Israel bombardeia Gaza horas depois do funeral de enfermeira de 21 anos morta a tiro

Israel lançou uma série de ataques aéreos contra posições palestinas na Faixa de Gaza sitiada no final do sábado e início de domingo. Os ataques aéreos israelitas ocorreram dias depois da entrada em vigor em 30 de Maio de um acordo de cessar-fogo entre Israel e organizações de resistência palestinas em Gaza, após um dos dias mais violentos na Faixa de Gaza desde a agressão israelita de 2014.
Os militares israelitas alegaram estar a retaliar ao lançamento de rockets a partir do enclave palestino, que terão atingido zonas de Sderot, Lakish, Hof Ashkelon, Sha'ar HaNegev, Sdot Negev e o conselho regional de colonatos de Eshkol. Segundo o diário israelita Haaretz, o disparo dos rockets foi reivindicado pelas Brigadas Abu Arish, que fazem parte da Brigada dos Mártires de Al-Aqsa, ligada à Fatah. 
Os ataques israelitas ocorreram horas depois do funeral da jovem enfermeira Razan al-Najjar, de 21 anos, morta tiro por forças do regime sionista durante uma manifestação na sexta-feira, no quadro da Grande Marcha do Retorno. Segundo testemunhas, Razan al-Najjar foi atingida no peito da sua bata branca enquanto corria em direcção à vedação que encerra a Faixa de Gaza para ajudar uma vítima. No seu funeral, realizado, sábado, participaram milhares de pessoas.
O Ministério da Saúde palestino descreveu o assassínio da jovem enfermeira como um crime de guerra e uma flagrante violação dos tratados e acordos internacionais que protegem o pessoal de saúde em tempos de conflito.
Desde 30 de Março, primeiro dia das manifestações da Grande Marcha do Retorno, que  exige o fim do criminoso bloqueio da Faixa de Gaza e o direito de retorno dos palestinos que foram expulsos por Israel das suas terras e convertidos em refugiados, as forças armadas israelitas já mataram 120 palestinos e feriram mais de 13 000.
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