tem expressão desde há séculos atrás. A produção artística no período pré-Nakba foi fortemente danificada ou eliminada no decorrer das guerras de 1948 e 1967. A arte palestina dos anos seguintes à Nakba caracteriza-se, na sua generalidade, por um sentimento de fragmentação, desalojamento e orfandade partilhado pela memória colectiva do povo palestino. Já na sequência da guerra de 1967, a produção artística assume um carácter mais interveniente, com a denúncia da realidade política e social na Palestina ocupada, e promovendo uma mobilização para a resistência ao ocupante. A arte palestina actual afasta-se mais do realismo e do simbolismo, aproximando-se do abstraccionismo, e incorpora métodos e técnicas estrangeiros, sem abandonar os temas que são sensíveis para o povo palestino.
Especialistas em radiação suíços confirmam que encontraram vestígios de polónio na roupa usada por Yasser Arafat: cresce a possibilidade de o líder palestino ter sido envenenado
Num relatório publicado, há poucos dias, pela revista médica britânica “The Lancet”, a equipa suíça apresenta dados científicos para suportar as declarações feitas, em 2012, à comunicação social, de que tinham encontrado polónio em pertences de Arafat.
Arafat morreu em França em 11 de Novembro de 2004, com a idade de 75 anos, mas os médicos não foram capazes de especificar a causa da morte já que, a pedido da viúva, não foi realizada autópsia.
O Acordo de Oslo I ou, na sua designação oficial, a «Declaração de Princípios sobre os acordos de Auto-governação Interina», foi assinado a 13 de Setembro de 1993, em Washington, pelo Governo de Israel e a OLP, sob a supervisão do governo dos Estados Unidos. Embora não sejam as suas assinaturas que constam no texto do Acordo, a fotografia que simboliza a cerimónia de assinatura junta os então Presidente dos EUA Clinton, Presidente da OLP Yasser Arafat e Primeiro-Ministro de Israel, Yitzak Rabin.
O Freedom Theater é uma fonte de resistência, liberdade e esperança, na Palestina ocupada. Não obstante as perseguições, as destruições mesmo o assassinato, o teatro prossegue a sua missão de apontar aos jovens palestinos uma via alternativa de combate através da arte.
No Dia Mundial do Teatro que A Barraca, em colaboração com o MPPM, dedicou à Palestina, apresentamos este filme com Nabil Al-Raee, director artístico do Freedom Theater, expressamente produzido para este evento.
1. Em Março de 1976, as autoridades israelitas anunciaram a expropriação de grandes extensões de terras palestinas por “motivos de segurança” e para a construção de colonatos. No dia 30 desse mês, uma greve geral e grandes manifestações de protesto sacudiram as localidades palestinas em território do Estado de Israel. Na repressão sangrenta que se seguiu, seis palestinos foram mortos pelas autoridades de Israel e centenas foram presos ou feridos. Desde então, o dia 30 de Março ficou conhecido como o Dia da Terra, uma data que simboliza a luta do povo palestino pelo direito aos seus lares, às suas terras de cultivo, à sua Pátria.
A Barraca dedicou a comemoração do Dia Mundial do Teatro (27 de Março) deste ano ao esforço que, na cidade de Jenin, na Palestina, a Companhia Freedom Theater tem vindo a realizar, com ameaças de morte, mortes e prisões efectivas, mantendo vivo um trabalho que já dura há 7 anos.
Um vídeo montado por Paulo Vargues a partir de um filme palestino, mostrou a actividade da Companhia, o seu espaço, a sua paixão, trazendo ao nosso público o testemunho de até onde o Teatro pode ser generoso e heróico.