Resistência, Política e Sociedade Palestinas

A jovem activista palestina Ahed Tamimi, de 17 anos, e a sua mãe, Nariman, foram libertadas esta manhã da prisão de Sharon, em Israel, após cumprir uma sentença de 8 meses num caso que causou condenação internacional generalizada.
«A resistência vai continuar até ao fim da ocupação», declarou Ahed Tamimi logo após a libertação. A jovem foi recebida em festa na sua aldeia natal de Nabi Saleh, na Cisjordânia ocupada, onde uma bandeira palestina ondulava num enorme mastro erguido para a ocasião.
Ahed Tamimi foi presa pelas forças de ocupação após a publicação nas redes sociais de um vídeo em que era vista a esbofetear um soldado israelita armado que procurava entrar na sua casa. Pouco antes deste episódio, o seu primo Mohammed, de 15 anos, tinha sido baleado na cabeça por soldados israelitas, ficando em estado muito grave.
Após a sua libertação, Ahed Tamimi e a família foram recebidas pelo presidente da Autoridade Palestina. Mahmoud Abbas elogiou Ahed e descreveu-a como um modelo da luta...

Dois palestinos, incluindo um rapaz de 14 anos, foram hoje mortos e 246 feridos pelas forças israelitas, que abriram fogo contra os manifestantes desarmados que participavam na 18.ª sexta-feira consecutiva da Grande Marcha do Retorno, na Faixa de Gaza cercada.
O Ministério da Saúde de Gaza informou que os mortos são Majdi al-Satari, de 14 anos, e Ghazi Abu Mustafa, de 43. Ambos foram atingidos na cabeça com balas reais. Entre os feridos contam-se 19 menores, 6 paramédicos e um jornalista.
Segundo fontes israelitas, nos protestos de hoje terão participado 7000 palestinos.
A Grande Marcha do Retorno teve início na Faixa de Gaza no dia 30 de Março, em cinco acampamentos montados ao longo da vedação com que Israel isola o território palestino. A Marcha exige o levantamento do bloqueio israelita e reclama o direito dos refugiados palestinos a retornarem às terras de onde foram expulsos durante a campanha de limpeza étnica que precedeu e acompanhou a formação do Estado de Israel, em 1948...

Um manifestante palestino foi morto e pelo menos 396 pessoas foram feridas pelas forças israelitas que atacaram os participantes na 15.ª sexta-feira consecutiva dos protestos não violentos da Grande Marcha do Retorno, junto à vedação de arame farpado com que Israel isola a Faixa de Gaza.
Mohammad Jamal Abu Halima, de 22 anos, foi morto por fogo de artilharia que visou a multidão de manifestantes.
Segundo fontes médicas, pelo menos 396 manifestantes palestinos foram feridos por balas reais ou sofreram sufocações devido à inalação de gás lacrimogéneo. Foram internadas em hospitais 119 pessoas, incluindo 57 casos de ferimentos por balas. Registaram-se também feridos entre o pessoal de saúde e jornalistas.
«As manifestações serão não violentas, com o objectivo de romper o cerco injusto de Israel e cancelar o acordo do século do presidente dos EUA, Donald Trump», sublinhou a comissão organizadora da Grande Marcha do Regresso no apelo para a manifestação. «Dar continuidade às manifestações...

Milhares de mulheres palestinas manifestaram-se na tarde da passada de terça-feira perto da vedação que isola a Faixa de Gaza cercada de Israel, reclamando o direito ao retorno dos refugiados palestinos. Pelo menos 134 mulheres foram feridas por balas reais e gás lacrimogéneo disparados pelas forças israelitas. O Ministério da Saúde de Gaza informou que entre os feridos se encontravam trabalhadores da comunicação social que cobriam o acontecimento. Tratou-se da primeira manifestação de massas de mulheres na Faixa de Gaza desde que em 30 de Março se iniciaram no pequeno território palestino os protestos populares da Grande Marcha do Retorno, exigindo o direito de regresso dos refugiados e seus descendentes aos locais de onde foram expulsos em 1948, durante a violenta campanha sionista de limpeza étnica que acompanhou a criação e de Israel e que se traduziu pela expulsão de mais de 750 000 palestinos. Os protestos visam também o bloqueio a que há mais de uma década a Faixa de Gaza é...

Dezenas de palestinos, acompanhados por activistas dos direitos humanos israelitas e internacionais, protestaram hoje em Khan al-Ahmar e nas suas redondezas, enquanto forças israelitas começavam os preparativos para destruir a aldeia beduína, na Cisjordânia ocupada, apesar dos apelos internacionais para a não concretização do plano.Moradores e activistas agitaram bandeiras palestinas e subiram às escavadoras, tentando impedir a demolição. O Crescente Vermelho palestino informou que 35 pessoas ficaram feridas e quatro foram levadas para o hospital.A organização israelita B'Tselem (Centro de Informação para os Direitos Humanos nos Territórios Ocupados) relatou que foram presas nove pessoas.Os incidentes de hoje surgem depois de representantes da Administração Civil de Israel (órgão do Ministério da Defesa israelita encarregado da administração dos territórios palestinos ocupados) terem na noite de ontem afixado avisos alertando os habitantes da aldeia para a sua expulsão iminente. Na...

Activistas e figuras nacionais palestinas participaram ontem num protesto contra a intenção de Israel de expulsar a comunidade beduína de Khan al-Ahmar e demolir as suas estruturas. Os participantes expressaram a sua solidariedade com os moradores de Khan al-Ahmar e a sua condenação do plano de Israel de os expulsar.
O local para onde os habitantes de Khan al-Ahmar serão empurrados situa-se entre um depósito de sucata e a maior lixeira da Cisjordânia.
Khan al-Ahmar é uma das comunidades palestinas que Israel procura expulsar do chamado Corredor E1, que permitiria estabelecer uma continuidade territorial entre Jerusalém e Maale Adumim, o maior dos colonatos israelitas ilegais na Cisjordânia ocupada, com 40 000 habitantes. O Supremo Tribunal de Israel aprovou em Maio passado o plano de demolição de Khan al-Ahmar, e os buldozeres podem chegar a qualquer momento.
No quadro dos esforços israelitas para anexar os colonatos adjacentes a Jerusalém, o projecto de lei da Grande Jerusalém...

Dois palestinos, incluindo um rapaz de 13 anos, foram hoje mortos a tiro em Gaza por fogo israelita perto da cidade de Khan Yunis, afirmaram autoridades palestinas. O rapaz, identificado como Yasser Abu al-Naja, sucumbiu aos ferimentos depois de ser levado para o hospital. O outro morto palestino é Mohammad Fawzi Hamaydeh, de 24 anos, que foi ferido com gravidade por balas reais e mais tarde sucumbiu aos seus ferimentos.As forças sionistas dispararam balas reais e granadas de gás lacrimogéneo contra os manifestantes desarmados que participavam na 14.ª sexta-feira consecutiva da Grande Marcha do Retorno, junto à vedação com que Israel isolou a Faixa de Gaza.Os soldados israelitas também dispararam uma bomba de gás lacrimogéneo contra uma ambulância perto dos protestos, a leste da cidade de Gaza, causando sufocação a três paramédicos que nela seguiam.Mais de 134 palestinos foram já mortos pelas forças israelitas na Faixa de Gaza desde 30 de Março, o dia em que se iniciaram os protestos...

O presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, advertiu a Casa Branca contra as «alternativas e ilusões» que visam impedir a criação de um Estado palestino. Abbas reagia a uma entrevista hoje publicada de Jared Kushner, assessor do presidente Donald Trump, ao jornal palestino Al Quds, na qual ameaçava que o «acordo de paz» anunciado pelos EUA seria publicado com ou sem a participação dos palestinos. «Se o presidente Abbas estiver pronto para voltar à mesa de negociações, então estamos prontos para participar na discussão, mas se não for o caso, vamos tornar público o plano», que estaria pronto em breve, afirmou Kushner, acrescentando que Abbas «teme que publiquemos o nosso plano de paz e o povo palestino realmente goste dele». Kushner pôs em dúvida a capacidade ou vontade de Abbas de chegar a um acordo: «Ele tem os mesmos pontos de discussão que não mudaram nos últimos 25 anos. A paz não foi alcançada durante esse período.» Na entrevista Kushner deixa no vago o desfecho político...

Os palestinos assinalam no dia 5 de Junho o 51.º aniversário da «Naksa» («revés»), quando em 1967, durante a Guerra dos Seis Dias, Israel invadiu e ocupou os territórios palestinos da Cisjordânia, Faixa de Gaza e Jerusalém Oriental — e ainda a Península do Sinai egípcia e os Montes Golã sírios. Israel concluiu nesta ocasião aquilo que tinha iniciado na guerra de 1948 (em que ocupara 78% do território, em vez dos 55% que lhe atribuía a resolução 181 da Assembleia Geral da ONU, de 1947): a ocupação da totalidade do território da Palestina histórica (a antiga Palestina do Mandato).Os 51 anos de ocupação militar dos territórios palestinos caracterizaram-se por constantes e flagrantes violações por dos direitos dos palestinos à liberdade e à independência. Os palestinos dos territórios ocupados estão sujeitos desde então a um brutal regime militar, enquanto Israel continua a confiscar terras e a saquear recursos naturais palestinos.Durante estes 51 anos de ocupação ilegal ocorreram 50 000...

Israel lançou uma série de ataques aéreos contra posições palestinas na Faixa de Gaza sitiada no final do sábado e início de domingo. Os ataques aéreos israelitas ocorreram dias depois da entrada em vigor em 30 de Maio de um acordo de cessar-fogo entre Israel e organizações de resistência palestinas em Gaza, após um dos dias mais violentos na Faixa de Gaza desde a agressão israelita de 2014.Os militares israelitas alegaram estar a retaliar ao lançamento de rockets a partir do enclave palestino, que terão atingido zonas de Sderot, Lakish, Hof Ashkelon, Sha'ar HaNegev, Sdot Negev e o conselho regional de colonatos de Eshkol. Segundo o diário israelita Haaretz, o disparo dos rockets foi reivindicado pelas Brigadas Abu Arish, que fazem parte da Brigada dos Mártires de Al-Aqsa, ligada à Fatah. Os ataques israelitas ocorreram horas depois do funeral da jovem enfermeira Razan al-Najjar, de 21 anos, morta tiro por forças do regime sionista durante uma manifestação na sexta-feira, no quadro da...