Forças palestinas condenam atentado contra Primeiro-Ministro da Autoridade Palestina

A coluna em que se deslocava o primeiro-ministro da Autoridade Palestina, Rami Hamdallah, foi hoje atingida por uma explosão na Faixa de Gaza cercada. A explosão provocou vários feridos ligeiros.
O engenho explosivo, que estaria enterrado a dois metros de profundidade, detonou pouco depois de a coluna de carros, em que seguia também o chefe do Serviço Geral de Inteligência da Autoridade Palestina (AP), Majid Faraj, entrar na Faixa de Gaza através o posto de Erez, controlado por Israel. Nem Hamdallah nem Faraj ficaram feridos.
Apesar do atentado, Hamdallah continuou o seu programa na Faixa de Gaza, onde ia inaugurar uma central de dessalinização de água.
A Faixa de Gaza, sujeita a um bloqueio por Israel há mais de dez anos, encontra-se em condições humanitárias gravíssimas. A situação é agravada pelas divisões entre a Autoridade Palestina, dirigida pela Fatah e governando a Cisjordânia, e o Hamas, que domina na Faixa de Gaza. O processo de reconciliação iniciado em Outubro passado sob a égide do Egipto tem tropeçado em sucessivas dificuldades e está longe de chegar a bom termo.
Vários dirigentes do partido Fatah, incluindo o também presidente da AP, Mahmoud Abbas, e igualmente diversos dirigentes da OLP, condenaram o atentado, culpando pelo mesmo o movimento Hamas, no poder em Gaza.
O próprio primeiro-ministro Hamdallah, porém, declarou num comunicado que o incidente «só aumentará a nossa persistência para continuar os nossos esforços para fornecer serviços à Faixa de Gaza e terminar a divisão», acrescentando que voltará em breve à Faixa de Gaza.
Por seu lado, o movimento Hamas negou a responsabilidade pelo ataque, afirmando que se tratou de um crime e de mais uma tentativa para prejudicar a segurança na Faixa de Gaza e destruir os esforços de reconciliação. Ismail Haniyeh, chefe do Bureau Político, afirmou que o Hamas apoia os esforços dos serviços de segurança para encontrar os responsáveis.
No mesmo sentido se pronunciou a Frente Popular para a Libertação da Palestina, apelando a que, apesar da sua gravidade, o atentado não ponha em causa os esforços de reconciliação.
Também a Frente Democrática para a Libertação da Palestina condenou o ataque, considerando-o uma tentativa de semar a divisão nas fileiras palestinas e de servir ocupação israelita e sublinhando a necessidade da reconciliação.
O Partido do Povo da Palestina considera que o atentado visou liquidar a reconciliação e os esforços tendentes à unidade nacional, sem a qual não serão possíveis a segurança e a estabilidade, e apelou à unidade para enfrentar a ocupação.
 
 

 

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