Resistência, Política e Sociedade Palestinas

Um manifestante palestino foi morto e pelo menos 396 pessoas foram feridas pelas forças israelitas que atacaram os participantes na 15.ª sexta-feira consecutiva dos protestos não violentos da Grande Marcha do Retorno, junto à vedação de arame farpado com que Israel isola a Faixa de Gaza.
Mohammad Jamal Abu Halima, de 22 anos, foi morto por fogo de artilharia que visou a multidão de manifestantes.
Segundo fontes médicas, pelo menos 396 manifestantes palestinos foram feridos por balas reais ou sofreram sufocações devido à inalação de gás lacrimogéneo. Foram internadas em hospitais 119 pessoas, incluindo 57 casos de ferimentos por balas. Registaram-se também feridos entre o pessoal de saúde e jornalistas.

Milhares de mulheres palestinas manifestaram-se na tarde da passada de terça-feira perto da vedação que isola a Faixa de Gaza cercada de Israel, reclamando o direito ao retorno dos refugiados palestinos. 
Pelo menos 134 mulheres foram feridas por balas reais e gás lacrimogéneo disparados pelas forças israelitas. O Ministério da Saúde de Gaza informou que entre os feridos se encontravam trabalhadores da comunicação social que cobriam o acontecimento. 
Dezenas de palestinos, acompanhados por activistas dos direitos humanos israelitas e internacionais, protestaram hoje em Khan al-Ahmar e nas suas redondezas, enquanto forças israelitas começavam os preparativos para destruir a aldeia beduína, na Cisjordânia ocupada, apesar dos apelos internacionais para a não concretização do plano.
Moradores e activistas agitaram bandeiras palestinas e subiram às escavadoras, tentando impedir a demolição. 
O Crescente Vermelho palestino informou que 35 pessoas ficaram feridas e quatro foram levadas para o hospital.
A organização israelita B'Tselem (Centro de Informação para os Direitos Humanos nos Territórios Ocupados) relatou que foram presas nove pessoas.

Activistas e figuras nacionais palestinas participaram ontem num protesto contra a intenção de Israel de expulsar a comunidade beduína de Khan al-Ahmar e demolir as suas estruturas. Os participantes expressaram a sua solidariedade com os moradores de Khan al-Ahmar e a sua condenação do plano de Israel de os expulsar.
O local para onde os habitantes de Khan al-Ahmar serão empurrados situa-se entre um depósito de sucata e a maior lixeira da Cisjordânia.
Khan al-Ahmar é uma das comunidades palestinas que Israel procura expulsar do chamado Corredor E1, que permitiria estabelecer uma continuidade territorial entre Jerusalém e Maale Adumim, o maior dos colonatos israelitas ilegais na Cisjordânia ocupada, com 40 000 habitantes. O Supremo Tribunal de Israel aprovou em Maio passado o plano de demolição de Khan al-Ahmar, e os buldozeres podem chegar a qualquer momento.

Dois palestinos, incluindo um rapaz de 13 anos, foram hoje mortos a tiro em Gaza por fogo israelita perto da cidade de Khan Yunis, afirmaram autoridades palestinas. 
O rapaz, identificado como Yasser Abu al-Naja, sucumbiu aos ferimentos depois de ser levado para o hospital. O outro morto palestino é Mohammad Fawzi Hamaydeh, de 24 anos, que foi ferido com gravidade por balas reais e mais tarde sucumbiu aos seus ferimentos.
As forças sionistas dispararam balas reais e granadas de gás lacrimogéneo contra os manifestantes desarmados que participavam na 14.ª sexta-feira consecutiva da Grande Marcha do Retorno, junto à vedação com que Israel isolou a Faixa de Gaza.
Os soldados israelitas também dispararam uma bomba de gás lacrimogéneo contra uma ambulância perto dos protestos, a leste da cidade de Gaza, causando sufocação a três paramédicos que nela seguiam.
O presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, advertiu a Casa Branca contra as «alternativas e ilusões» que visam impedir a criação de um Estado palestino. 
Abbas reagia a uma entrevista hoje publicada de Jared Kushner, assessor do presidente Donald Trump, ao jornal palestino Al Quds, na qual ameaçava que o «acordo de paz» anunciado pelos EUA seria publicado com ou sem a participação dos palestinos. «Se o presidente Abbas estiver pronto para voltar à mesa de negociações, então estamos prontos para participar na discussão, mas se não for o caso, vamos tornar público o plano», que estaria pronto em breve, afirmou Kushner, acrescentando que Abbas «teme que publiquemos o nosso plano de paz e o povo palestino realmente goste dele». 
Os palestinos assinalam no dia 5 de Junho o 51.º aniversário da «Naksa» («revés»), quando em 1967, durante a Guerra dos Seis Dias, Israel invadiu e ocupou os territórios palestinos da Cisjordânia, Faixa de Gaza e Jerusalém Oriental — e ainda a Península do Sinai egípcia e os Montes Golã sírios. 
Israel concluiu nesta ocasião aquilo que tinha iniciado na guerra de 1948 (em que ocupara 78% do território, em vez dos 55% que lhe atribuía a resolução 181 da Assembleia Geral da ONU, de 1947): a ocupação da totalidade do território da Palestina histórica (a antiga Palestina do Mandato).
Os 51 anos de ocupação militar dos territórios palestinos caracterizaram-se por constantes e flagrantes violações por dos direitos dos palestinos à liberdade e à independência. Os palestinos dos territórios ocupados estão sujeitos desde então a um brutal regime militar, enquanto Israel continua a confiscar terras e a saquear recursos naturais palestinos.
Israel lançou uma série de ataques aéreos contra posições palestinas na Faixa de Gaza sitiada no final do sábado e início de domingo. Os ataques aéreos israelitas ocorreram dias depois da entrada em vigor em 30 de Maio de um acordo de cessar-fogo entre Israel e organizações de resistência palestinas em Gaza, após um dos dias mais violentos na Faixa de Gaza desde a agressão israelita de 2014.
Os militares israelitas alegaram estar a retaliar ao lançamento de rockets a partir do enclave palestino, que terão atingido zonas de Sderot, Lakish, Hof Ashkelon, Sha'ar HaNegev, Sdot Negev e o conselho regional de colonatos de Eshkol. Segundo o diário israelita Haaretz, o disparo dos rockets foi reivindicado pelas Brigadas Abu Arish, que fazem parte da Brigada dos Mártires de Al-Aqsa, ligada à Fatah. 
Drones e aviões israelitas atacaram hoje, 29 de Maio, mais de 30 alvos no interior da Faixa de Gaza cercada.
O porta-voz do exército israelita, Jonathan Conricus, declarou que as forças do regime sionista tinham realizado «um importante ataque aéreo» em que foram atingidos mais de 30 alvos, incluindo «um túnel e diferentes componentes da infra-estrutura militar pertencentes ao Hamas e à Jihad Islâmica Palestina». Segundo fontes locais, não se registaram feridos.
Os ataques, segundo o militar israelita, ocorreram em resposta o disparo de uma série de rockets e morteiros contra o Sul de Israel a partir da Faixa de Gaza, a maioria dos quais foram interceptados pelo sistema de defesa israelita Cúpula de Ferro. 
Ter-se-á tratado do incidente mais vasto entre os dois lados desde a agressão israelita de 2014 contra Gaza. 
Vinte e um palestinos cidadãos de Israel que protestavam contra o massacre de manifestantes palestinos desarmados na Faixa de Gaza foram presos na sexta-feira, 18 de Maio, na cidade de Haifa, no Norte de Israel. Centenas de pessoas participaram numa manifestação na cidade. 
Os manifestantes entoaram palavras de ordem em árabe enquanto desfilavam, alguns deles empunhando bandeiras palestinas.
Os organizadores da manifestação, um grupo de jovens activistas, difundiram o apelo ao protesto pelas redes sociais. Segundo os organizadores, antes do protesto alguns activistas foram «aconselhados» a não participar. 

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