Israel condena deputado palestino a 17 meses de prisão

Um tribunal militar israelita na Margem Ocidental ocupada condenou o deputado palestino Muhammad Abu Tair, do Hamas (Movimento Islâmico de Resistência) a 17 meses de prisão, na terça-feira 13 de Dezembro.
Além da sentença de 17 meses, o tribunal condenou Abu Tair a pagar 8000 shekels (cerca de 2100 euros) e ainda a 30 meses em liberdade condicional.
Abu Tair, que é de Jerusalém Oriental ocupada, foi detido em 22 de Janeiro em sua casa, no bairro de Kafr Aqab. Na altura um porta-voz do Exército israelita descreveu-o como um «operacional terrorista do Hamas».
Abu Tair veio somar-se a outros seis membros do Conselho Legislativo Palestino (CLP) encarcerados por Israel, incluindo Marwan Barghouti, dirigente da Fatah, e Ahmad Saadat, secretário-geral da Frente Popular para a Libertação da Palestina (FPLP).
Seis deputados palestinos permanecem nos cárceres israelitas. A deputada Khalida Jarrar, dirigente da FPLP, foi libertada em Junho.
Abu Tair foi eleito para o CLP em 2006, em representação do Hamas. Actualmente com 65 anos, passou pelo menos 32 anos nas prisões israelitas cumprindo várias penas, após ser detido pela primeira vez em 1974. Em 8 de Outubro 2010 o seu estatuto de residência permanente em Jerusalém foi revogado pelas autoridades israelitas após cinco meses de detenção.
Segundo informações do grupo de defesa dos direitos dos presos Addameer, em Outubro de 2016 havia 7000 palestinos presos em cadeias israelitas, 720 dos quais em detenção administrativa.
 
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