Tornou-se clara uma mudança na política dos EUA, afastando-se do apoio à solução de dois Estados, Palestina e Israel, por ocasião da reunião realizada na quarta-feira, 15 de Fevereiro, entre o presidente dos EUA, Donald Trump, e o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu.Segundo informa a agência palestina Ma'an, já no dia anterior um alto funcionário dos EUA afirmara que o país não estava necessariamente comprometido com a política de dois Estados como única maneira de resolver o «conflito israelo-palestino». Trump, respondendo a uma pergunta sobre a matéria na conferência de imprensa conjunta com Netanyahu, declarou: «Eu olho para os dois Estados e um Estado, e gosto do que ambas as partes gostarem.»Embora o apoio a Israel seja um dos pilares inamovíveis da política de todas as administrações estado-unidenses, esta posição rompe com a política oficialmente declarada desde há décadas, favorável à solução dos dois Estados. Também a comunidade internacional tem afirmado apoiar...
A Organização de Libertação da Palestina (OLP) censurou os Estados Unidos por se oporem a uma proposta do secretário-geral da ONU de nomear Salam Fayyad, ex-primeiro-ministro da Autoridade Palestina, para chefiar uma missão da ONU, considerando essa posição «um caso de flagrante discriminação com base na identidade nacional».Após tomar conhecimento da intenção de António Guterres de nomear Fayyad para liderar a missão política da ONU na Líbia, a embaixadora estado-unidense na ONU, Nikki Haley, afirmou na sexta-feira, 10 de Fevereiro, que os EUA estavam «decepcionados», alegando que isso mostrava um preconceito contra Israel. «Durante demasiado tempo a ONU tem sido injustamente tendenciosa em favor da Autoridade Palestina, em detrimento de nossos aliados de Israel», disse Haley, observando que os EUA não reconhecem um Estado palestino nem «apoiam o sinal que esta nomeação enviaria às Nações Unidas».A Palestina é actualmente um Estado observador não-membro da ONU e sua independência foi...
A administração do presidente Donald Trump surpreendeu muitos observadores na quinta-feira, 2 de Fevereiro, ao publicar um comunicado que vai a contra-corrente do anúncio da construção de um novo colonato na Margem Ocidental ocupada, feito na véspera pelo primeiro-ministro israelita.«Embora nós não acreditemos que a existência de colonatos seja um impedimento à paz, a construção de novos colonatos ou a expansão dos colonatos existentes além das suas fronteiras actuais pode não ajudar a alcançar esse objetivo», diz uma declaração do secretário de imprensa da Casa Branca, Sean Spicer. Este acrescentou que «a administração não tomou uma posição oficial sobre a actividade de colonização» e que aguarda futuras discussões, incluindo com o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, que deverá encontrar-se com Trump a 15 de Fevereiro.Segundo a B’Tselem, organização de direitos humanos israelita, a última vez que Israel criou novos colonatos na Margem Ocidental ocupada foi em 1999. O novo...
Exmo. Senhor Engenheiro António Guterres,Secretário-Geral da ONUSabemos que o mandato que agora começa será muito exigente.Os problemas do nosso planeta são dramáticos, e exigem uma acção urgente por parte da comunidade internacional.Talvez nunca, desde a Segunda Guerra Mundial, os perigos de uma conflagração bélica entre as maiores potências nucleares do planeta tenham sido tão grandes.Para os povos do Médio Oriente, o flagelo da guerra é já uma realidade terrível. O Século XXI tem sido para eles um Século de sucessivas guerras, impostas ou alimentadas a partir do exterior, com inconfessáveis ambições de dominação económica.Países inteiros foram e estão sendo destruídos e fragmentados, os seus Estados destroçados. Para os povos, a guerra significa morte, destruição, o exílio forçado, no interior dos seus países ou em paragens mais distantes. Nunca, desde a Segunda Guerra Mundial, foi tão elevado o número de refugiados e deslocados de guerra. Sabemos que conhece bem esta realidade...
Uma fonte militar síria declarou à agência noticiosa SANA que foram disparados vários mísseis israelitas a partir da área do lago de Tiberíades, no Norte de Israel, os quais atingiram as imediações do aeroporto de al-Mezzeh (situado a 8 km a sudoeste de Damasco) às 00h25 da noite de 12 para 13 de Janeiro, causando um incêndio.O Ministério dos Negócios Estrangeiros da Síria condenou fortemente o ataque israelita, denunciando a agressão em cartas dirigidas ao secretário-geral da ONU, António Guterres, e ao presidente rotativo do Conselho de Segurança das Nações Unidas, Olof Skoog. «O novo ataque israelita com mísseis contra o aeroporto militar de al-Mezzeh inclui-se numa longa série de ataques israelitas desde o início da guerra terrorista contra a soberania, integridade territorial e independência da Síria», afirma-se nas cartas.O aeroporto militar de al-Mezzeh já foi alvo de um ataque israelita similar em 7 de Dezembro do ano passado, quando vários mísseis terra-terra foram disparados...
Exmo. Senhor Engenheiro António Guterres,
Secretário-Geral da ONU
Sabemos que o mandato que agora começa será muito exigente.
Os problemas do nosso planeta são dramáticos, e exigem uma acção urgente por parte da comunidade internacional.
Talvez nunca, desde a Segunda Guerra Mundial, os perigos de uma conflagração bélica entre as maiores potências nucleares do planeta tenham sido tão grandes.
Para os povos do Médio Oriente, o flagelo da guerra é já uma realidade terrível. O Século XXI tem sido para eles um Século de sucessivas guerras, impostas ou alimentadas a partir do exterior, com inconfessáveis ambições de dominação económica.
Países inteiros foram e estão sendo destruídos e fragmentados, os seus Estados destroçados. Para os povos, a guerra significa morte, destruição, o exílio forçado, no interior dos seus países ou em paragens mais distantes. Nunca, desde a Segunda Guerra Mundial, foi tão elevado o número de refugiados e deslocados de guerra. Sabemos que conhece bem esta...
O secretário de Estado cessante dos EUA, John Kerry, denunciou a política de colonatos de Israel por minar o caminho para uma solução de dois Estados, num discurso pronunciado na quarta-feira 28 de Dezembro.«O status quo está a conduzir a um só Estado e à ocupação perpétua», afirmou Kerry, que utilizou talvez a linguagem mais forte já usada pela administração Obama sobre a construção de colonatos ilegais por Israel no território palestino ocupado. Kerry afirmou o seu apoio a uma solução de dois Estados, um israelita e um palestino, seguindo as linhas de 1967, com Jerusalém como a capital de ambos os Estados.Kerry criticou Netanyahu por afirmar publicamente que defende uma solução de dois Estados, enquanto o seu governo se deslocou para a direita e vários ministros e deputados israelitas pedem a anexação completa da Margem Ocidental ocupada.O discurso de Kerry ocorre poucos dias depois de os EUA se absterem na votação de uma resolução (permitindo assim a sua aprovação) do Conselho de...
O Conselho de Segurança da ONU aprovou no dia 23 de Dezembro passado uma resolução relativa aos colonatos israelitas no território palestino ocupado.
Votaram a favor quatro membros permanentes (China, França, Reino Unidos, Rússia) e todos os actuais 10 membros não permanentes (Angola, Egipto, Espanha, Japão, Malásia, Nova Zelândia, Senegal, Ucrânia, Uruguai e Venezuela). Os Estados Unidos não utilizaram o direito o direito de veto, optando pela abstenção.
O MPPM congratula-se com este acontecimento de primeira importância, que deve ser saudado por todos quantos apoiam o povo palestino na sua longa e corajosa luta por uma solução que conduza à criação do seu Estado independente dentro das fronteiras de 1967 e com capital em Jerusalém Oriental.
Com efeito, são inequívocos a este respeito os pontos principais da resolução, em que o Conselho de Segurança:
— reafirma a inadmissibilidade da aquisição de terra pela força;
— reafirma a obrigação de Israel, enquanto potência ocupante, de...
O Conselho de Segurança das Nações Unidas aprovou hoje, 23 de Dezembro, uma proposta de resolução censurando Israel pelas suas actividades de colonização nos territórios palestinos ocupados.Os EUA abstiveram-se, ou seja, não usaram o seu direito de veto, invertendo a sua política de longa data de proteger o regime israelita de resoluções condenatórias no Conselho de Segurança. Votaram a favor quatro dos cinco membros permanentes (China, França, Reino Unidos, Rússia), e os 10 membros não permanentes actuais: Angola, Egipto, Espanha, Japão, Malásia, Nova Zelândia, Senegal, Ucrânia, Uruguai e Venezuela.É a primeira resolução sobre Israel e os palestinos que o Conselho de Segurança aprova desde há cerca de oito anos.A votação estava inicialmente programada para ontem, quinta-feira, mas o Egipto, autor do texto da resolução, tinha-a retirado depois de o regime israelita ter pedido ao presidente eleito dos EUA, Donald Trump, que pressionasse o país norte-africano no sentido de adiar a...
Já foram causados danos irreversíveis em partes do aquífero costeiro da Faixa de Gaza, em resultado da extracção excessiva e de infiltrações de água do mar, afirma Adnan Ghosheh, especialista sénior de água e saneamento do Banco Mundial, numa entrevista publicada hoje, 17 de Dezembro, no jornal israelita Haaretz.O Banco Mundial é uma das muitas organizações locais e internacionais que ao longo dos últimos 20 anos vêm alertando para o facto.«Ecologicamente falando, os danos ao aquífero estão a piorar, e os estudos têm mostrado um aumento constante da salinidade da água», disse Ghosheh na entrevista concedida à jornalista Amira Hass. Isso aproxima a Faixa de Gaza da situação que a ONU previu em 2014: que em 2020 o território será impróprio para a habitação humana.Num artigo publicado em Novembro no site do Banco Mundial Ghosheh recordava que ainda em fins dos anos 1990 toda a gente na Faixa de Gaza podia beber água da torneira. Entretanto, foi bombeada tanta água do aquífero natural que...