A Direcção Nacional do MPPM — Movimento pelos Direitos do Povo Palestino e pela Paz no Médio Oriente — tem acompanhado com a maior atenção a contestação que presentemente se verifica em muitos países do mundo árabe contra os regimes ditatoriais aí vigentes. Consequência de décadas de miséria, desemprego, sucessivos aumentos do custo de vida, corrupção, nepotismo, enriquecimento desmesurado e ilícito das classes dirigentes, opressão e repressão, executadas em obediência aos interesses económicos e políticos das potências ocidentais, as manifestações que agora têm lugar representam o anseio das populações por uma autêntica justiça social, pelo exercício das liberdades fundamentais e pela instauração de governos democráticos.Há muito tempo que o descontentamento popular se fazia sentir, com periódicos incidentes pontuais, mas a verdadeira revolução que eclodiu na Tunísia, e que levou à queda do presidente Ben Ali, rapidamente se propagou a outros países árabes.Este movimento tem a sua...
Arlene Clemesha é professora de História Árabe e Directora do Centro de Estudos Árabes na Universidade de São Paulo. Neste artigo, denuncia a forma como o «Ocidente» constrói uma imagem mistificada do Irão na perspectiva da teoria do «Choque das Civilizações». Aponta a hipocrisia de quem condena as alegadas violações de direitos humanos no Irão, ignorando práticas similares nos países ocidentais e seus aliados, e demonstra que o «Ocidente» está tão obcecado em isolar o Irão que ignora ostensivamente os sectores que, no interior do país, lutam por mudanças.
A Direcção Nacional do Movimento pelos Direitos do Povo Palestino e pela Paz no Médio Oriente repudia, de forma enérgica, a presença em Portugal, a convite do Governo Português, do actual Ministro dos Negócios Estrangeiros de Israel, Avigdor Lieberman, que é dirigente de um partido xenófobo de extrema-direita, e é conhecido pelas suas posições abertamente racistas e favoráveis à expulsão da população árabe da Palestina. Como Ministro dos Negócios Estrangeiros, tem assumido posição de relevo na política ilegal e criminosa de ocupação e colonização dos territórios palestinos ocupados e no recrudescimento das perseguições sobre a comunidade árabe em Israel e sobre as organizações de direitos humanos que denunciam a política sionista de ocupação. O acolhimento dado pelo Governo Português a uma tal personalidade constitui uma afronta aos sentimentos democráticos e solidários do povo português, e uma gritante violação do artigo 7.º da Constituição da República. A Direcção Nacional do MPPM...
A Direcção Nacional do MPPM condena, da forma mais veemente, o ataque perpetrado pela marinha israelita, durante esta madrugada, contra um comboio marítimo de ajuda humanitária que causou a morte a mais de uma dezena de pessoas. Organizado por movimentos de solidariedade com destino a Gaza, e levando, a bordo cerca de 750 pessoas de sessenta nacionalidades com 10.000 toneladas de produtos diversos para socorro da população de Gaza, aquele grupo de embarcações foi assaltado, ainda em águas internacionais, segundo as notícias disponíveis, por unidades da marinha de guerra de Israel, o que desde logo, configura uma grave violação do direito internacional. Esta acção brutal das forças armadas israelitas, ocorrida poucos dias após a formalização da adesão de Israel à OCDE, ilustra da forma mais dramática o carácter agressivo da política de Israel e a sua contradição profunda com os princípios da paz, da liberdade e da democracia. Ela é, por isso, indissociável do estatuto de impunidade de...
Decorrido cerca de um ano da tomada de posse do governo de extrema-direita em Israel, liderado por Benjamin Netanyahu e Avigdor Lieberman, estão confirmadas as piores expectativas sobre o agravamento da repressão sobre o povo palestino, ao bloqueamento do processo negocial com vista a uma solução diplomática que ponha fim à ocupação, o respeito pelo direito e a legalidade internacional, e a agudização das tensões no Médio Oriente. Em coerência com o percurso político de Netanyahu e Lieberman, e com as posições assumidas pelos respectivos partidos durante a campanha eleitoral que culminou nas eleições de 20 de Fevereiro de 2009, e na esteira das orientações emanadas ainda por Ariel Sharon, o governo de Israel intensificou fortemente o processo de colonização da Margem Ocidental do rio Jordão, em clara e frontal violação do direito e da legalidade internacional. Organizações não-governamentais israelitas estimam em mais de 50 mil o número de unidades residenciais que estarão neste...
O movimento BDS (Boicote - Desinvestimento - Sanções) continua activo um pouco pot toda a parte.Abertura da primeira loja da H&M em IsraelA rede de lojas de moda sueca H&M acaba de abrir o seu primeiro estabelecimento em Telavive e num futuro próximo em Jerusalém num total de 6 unidades, em centros comerciais israelitas.Diversas organizações suecas e palestinas exigiram que a H&M suspendesse os seus investimentos até que Israel cumprisse e respeitasse a legislação internacional que exige o cumprimento de diversas disposições relacionadas com a descriminação do comércio que tem prejudicado os palestinos.Estas organizações questionam a política de "dois pesos, duas medidas" por parte da H&M.Esta empresa tem colaborado com a UNICEF e a Comissão Goldstone das Nações Unidas, mas ao mesmo tempo continua a investir em Israel.Campanha destinada a retirar produtos israelitas da Universidade de BelémUma comissão de estudantes formulou uma petição para os seus colegas participarem no sentido de...
Declaração conjunto do CPPC e do MPPM por ocasião do 30.º aniversário da «Conferência Mundial de Solidariedade com o Povo Árabe e a sua Causa Central: a Palestina», realizada em Lisboa entre 2 e 6 de Novembro de 1979"Instaurar a paz na terra da paz"Do discurso proferido pelo Presidente da OLP, Yasser Arafat, na Conferência Mundial de Solidariedade com o Povo Árabe e a sua Causa Central: a Palestina. Em Novembro de 1979, Lisboa foi a capital mundial da solidariedade com o povo da Palestina. Estava fresco, no ar, o aroma dos cravos que invadira de esperança as ruas e os campos de Portugal. O país abrira-se ao mundo, e o mundo descobrira, neste lugar, um povo amante da paz, empenhado na construção de um futuro de desenvolvimento, um povo fraterno e comprometido com a demanda dos homens e mulheres pela liberdade e a justiça. Foi aqui, entre os dias 2 e 6 de Novembro de 1979, que se realizou a Conferência Mundial de Solidariedade com o Povo Árabe e a sua Causa Central: a Palestina...
O Comité das Nações Unidas para o Exercício dos Direitos Inalienáveis do Povo Palestino deliberou acreditar o MPPM — Movimento pelos Direitos do Povo Palestino e pela Paz no Médio Oriente, como Organização Não Governamental integrante da rede de organizações da sociedade civil activas na questão da Palestina.Enquanto ONG acreditada, o MPPM adquire o direito de participar activamente nas reuniões e conferências organizadas sob os auspícios daquele Comité, bem como o dever de suportar o seu trabalho e objectivos.Criado por um grupo de cidadãos portugueses que, desde 2004, vem promovendo acções de solidariedade com o Povo da Palestina, e tendo-se formalizado como associação em Agosto de 2007, o MPPM assume como referência os princípios da Constituição da República Portuguesa e a Carta das Nações Unidas, e tem como objectivo principal promover em Portugal, no plano da opinião pública, o apoio solidário à criação de um Estado da Palestina, independente e soberano, nos territórios ocupados...
Na sua primeira viagem ao Médio Oriente, o Papa pediu hoje, em Belém, terra do nascimento de Jesus, segundo as Escrituras, o fim do bloqueio israelita a Gaza e a criação de um Estado Palestino independente e soberano. Há muito que se esperava do Chefe da Igreja Católica uma palavra inequívoca, ainda que em linguagem diplomática, sobre o problema palestino. Palavra tão mais necessária - e oportuna - quando o novo governo israelita, saído de uma improvável coligação do Likud, do Partido Trabalhista e da extrema-direita, preconiza o abandono da ideia da criação do Estado Palestino, considerando que os palestinos já têm um Estado que é a Jordânia. Política esta, de resto, em consonância com o progressivo alargamento das fronteiras do Estado Judaico com vista à construção do Grande Israel.Não tem sido Bento XVI muito feliz em algumas das suas intervenções, quer quanto à forma, à substância e à oportunidade dos temas que aborda, embora não se possam esperar dele declarações contrárias à...
Um relatório confidencial da UE, datado de 15 de Dezembro de 2008 e divulgado pelo The Guardian e pela Reuters em 7 de Março de 2009, acusa Israel de prosseguir activamente a anexação ilegal de Jerusalém Oriental.O documento acusa Israel de usar a expansão do colonatos, o muro de segurança na Cisjordânia, a destruição de casas palestinas e políticas discriminatórias de alojamento para obter o controlo sobre Jerusalém Oriental.Embora reconhecendo que Israel possa ter legítimas preocupações de segurança em Jerusalém, o relatório considera que muitas das suas actuações ilegais, dentro e à volta da cidade, têm poucas justificações de segurança."Os planos israelitas de longa data para Jerusalém" , refere o documento, "agora implementados a um passo acelerado, estão a minar as perspectivas de uma capital palestina em Jerusalém Oriental e de uma solução sustentável de dois estados".