Política e Organizações Internacionais

Escola da UNRWA em Gaza bombardeada por Israel 17 Jan 2009
Na sequência da publicação, no Washigton Post de 1 de Abril passado, de uma carta do Juiz Richard Goldstone, retractando-se de afirmações contidas no relatório da Missão de Averiguação ao Conflito de Gaza, a que tinha presidido, têm-se assistido a uma campanha de desinformação com o objectivo claro de confundir a opinião pública, desacreditar o relatório e branquear os crimes cometidos por Israel.
Após a retractação parcial de Goldstone, o primeiro-ministro Netanyahu declarou que esta exonerava Israel de quaisquer erros na Operação Chumbo Derretido e que o Relatório deveria ser posto de parte, esquecendo-se porém que a retractação de Goldstone, não subscrita pelos restantes membros da Missão, dizia exclusivamente respeito a uma das trinta e seis alegações contra Israel, aquela em que se afirmava que as forças armadas israelitas tinham alvejado deliberadamente civis, e isto com base no testemunho das próprias forças armadas israelitas!
O Magrebe e o Médio Oriente vivem tempos de grande convulsão social e política. Sopram ventos de mudança no mundo árabe.
Para analisar os impactes desta onda de luta e de esperança que percorre o Mundo Árabe, a CGTP, o CPPC e o MPPM juntaram-se na organização de um debate público de solidariedade com os povos em luta no Mundo Árabe e de análise dos acontecimentos em curso.
O debate, subordinado ao tema «Em Luta pela Mudança – As Revoltas Populares no Magrebe e no Médio Oriente», realizou-se no dia 18 de Fevereiro de 2011, na Casa do Alentejo, em Lisboa. Numa sessão moderada por Vítor Silva (CPPC), foram oradores Rui Namorado Rosa, Presidente do CPPC; Carlos Carvalho, dirigente da CGTP-IN; Frei Bento Domingues, Vice-Presidente do MPPM; José Manuel Rosendo, jornalista; e Adel Sidarus, da Direcção Nacional do MPPM.
A Direcção Nacional do MPPM — Movimento pelos Direitos do Povo Palestino e pela Paz no Médio Oriente — tem acompanhado com a maior atenção a contestação que presentemente se verifica em muitos países do mundo árabe contra os regimes ditatoriais aí vigentes.
 
Consequência de décadas de miséria, desemprego, sucessivos aumentos do custo de vida, corrupção, nepotismo, enriquecimento desmesurado e ilícito das classes dirigentes, opressão e repressão, executadas em obediência aos interesses económicos e políticos das potências ocidentais, as manifestações que agora têm lugar representam o anseio das populações por uma autêntica justiça social, pelo exercício das liberdades fundamentais e pela instauração de governos democráticos.

Arlene Clemesha é professora de História Árabe e Directora do Centro de Estudos Árabes na Universidade de São Paulo. Neste artigo, denuncia a forma como o «Ocidente» constrói uma imagem mistificada do Irão na perspectiva da teoria do «Choque das Civilizações». Aponta a hipocrisia de quem condena as alegadas violações de direitos humanos no Irão, ignorando práticas similares nos países ocidentais e seus aliados, e demonstra que o «Ocidente» está tão obcecado em isolar o Irão que ignora ostensivamente os sectores que, no interior do país, lutam por mudanças.

A Direcção Nacional do Movimento pelos Direitos do Povo Palestino e pela Paz no Médio Oriente repudia, de forma enérgica, a presença em Portugal, a convite do Governo Português, do actual Ministro dos Negócios Estrangeiros de Israel, Avigdor Lieberman, que é dirigente de um partido xenófobo de extrema-direita, e é conhecido pelas suas posições abertamente racistas e favoráveis à expulsão da população árabe da Palestina. Como Ministro dos Negócios Estrangeiros, tem assumido posição de relevo na política ilegal e criminosa de ocupação e colonização dos territórios palestinos ocupados e no recrudescimento das perseguições sobre a comunidade árabe em Israel e sobre as organizações de direitos humanos que denunciam a política sionista de ocupação.
 
A Direcção Nacional do MPPM condena, da forma mais veemente, o ataque perpetrado pela marinha israelita, durante esta madrugada, contra um comboio marítimo de ajuda humanitária que causou a morte a mais de uma dezena de pessoas. Organizado por movimentos de solidariedade com destino a Gaza, e levando, a bordo cerca de 750 pessoas de sessenta nacionalidades com 10.000 toneladas de produtos diversos para socorro da população de Gaza, aquele grupo de embarcações foi assaltado, ainda em águas internacionais, segundo as notícias disponíveis, por unidades da marinha de guerra de Israel, o que desde logo, configura uma grave violação do direito internacional.
 
Decorrido cerca de um ano da tomada de posse do governo de extrema-direita em Israel, liderado por Benjamin Netanyahu e Avigdor Lieberman, estão confirmadas as piores expectativas sobre o agravamento da repressão sobre o povo palestino, ao bloqueamento do processo negocial com vista a uma solução diplomática que ponha fim à ocupação, o respeito pelo direito e a legalidade internacional, e a agudização das tensões no Médio Oriente.
 
O movimento BDS (Boicote - Desinvestimento - Sanções) continua activo um pouco pot toda a parte.
Abertura da primeira loja da H&M em Israel
A rede de lojas de moda sueca H&M acaba de abrir o seu primeiro estabelecimento em Telavive e num futuro próximo em Jerusalém num total de 6 unidades, em centros comerciais israelitas.
Diversas organizações suecas e palestinas exigiram que a H&M suspendesse os seus investimentos até que Israel cumprisse e respeitasse a legislação internacional que exige o cumprimento de diversas disposições relacionadas com a descriminação do comércio que tem prejudicado os palestinos.
Estas organizações questionam a política de "dois pesos, duas medidas" por parte da H&M.
Esta empresa tem colaborado com a UNICEF e a Comissão Goldstone das Nações Unidas, mas ao mesmo tempo continua a investir em Israel.
Conferência de Lisboa de Solidariedade com o Povo Árabe e a Palestina
Declaração conjunto do CPPC e do MPPM por ocasião do 30.º aniversário da «Conferência Mundial de Solidariedade com o Povo Árabe e a sua Causa Central: a Palestina», realizada em Lisboa entre 2 e 6 de Novembro de 1979
 
"Instaurar a paz na terra da paz"
Do discurso proferido pelo Presidente da OLP, Yasser Arafat, na Conferência Mundial de Solidariedade com o Povo Árabe e a sua Causa Central: a Palestina. 
O Comité das Nações Unidas para o Exercício dos Direitos Inalienáveis do Povo Palestino deliberou acreditar o MPPM — Movimento pelos Direitos do Povo Palestino e pela Paz no Médio Oriente, como Organização Não Governamental integrante da rede de organizações da sociedade civil activas na questão da Palestina.
Enquanto ONG acreditada, o MPPM adquire o direito de participar activamente nas reuniões e conferências organizadas sob os auspícios daquele Comité, bem como o dever de suportar o seu trabalho e objectivos.

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