Política e Organizações Internacionais

O presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, exortou a comunidade internacional a fazer de 2017 «o ano internacional para terminar a ocupação por Israel da nossa terra e do nosso povo», no seu discurso desta quinta-feira na 71.ª sessão da Assembleia Geral das Organização das Nações Unidas.
Abbas declarou que 2017 marcará os 50 anos desde que o regime israelita realizou a sua «repugnante» ocupação dos territórios palestinos após a guerra de 1967, apelando à comunidade internacional para que faça mais para alcançar o objectivo há muito perseguido de criar um Estado palestino independente. «Não há nenhuma maneira de derrotar o terrorismo e o extremismo, nenhuma maneira de alcançar a segurança e a estabilidade na nossa região sem pôr fim à ocupação israelita da Palestina e assegurar a liberdade e a independência do povo palestino», afirmou.
Na sua intervenção na 71ª Assembleia Geral das Nações Unidas, que está a decorrer em Nova Iorque, o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, defendeu uma solução para a questão palestina que passa pelo cumprimento das Resoluções das Nações Unidas e pela criação de um Estado Palestino.
Transcrevemos o extracto da sua intervenção em que se refere a este assunto:
«Onde a paz continua a não ter uma oportunidade, é na questão israelo-palestiniana. Por isso mesmo, quero aqui reafirmar o pleno apoio de Portugal aos esforços internacionais para a retoma do processo negocial. Esperamos uma solução sustentável para o conflito, com base nas Resoluções das Nações Unidas, que consagre um Estado Palestiniano soberano, independente e viável, vivendo lado a lado com o Estado de Israel, cujas legítimas aspirações de segurança têm que ser garantidas.»
Numa troca de e-mails com um amigo em Março de 2015, revelada no começo desta semana pelo site DCLeaks.com, o antigo secretário de Estado dos EUA Colin Powell afirmou que Israel possui 200 ogivas nucleares.
Nessa troca e-mails, Colin Powell discutia um discurso pronunciado nesse dia numa rara sessão conjunta do Congresso estado-unidense pelo primeiro-ministro israelita em que Benjamin Netanyahu se opunha ferozmente ao acordo então proposto pelo presidente Barack Obama para limitar o programa nuclear do Irão.
Sublinhando a gritante hipocrisia da posição de Israel, o antigo secretário de Estado escrevia: «Os iranianos não podem usar uma se finalmente fizerem uma. Os rapazes de Teerão sabem que Israel tem 200, todas apontadas a Teerão, e nós temos milhares.»
Em 14 de Setembro, na sessão plenária do Parlamento Europeu em Estrasburgo, deputados do GUE/NGL (grupo confederal da Esquerda Unitária Europeia/Esquerda Verde Nórdica) organizaram uma acção da solidariedade com o Barco das Mulheres para Gaza, informa a ECCP (Coordenação Europeia dos Comités e Associações pela Palestina).
O barco partiu de Barcelona ontem à noite, tencionando chegar a Gaza em 1 de Outubro.
O governo israelita e o Facebook concordaram segunda-feira em trabalhar juntos para determinar como tratar do «incitamento à violência» na rede social, informa a agência Associated Press. «Incitamento à violência» é o modo como Israel se refere à oposição à sua política de ocupação, repressão e discriminação contra os palestinos.
O acordo foi anunciado após um encontro de altos quadros do Facebook com dois ministros israelitas, Ayelet Shaked, ministra da Justiça, e Gilad Erdan, ministro da Informação e ministro da Segurança Pública, Assuntos Estratégicos e Diplomacia Pública (cargo criado por Netanyahu especificamente para combater a oposição palestina e internacional às políticas de Israel).
Os Estados Unidos e Israel assinaram hoje, quarta-feira, um novo acordo de defesa sem precedentes que dará às forças armadas israelitas 38 mil milhões de dólares (cerca de 33,8 mil milhões de euros) em 10 anos, de 2019 a 2028.
O acordo, o maior que os EUA alguma vez concluíram com qualquer país, ascende a 3,8 mil milhões de dólares por ano, comparado com os 3,1 mil milhões que os EUA deram a Israel anualmente ao abrigo do actual acordo, que expira em 2018.
«Desde 2009, os EUA forneceram quase 24 mil milhões de dólares em ajuda militar a Israel», declarou na cerimónia Susan Rice, Conselheira de Segurança Nacional de Obama, que acrescentou: «orgulhamo-nos de nenhuma outra administração ter feito tanto para aumentar a segurança de Israel».
Como parte dos seus esforços para combater a campanha de Boicote, Desinvestimento e Sanções (BDS), o ministro israelita da Segurança Pública, Assuntos Estratégicos e Diplomacia Pública, Gilad Erdan, deslocou-se a Londres para discutir o assunto com entidades oficiais britânicas, informa o jornal israelita «Jerusalem Post».
Erdan vai encontrar-se com Sajid Javid, ministro das Comunidades e do Governo Local, para discutir os boicotes a Israel ao nível autárquico na Grã-Bretanha. Avistar-se-á também com Jo Johnson, ministro das Universidades e da Ciência, para discutir as actividades de BDS nas universidades britânicas, assim como modos de reforçar os laços académicos entre o Reino Unido e Israel em resposta aos esforços de boicote.
O MPPM congratula-se com a decisão do Ministério da Justiça português de terminar a participação da Polícia Judiciária no projecto europeu LAW-TRAIN, um projecto que envolve o Ministério da Segurança Pública de Israel, responsável pelas forças policiais desse país, que sistematicamente utilizam os maus tratos e a tortura e violam os direitos humanos fundamentais da população palestina.
 
O Ministério da Justiça de Portugal participa, desde 2015, no projecto europeu LAW-TRAIN, financiado pela União Europeia, que visa desenvolver tecnologia para unificar a metodologia para interrogatórios policiais. Um dos seus parceiros neste projecto é o Ministério da Segurança Pública de Israel, responsável pelas forças policiais, que são há muito denunciadas por organizações dos direitos humanos e pelas Nações Unidas por integrarem nos seus interrogatórios a tortura, os maus tratos, o racismo e outras formas de violação dos direitos humanos, e responsável também pelas prisões onde se encontram milhares de presos e detidos administrativos (sem culpa formada) palestinos.
O Ministério da Justiça de Portugal participa, desde 2015, no projecto europeu LAW-TRAIN, financiado pela União Europeia, que visa desenvolver tecnologia para unificar a metodologia para interrogatórios policiais. Um dos seus parceiros neste projecto é o Ministério da Segurança Pública de Israel, responsável pelas forças policiais, que são há muito denunciadas por organizações dos direitos humanos e pelas Nações Unidas por integrarem nos seus interrogatórios a tortura, os maus tratos, o racismo e outras formas de violação dos direitos humanos, e responsável também pelas prisões onde se encontram milhares de presos e detidos administrativos (sem culpa formada) palestinos.
 

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