A Assembleia Geral das Nações Unidas aprovou hoje uma resolução que rejeita a decisão dos Estados Unidos da América de reconhecer Jerusalém como capital de Israel e os planos para transferir para esta cidade a embaixada dos EUA.A resolução, apresentada pela Turquia e pelo Iémen, recebeu 128 votos a favor. Votaram contra 9 países (incluindo os EUA e Israel) e 35 abstiveram-se. Houve 21 países que não participaram na votação.A resolução hoje aprovada é praticamente idêntica àquela que na passada segunda-feira, 18 de Dezembro, foi apresentada pelo Egipto no Conselho de Segurança e votada favoravelmente por 14 dos seus 15 membros, não tendo sido aprovada apenas devido ao veto dos EUA.Sem nomear directamente os Estados Unidos, a resolução aprovada pela Assembleia Geral «deplora profundamente as recentes decisões relativas ao estatuto de Jerusalém» e sublinha que Jerusalém «é uma questão que releva do estatuto final e que deve ser resolvida através de negociações, como prevêem as resoluções...
Muitas vozes deram Voz à Solidariedade com a Palestina hoje, à tarde, na Casa do Alentejo, em Lisboa.Numa iniciativa do Conselho Português para a Paz e Cooperação (CPPC), da Confederação Geral dos Trabalhadores Portugueses-Intersindical Nacional (CGTP-IN), do Movimento Democrático de Mulheres (MDM) e do Movimento pelos Direitos do Povo Palestino e Pela Paz no Médio Oriente (MPPM), realizou-se uma sessão de solidariedade com a Palestina que registou a presença de quase centena e meia de pessoas.Intervieram Gustavo Carneiro, da Direcção Nacional do CPPC, Arménio Carlos, Secretário-Geral da CGTP-IN, Regina Marques, da Direcção Nacional do MDM, e Carlos Almeida, Vice-Presidente do MPPM, e houve ainda testemunhos de vários elementos da assistência.Foi firmemente condenado o reconhecimento pelos Estados Unidos de Jerusalém como capital de Israel e denunciada a teia de falsidades com que se procura justificar a legitimidade daquela decisão. Enfatizando a necessidade de distinguir claramente...
Os Estados Unidos vetaram esta segunda-feira no Conselho de Segurança da ONU um projecto de resolução que rejeitava a decisão do presidente dos EUA, Donald Trump, de reconhecer Jerusalém como capital de Israel. Todos os outros 14 membros do Conselho de Segurança apoiaram o projecto.Trata-se da 43.ª vez que os EUA utilizam o direito de veto para apoiar Israel.O veto pronunciado pela embaixadora dos EUA, Nikki Haley, veio sublinhar o isolamento de Washington relativamente ao anúncio feito por Trump no dia 6 de Dezembro.A decisão estado-unidense contraria o consenso internacional e as resoluções da ONU, que prevêem que o estatuto de o estatuto de Jerusalém só pode ser resolvido através de negociações, tendo desencadeado protestos e condenação em todo o mundo e em particular na Palestina.Importantes aliados dos EUA como o Reino Unido, a França, a Itália, o Japão e a Ucrânia são alguns dos 14 países do Conselho de Segurança (que tem 5 membros permanentes, com direito de veto, e 10 membros...
As forças de ocupação israelitas mataram hoje quatro palestinos durante um dia de violentos confrontos na Margem Ocidental ocupada e na Faixa de Gaza cercada, que se somam a centenas de feridos por balas reais e balas de aço revestidas de borracha.Milhares de palestinos prosseguiram, na Faixa de Gaza cercada e na Margem Ocidental e Jerusalém Oriental cercadas, mobilizações contra o reconhecimento pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de Jerusalém como capital de Israel.Os mortos registados hoje vêm somar-se a outros seis durante os confrontos ocorridos esta semana, elevando para 10 o número total de mortos.Na Faixa de Gaza, os manifestantes juntaram-se perto da fronteira norte com Israel, lançando pedras. As forças israelitas abriram fogo, causando 150 feridos e matando dois manifestantes: um deles é Ibrahim Abu Thuraya, de 29 anos, que se encontrava numa cadeira de rodas após em 2008 ter perdido ambas as pernas durante um ataque israelita com mísseis contra Gaza.Também...
Tilda Swinton, Mark Ruffalo, Roger Waters, Peter Gabriel e Brian Eno são alguns das dezenas de escritores, músicos e actores que condenaram a decisão de Donald Trump de reconhecer Jerusalém como capital de Israel, numa carta enviada ao diário britânico «The Guardian»«Ao reconhecer Jerusalém como capital de Israel», afirma a carta, «Donald Trump procura alcançar com uma declaração aquilo que Israel vem tentando fazer há 50 anos pela força das armas: apagar os palestinos, como presença política e cultural, da vida de sua própria cidade.»«Os palestinos de Jerusalém já estão sujeitos a uma discriminação municipal a todos os níveis e a um processo de limpeza étnica.»A carta, entre cujos signatários também se incluem o dramaturgo Caryl Churchill, o realizador Mike Leigh e as actrizes Maxine Peake, Julie Christie e Juliette Stephenson, destaca a «política incessante de demolições de casas» por Israel, bem como o encerramento de «pelo menos 35 instituições públicas e ONGs palestinas em...
Pelo quinto dia consecutivo, prosseguem em toda a Palestina e em muitos locais do mundo inteiro os protestos contra a decisão do presidente estado-unidense, Donald Trump, de reconhecer Jerusalém como capital de Israel e de para aí transferir a embaixada dos EUA.Nos territórios palestinos registaram-se novos protestos, nomeadamente em Ramala, Hebron e Tulkarem, na Margem Ocidental ocupada, e na Faixa de Gaza cercada.Os protestos têm sido brutalmente reprimidos por Israel.De acordo com o Ministério da Saúde palestino, as forças de ocupação israelitas mataram 4 palestinos e feriram outros 1632 durante os protestos.Estatísticas publicadas ontem pelo Ministério da Saúde revelam que houve 1327 feridos na Margem Ocidental e em Jerusalém ocupadas, incluindo 28 por balas reais, 305 por balas de metal revestidas de borracha e 962 casos de sufocação devido à inalação de gás lacrimogéneo.Durante o mesmo período, 305 palestinos foram feridos em protestos na Faixa de Gaza cercada, incluindo 64...
Em Ramala, Tul Karm e Nablus houve durante o dia de hoje manifestações contra reconhecimento pelos Estados Unidos de Jerusalém como a capital de Israel, que contaram com a participação de muitas centenas de pessoas, algumas das quais queimaram fotos de Donald Trump. Dezenas de palestinos também protestaram em vários locais do Norte e centro da Faixa de Gaza. Nas cidades de Hebron e Al-Bireh, na Margem Ocidental ocupada, milhares de manifestantes entoaram «Jerusalém é a capital do Estado da Palestina».Ao mesmo tempo, a medida estado-unidense provocou uma onda de agitação e protestos em toda a região, que se prevê irem continuar nos próximos dias.O número de palestinos feridos aumentou continuamente, à medida que alastravam os confrontos com as forças repressivas israelitas em toda a Margem Ocidental, Jerusalém Oriental e Faixa de Gaza. De acordo com o Ministério da Saúde e o Crescente Vermelho palestinos, já há para cima de 50 feridos, 9 dos quais vítimas de balas reais.Dos feridos com...
O presidente Donald Trump anunciou hoje, 6 de Dezembro, que os Estados Unidos da América reconhecem Jerusalém como capital de Israel e vão iniciar o processo de transferência para esta cidade da sua embaixada.
Esta decisão unilateral constitui uma violação gravíssima do direito internacional, consignado nomeadamente em numerosas resoluções da ONU, incluindo a recente resolução 2334 do Conselho de Segurança, de Dezembro de 2016, que explicitamente menciona Jerusalém Oriental como «território palestino ocupado».
Esta decisão, que aliás constitui uma alteração substancial da posição oficial estado-unidense até agora vigente, coloca assim os Estados Unidos fora da legalidade internacional.
O estatuto de Jerusalém, que continua por resolver, está no centro da questão israelo-palestina. O plano de partição da Palestina de 1947 previa a constituição no seu território de um Estado judaico e de um Estado árabe-palestino, constituindo Jerusalém um «corpus separatum». Na sequência da guerra de...
O presidente dos EUA vai em breve declarar que Jerusalém é a capital de Israel, embora adie a mudança da embaixada estado-unidense de Tel Aviv para Jerusalém, noticiaram ontem, 1 de Dezembro, vários órgãos de comunicação.Donald Trump deverá assinar na próxima segunda-feira uma dispensa presidencial atrasando a mudança da embaixada dos EUA em Israel para Jerusalém. A assinatura da dispensa, que contraria a promessa eleitoral de Trump sobre o assunto, seria acompanhada por um discurso no qual ele declararia o reconhecimento de Jerusalém como capital de Israel. As notícias publicadas não incluem, no entanto, pormenores sobre o discurso, e a Casa Branca oficialmente não se pronunciou sobre o assunto.A decisão de Trump de assinar a dispensa seguiria a linha de uma política estado-unidense de longa data. A dispensa, válida por seis meses de cada vez, tem sido assinada por todos os presidentes dos EUA desde 1995. Barack Obama assinou durante as últimas semanas do seu mandato e Trump assinou-a...
A administração estado-unidense ameaça fechar a representação diplomática palestina em Washington nos próximos meses, a menos que a Autoridade Palestina entre em negociações de paz «sérias» com Israel, informou a agência Associated Press na passada sexta-feira, 17 de Novembro.A ameaça foi transmitida pelo Departamento de Estado dos EUA, que a relaciona com declarações do presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas. Este, no seu discurso na Assembleia Geral da ONU em Setembro passado, exortou o Tribunal Penal Internacional a investigar e processar os responsáveis israelitas pela sua participação nas actividades de colonização e nas agressões contra o povo palestino.Uma lei estado-unidense de 2015 estabelece que o secretário de Estado tem de certificar ao Congresso que a OLP não tomou medidas junto do TPI, e Rex Tillerson não o fez até o final de Novembro.As reacções da parte palestina não tardaram. O ministro dos Negócios Estrangeiros da AP, Riyad Malki, declarou que a direcção...