Jornalista palestino Mohammed al-Qiq em greve da fome contra detenção administrativa

O jornalista palestino Mohammed al-Qiq encontra-se em greve de fome há duas semanas em protesto contra a sua detenção administrativa pelas autoridades de Israel.
Al-Qiq tinha sido libertado da prisão em Maio de 2016 depois de uma greve da fome de 94 dias, também então em protesto contra a sua detenção administrativa. Porém, foi novamente preso em meados de Janeiro deste ano, depois de ter participado num protesto em Belém, na Margem Ocidental ocupada, exigindo a devolução pelas autoridades israelitas dos corpos de palestinos mortos por elas retidos. Mais uma vez Mohammed al-Qiq foi colocado em detenção administrativa.
No regime detenção administrativa, Israel pode manter palestinos encarcerados por períodos de seis meses indefinidamente renováveis, sem julgamento nem culpa formada e sem sequer justificar os motivos da detenção.
Segundo declarações do seu advogado à agência noticiosa palestina Ma'an, al-Qiq encontra-se encarcerado numa cela de apenas quatro metros quadrados e sem os requisitos básicos, tendo-lhe mesmo sido recusada roupa quente, o que o impede de dormir devido ao frio. Al-Qiq sofre de tonturas, perda de equilíbrio e dores nas costas.
A anterior detenção de Al-Qiq por Israel foi amplamente condenada, pela ONU, pela Amnistia Internacional e por numerosas outras organizações. Também o MPPM lançou um apelo para salvar a sua vida, que corria perigo após uma prolongada greve da fome (http://www.mppm-palestina.org/index.php/comunicados/443-comunicado-012016).
De acordo com a organização de defesa dos presos palestinos Addameer, em Janeiro de 2017 havia 6500 palestinos nas prisões israelitas, 536 dos quais estavam em detenção administrativa.
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