Palestina pede ao Tribunal Penal Internacional para investigar violações de direitos humanos por Israel
O ministro dos Negócios Estrangeiros palestino, Riyad Al-Maliki, apresentou hoje um pedido solicitando ao Tribunal Penal Internacional que investigue as violações dos direitos humanos ligadas às políticas de colonização de Israel.
Al-Maliki, que se deslocou à Holanda para o acto, declarou que a Autoridade Palestina queria que fosse aberta uma investigação «sem demora».
O pedido palestino refere-se à transferência forçada de palestinos, assassínios ilegais, apropriação ilegal de terras e propriedades, demolição de casas e outras propriedades palestinas, repressão da dissidência por meio da morte ilegal de manifestantes pacíficos e da política de detenção arbitrária em massa e tortura.
O ministro reuniu-se com a procuradora do TPI, Fatou Bensouda, uma semana depois de mais de 60 palestinos desarmados serem sido mortos por balas israelitas quando participavam em protestos ao longo da linha de separação entre a Faixa de Gaza e Israel.
Fatou Bensouda afirmou na semana passada que estava a seguir de perto os acontecimentos de Gaza e «tomaria qualquer acção necessária» para julgar crimes.
Desde a ocupação da Cisjordânia, incluindo Jerusalém Oriental, em 1967, cerca de 600 000 israelitas instalaram-se em colonatos israelitass em território palestino ocupado, ilegais à luz do direito internacional.