Ocupação, Colonização e Apartheid Israelitas

A Aliança Europeia em Defesa dos Presos Palestinos (EADPP) realizou a sua Sétima Conferência em 18 e 19 de Junho, em Malmö, na Suécia, com o principal objectivo de expandir a internacionalização da questão dos presos palestinos.

O MPPM esteve representado por Raul Ramires, membro da Direcção Nacional.

Respeitou-se, a abrir a conferência, um minuto de silêncio em memória dos mártires da causa palestina.

A alocução de boas-vindas aos congressistas foi feita por Khaled Hamad, coordenador da EADPP, que lamentou a ausência de alguns activistas vindos da Palestina por não terem conseguido que a Suécia lhes desse o visto.

Na sessão de abertura foi lida uma saudação do Presidente Mahmoud Abbas e projectada uma mensagem em vídeo de Rashida Tlaib, membro da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos.Seguiram-se intervenções de, nomeadamente, Rula Muhaisen, Embaixadora da Palestina na Suécia, Thaer Shreteh, do Ministério dos Prisioneiros da Palestina, e de Umihana Rasobic Kasumovic, do Partido da...

Mais uma vez, a Esplanada das Mesquitas em Jerusalém, violentamente invadida pelas forças israelitas nos últimos dias do Ramadão 2022, encontra-se no coração do conflito israelo-palestino. A história do lugar é complexa, como mostram os seus diferentes nomes. Para os judeus, é o Monte do Templo (Har haBayit em hebraico). Para os muçulmanos, é o Haram Al-Sharif, o «Santuário Nobre» onde se situam a Cúpula da Rocha, com o seu zimbório dourado, e a Mesquita Al-Aqsa («a longínqua»). A expressão «Esplanada das Mesquitas», aparentemente, apenas é utilizada em França.

Diz-se que o primeiro templo judeu construído pelo rei Salomão estava aí localizado, uma tradição que até agora não foi confirmada por provas arqueológicas. Por outro lado, está provada a existência do segundo templo no mesmo local. Completamente arrasado pelo imperador romano Tito em 70 d.C., dele só resta um muro que se tornou o lugar mais sagrado do judaísmo, o «Muro Ocidental» (HaKotel HaMa'aravi). O nome «Muro das...

Entre 5 e 10 de Junho de 1967, Israel conduziu uma guerra com os países vizinhos – Egipto, Jordânia e Síria – que culminou com a ocupação total da Palestina histórica e ainda dos Montes Golan sírios e da Península do Sinai egípcia.

Para os Palestinos, a Naqsa (“revés”) significou a perda de tudo o que restava da sua pátria e o início de 55 anos de uma colonização israelita desenfreada e insaciável. Foi a segunda etapa de uma catástrofe contínua, iniciada com a Nakba de 1948, e que veio a caracterizar-se por ataques militares, demolições de casas, confiscação de terras e apropriação de recursos naturais, expansão de colonatos e violência dos colonos, e compromissos assumidos e logo repudiados.

Para os sionistas, a Guerra de 1967 foi a oportunidade de se apropriarem dos 22% do território da Palestina histórica que lhes tinham escapado quando, em 1948, construíram o seu Estado sobre as ruínas da sociedade palestina, e que tinham ficado sob administração do Egipto (Faixa de Gaza) e da...

A jornalista palestina Shireen Abu Akleh, morta no exercício da sua actividade profissional e uma das mais recentes vítimas da acção criminosa do exército israelita, não podia deixar de ser evocada na sessão pública com que o MPPM assinalou o dia da Nakba.

Na terça-feira, 24 de Maio, na Casa do Alentejo, em Lisboa, recordou-se que o povo palestino continua a enfrentar diariamente agressões, expropriações e expulsões que se mantêm desde a limpeza étnica que acompanhou a criação do Estado de Israel em 14 de Maio de 1948. E para que não esqueça, 15 de Maio é consagrado como o Dia da Nakba, a Catástrofe.

Na sessão moderada por António Delgado Fonseca, militar de Abril, e membro da Direcção. Nacional do MPPM, falou primeiro o jornalista José Goulão que denunciou o flagrante contraste entre a forma como as potências ocidentais e a comunidade internacional lidam com certos conflitos, nomeadamente a guerra na Ucrânia, e ignoram a violenta ocupação da Palestina por Israel.

Giulia Daniele...

Por iniciativa da comunidade palestina em Portugal, realizou-se na segunda-feira, 16 de Maio, uma concentração para exigir justiça para Shireen Abu Akleh e a responsabilização dos seus assassinos.

O MPPM associou-se à iniciativa, que reuniu mais de uma centena de pessoas no Rossio, em Lisboa.

Houve várias intervenções, nomeadamente de membros da comunidade palestina – Dima Mohammed e Shahd Wadi – e de Carlos Almeida em nome do MPPM.

Assinala-se hoje o 74º aniversário da Nakba – a catástrofe que acompanhou a criação do Estado de Israel em 1948 e que se saldou pela expulsão violenta de centenas de milhar de palestinos das suas casas, aldeias e cidades, para dar lugar a recém-chegados colonos sionistas.

Quase três quartos de século volvidos, e apesar do reconhecimento internacional da legitimidade da causa palestina e da luta do seu povo pelos seus inalienáveis direitos, o aniversário da Nakba em 2022 continua marcado pela brutal realidade da ocupação e da repressão israelita sobre o povo palestino, pelo prosseguimento da limpeza étnica da população palestina e pelas violações do Direito Internacional por parte do Estado de Israel, com persistentes acções de guerra contra países vizinhos.

Num relatório publicado em 15 de Abril, o Euro-Mediterranean Human Rights Monitor documenta o assassinato, pelas forças israelitas, desde o início de 2022, de 47 palestinos, incluindo oito menores e duas mulheres, em vários incidentes...

Culminando três dias de homenagens fúnebres, acompanhadas por numerosas pessoas, a jornalista palestino-americana Shireen Abu Akleh foi hoje a enterrar ao lado de seus pais no cemitério do Monte Sião, em Jerusalém.

O corpo de Abu Akleh foi trazido de Jenin, onde ela foi assassinada pelas forças israelitas na quarta-feira, quando fazia uma reportagem sobre uma rusga do exército israelita no campo de refugiados de Jenin, para Jerusalém via Nablus e Ramala.

Hoje, sexta-feira, o cortejo fúnebre, integrando milhares de pessoas, saiu do Hospital Francês de São Luís, onde o corpo de Abu Akleh permaneceu durante a noite, até à Porta de Jafa, na Cidade Velha de Jerusalém, seguindo para a Catedral da Anunciação da Virgem onde foi realizado um serviço fúnebre à tarde.

Forças israelitas carregam sobre cortejo fúnebre

As forças de segurança israelitas carregaram sobre os participantes no cortejo fúnebre que pretendiam fazer a pé o cortejo entre o Hospital Francês de São Luís e a Catedral da Anunciação...

Shireen Abu Akleh, uma jornalista palestina da Al Jazeera, foi hoje morta por forças israelitas quando cobria uma rusga ao campo de refugiados de Jenin na Cisjordânia ocupada.

Shireen, 51 anos, foi alvejada no rosto, apesar de usar capacete e um colete identificativo de imprensa. Outro jornalista palestino, Ali al-Samoudi, do jornal Al-Quds, foi ferido nas costas mas encontra-se em condição estável.

A última mensagem que Abu Akleh enviou à Al Jazeera foi um e-mail às 6:13 da manhã em que escreveu: «Forças de ocupação invadem Jenin e sitiam uma casa no bairro de Jabriyat. Estou a caminho. Trago-vos notícias assim que o quadro se tornar claro».

Shatha Hanaysha, uma repórter que viajava no mesmo veículo que Shireen e Ali, disse à Al Jazeera que o exército israelita estava determinado a disparar para matar.

«Estávamos todos a usar coletes e capacetes», disse Hanaysha. «Éramos quatro jornalistas numa área exposta. Não houve confrontos ou tiros disparados por combatentes palestinos».

A Al Jazeera...

Numa organização conjunta da Escola Secundária de Camões e do ABC Cineclube de Lisboa, o MPPM promoveu, na segunda-feira 9 de Maio, a estreia em Portugal do filme Yallah! Yallah!, a primeira co-produção argentino-palestina.

Realizado por Cristian Pirovano e Fernando Romanazzo, o filme acompanha o quotidiano de sete pessoas ligadas ao futebol e as suas lutas diárias para superar as dificuldades de viver hoje na Palestina. Os detalhes da sua vida, das suas relações e convivência, aproximam-nos de uma história de futebol, paixão e luta.

O Auditório Camões acolheu duas sessões que contaram com a presença de Cristian Pirovano, um dos realizadores, e de Carlos Almeida, vice-presidente do MPPM. As boas-vindas foram dadas pelo director da E.S. Camões, João Jaime Pires e Fernando Jorge Saraiva, que na escola rege a disciplina de Ciência Política, fez a apresentação do filme.

A sessão da tarde foi dedicada aos estudantes da escola, que acorreram em grande número e acompanharam com interesse a...

Há vinte anos, no mês de Abril de 2002, o exército israelita bombardeou e assaltou o campo de refugiados de Jenin durante vários dias. As Forças de Defesa de Israel (FDI) iniciaram o assalto no dia 2 e a batalha terminou no dia 11. No entanto, só retiraram no dia 24, depois de concluído o trabalho de ocultação de provas.

As Nações Unidas concluíram que o exército israelita matou 52 palestinos num campo de apenas 40 hectares e que acolhia cerca de 15 000 pessoas. Mas, como escreveu Ilan Pappé por ocasião do 15º aniversário do massacre, «não foram apenas os números envolvidos que chocaram o mundo na altura, mas a natureza brutal de um assalto israelita sem precedentes, mesmo na dura história da ocupação.»

Continua Pappé: «Esta brutalidade pode ser mais bem apreciada quando se visita o campo. Este bairro apinhado de gente foi assaltado do ar por helicópteros-canhão, bombardeado por tanques a partir das colinas sobranceiros e invadido por veículos monstruosos — um híbrido de um tanque e...