Ocupação, Colonização e Apartheid Israelitas

A Câmara Municipal de Palmela aprovou, por unanimidade, na sua reunião de 15 de Março de 2023, uma moção «Pelo fim da escalada de violência na Palestina» na qual deliberou:

• Expressar a sua preocupação e repúdio face à grave escalada de violência;
• Reiterar a urgência de fazer cumprir as Resoluções das Nações Unidas, o respeito pelo Direito Internacional e os Direitos Humanos e o fim da ocupação ilegal dos territórios palestinos por Israel;
• Manifestar a sua solidariedade para com todas as pessoas afectadas pelo conflito israelo-árabe e o forte desejo de que seja encontrado e concretizado um caminho para a Paz.

Este ano, o Dia Mundial da Água é celebrado sob o tema "Acelerando a Mudança" para resolver a crise da água e do saneamento e a Palestina precisa, urgentemente, de medidas que corrijam as gravíssimas distorções causadas por o ocupante controlar 85% da sua água.

O Gabinete Central Palestino de Estatística (PCBS) e a Autoridade Palestina da Água (PWA) emitiram um comunicado de imprensa conjunto, a propósito do Dia Mundial da Água, onde afirmam que, com o controlo de Israel sobre 85% da água palestina nos territórios ocupados, os residentes palestinos são forçados a comprar a água necessária à companhia de água israelita, Mekorot.

Israel entregou, na sexta-feira, à sua família, o corpo de Sufyan Nawwaf Khawaja, 20 anos, morto a tiro pelo exército israelita em 23 de Março de 2020 na entrada da cidade de Ni’lin, a oeste de Ramala. Na altura, os soldados israelitas bloquearam o acesso das ambulâncias ao corpo, que retiveram desde então.

O corpo de Khawaja foi entregue ao Crescente Vermelho palestino no posto de controlo militar de Ni'li, na presença da sua família e de membros da Autoridade para os Assuntos Civis. Foi enterrado ontem, na sua cidade natal.

Na semana passada, mais de 150 organizações internacionais subscreveram um apelo para uma «Campanha internacional para libertar os restos mortais dos mártires palestinos retidos nas morgues e "cemitérios de números" da ocupação sionista».

Segundo os promotores da campanha, Israel está a reter nas suas morgues os corpos de 131 resistentes palestinos que as suas forças mataram, desde 2015, ou que morreram na prisão.

Quatro palestinos, incluindo um menor, foram hoje mortos a tiro pelas forças de ocupação israelitas durante uma rusga surpresa na cidade de Jenin, no Norte da Cisjordânia ocupada, de acordo com o Ministério da Saúde (MdS) palestino citado pela agência Wafa.

O correspondente da Wafa disse que uma força israelita disfarçada entrou sub-repticiamente no centro da cidade de Jenin, a bordo de dois veículos civis descaracterizados, durante as horas de ponta, e mataram os quatro palestinos à queima-roupa.

O MdS informou que, além dos quatro mortos, outros 20 palestinos foram feridos por tiros, estando quatro em estado crítico.

Três dos palestinos mortos pelas forças israelitas atacantes foram identificados como Omar Awadin, 16, Nedal Khazem, 28, e Saleh Shreim, 29. O quarto ainda não foi identificado.

Na sequência do mortífero tiroteio uma força militar israelita em grande escala invadiu a cidade provocando violentos confrontos com os residentes.

Em 16 de Março de 2003, faz hoje 20 anos, Rachel Corrie foi esmagada por um buldózer do exército israelita quando tentava impedir a demolição de uma casa palestina em Rafah, no Sul da Faixa de Gaza ocupada.

Rachel Corrie era estudante, tinha 23 anos, e a sua ida para Rafah fazia parte do seu trabalho de último ano de faculdade, em Olympia (estado de Washington, EUA). Fazia parte do ISM (International Solidarity Movement), um grupo de acção directa não violenta de solidariedade com os palestinos, e estava integrada num grupo que visava defender casas palestinas que iam ser demolidas pelo exército de ocupação israelita.

Cinco organizações de direitos humanos israelitas e palestinas alertam para uma perigosa escalada das violações dos direitos dos presos palestinos devido às políticas radicais do novo governo israelita num documento conjunto divulgado no dia 3 de Março.

«Embora os palestinos presos pelas autoridades israelitas tenham sempre sofrido uma completa violação dos seus direitos humanos, o novo governo de extrema-direita de Israel tem tomado inúmeras medidas para implementar uma agenda particularmente hostil e radical para causar dano aos palestinos nas prisões, às suas famílias e à sociedade palestina no seu conjunto», diz-se no documento.

Três palestinos foram mortos a tiro pelas forças de ocupação israelitas nesta manhã de domingo, perto do posto de controlo militar de Sarra, a sudoeste de Nablus na Cisjordânia ocupada.

Os soldados israelitas dispararam contra quatro palestinos que estavam dentro do seu veículo no posto de controlo, matando três deles. Os mortos foram identificados como Jihad Mohammad Shami, 24 anos, Udai Othman Shami, 22 anos, e Mohammad Ra'ed Dabek, 18 anos, todos residentes em Nablus.

O exército israelita alega que os soldados tinham disparado em resposta a tiros dos ocupantes do veículo, mas nenhum soldado israelita foi ferido.

Segundo testemunhas da aldeia vizinha do posto de controlo, pouco depois do tiroteio, os soldados israelitas invadiram as lojas e apreenderam as gravações das câmaras de vigilância inviabilizando a reconstituição do incidente.

Forças de segurança israelitas num veículo blindado dispararam repetidamente contra um grupo de civis que se abrigavam entre uma mesquita e uma clínica durante o assalto de 22 de Fevereiro à cidade de Nablus, na Cisjordânia ocupada, matando duas pessoas, incluindo um adolescente, e ferindo outras três, de acordo com testemunhas e uma reconstrução visual do evento ontem divulgada pelo The Washington Post.

O Washington Post falou com duas testemunhas do tiroteio, obteve, de um espectador e das Forças de Defesa de Israel, vídeos previamente inéditos do incidente, e pediu a peritos em áudio que analisassem o som do tiroteio. Um jornalista do Washington Post recolheu provas visuais no local para reconstruir o incidente utilizando software de modelagem 3D e outros jornalistas reviram mais de 30 vídeos filmados em Nablus nesse dia.

Waleed Nassar, de 14 anos, sucumbiu aos ferimentos que sofreu durante o ataque do exército israelita à cidade e o campo de refugiados de Jenin, na passada terça-feira, elevando para 78 o número de palestinos assassinados por Israel, em 2023, que incluem 14 menores e uma mulher.

Hoje de manhã, uma unidade especial das forças israelitas entrou na cidade de Jabaa', a sul de Jenin e abriu fogo sobre um veículo palestino em que se encontrava três jovens, matando-os a todos. Os três palestinos mortos foram identificados como Sufyan Fakhoury, 26 anos, Nayef Malayshah, 25 anos, e Ahmad Fashafsha, 22 anos.

No Dia Internacional da Mulher, o MPPM homenageia as mulheres que, em todo o mundo — em casa, nos campos, nas fábricas ou nos escritórios — lutam pela paz e pela liberdade, contra a opressão, a discriminação e a injustiça.

Neste ano de 2023, em que se assinalam 75 anos sobre a Nakba — a limpeza étnica que acompanhou a criação do Estado de Israel —, neste ano em que a repressão, a injustiça, o racismo e a segregação que vitimam o povo palestino não só continuam como se agravam, o MPPM presta especial homenagem às mulheres palestinas que, não obstante as duras condições, continuam a resistir, a trabalhar, a fazer viver a família, a educar os filhos.

Este ano de 2023 está a caminho de ser o mais mortífero para as palestinas e os palestinos que vivem na Cisjordânia. A brutalidade do exército de ocupação e dos colonos por ele protegidos não tem limites. Até ontem totalizavam 73 os palestinos mortos pelo ocupante, incluindo uma mulher idosa.

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