Israel lança novo ataque com mísseis contra aeroporto sírio perto de Damasco

Uma fonte militar síria declarou à agência noticiosa SANA que foram disparados vários mísseis israelitas a partir da área do lago de Tiberíades, no Norte de Israel, os quais atingiram as imediações do aeroporto de al-Mezzeh (situado a 8 km a sudoeste de Damasco) às 00h25 da noite de 12 para 13 de Janeiro, causando um incêndio.
O Ministério dos Negócios Estrangeiros da Síria condenou fortemente o ataque israelita, denunciando a agressão em cartas dirigidas ao secretário-geral da ONU, António Guterres, e ao presidente rotativo do Conselho de Segurança das Nações Unidas, Olof Skoog. «O novo ataque israelita com mísseis contra o aeroporto militar de al-Mezzeh inclui-se numa longa série de ataques israelitas desde o início da guerra terrorista contra a soberania, integridade territorial e independência da Síria», afirma-se nas cartas.
O aeroporto militar de al-Mezzeh já foi alvo de um ataque israelita similar em 7 de Dezembro do ano passado, quando vários mísseis terra-terra foram disparados de dentro dos territórios palestinos ocupados.
Israel não confirma nem desmente atacar alvos no interior da Síria, mas, segundo o jornal israelita Haaretz de 13 de Janeiro, Israel já no passado visou posições do grupo libanês Hezbollah no interior da Síria.
Recorde-se que o Hezbollah tem combatido ao lado das forças da Síria na guerra que tem sido imposta a este país. Por outro lado, mantém uma firme posição de solidariedade com o povo palestino e tem desempenhado papel de relevo na defesa da independência do Líbano contra as repetidas agressões israelitas.
Além de constituir mais uma flagrante agressão à Síria, este ataque pode inserir-se no quadro das pouco veladas ameaças de círculos militares de Israel de uma nova agressão contra o Líbano, visando nomeadamente o Hezbollah.
Israel, que desde 1967 ocupa uma parte da Síria, os Montes Golã (acto nunca aceite pela comunidade internacional e condenado e considerado nulo pela Resolução 497 do Conselho de Segurança da ONU), confirma mais uma vez o seu carácter belicista e agressor e o seu perigoso papel desestabilizador em todo o Médio Oriente.
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