Concentração pela Paz e pela Palestina junta centenas no Porto
Com a participação de cerca de três centenas de pessoas, decorreu pelas 18h do dia 26 de Outubro, na Praceta da Palestina, no Porto, novo acto público «Pela Paz no Médio Oriente e pelos direitos do Povo Palestino». Foram promotores a União de Sindicatos do Porto (CGTP), o CPPC e o MPPM.
As intervenções estiveram a cargo de Tiago Oliveira, coordenador da USP/União dos Sindicatos do Porto e membro do Conselho Nacional da Confederação Geral dos Trabalhadores Portugueses / Intersindical Nacional (CGTP/IN), de José António Gomes, membro da Direcção Nacional do MPPM, da estudante palestina Nur Latif e de Ilda Figueiredo, Presidente da Direcção Nacional do Conselho Português para a Paz e a Cooperação (CPPC). Joana Machado assegurou a introdução, a conclusão e a apresentação dos intervenientes.
Tratou-se de uma muito participada iniciativa exprimindo de modo muito vivo a preocupação dos participantes com a actual escalada da situação de guerra e o perigo do seu alastramento ao Médio-Oriente, com a invasão e o cerco de Gaza pelo exército israelita, com os crimes de guerra que estão a ser perpetrados, e ainda com a total violação seja das resoluções da ONU no tocante à ocupação ilegal de território palestino por Israel, seja dos direitos mais elementares do povo palestino.
Foram denunciados o patente desrespeito generalizado pelos direitos humanos tanto em Gaza como na Cisjordânia, e a sistemática destruição, em Gaza, de edifícios de habitação, de igrejas, escolas e hospitais pelos bombardeamentos do exército de Israel.
Nur Latif actualizou os números impressionantes da destruição de vidas humanas. Condenada foi a hipocrisia, perante toda esta situação, dos governos que servem de respaldo ou mesmo de apoio activo a Israel – os que se auto-intitulam “mundo ocidental” e enchem a boca com os chamados “valores ocidentais”, em especial Estados Unidos da América e União Europeia –, bem como a não criação, por meio de pressão sobre o governo israelita, das condições políticas necessárias à rápida activação da ajuda humanitária ao povo massacrado de Gaza, começando por exigir um cessar fogo no território.
Este cessar-fogo urgente foi exigido pelos presentes. Ouviram-se apelos à paz e palavras de ordem como: “GAZA NÃO É PRISÃO! MASSACRE E CERCO NÃO!”, "FIM À VIOLÊNCIA, FIM À OCUPAÇÃO!”, “PAZ NO MÉDIO ORIENTE, PALESTINA INDEPENDENTE.”, “SOLIDARIEDADE JUSTIÇA E PAZ” e “PALESTINA, VENCERÁ!”.
Mais uma vez se apelou ao Governo português para que «actue de forma coerente com os princípios da Carta das Nações Unidas e da Constituição da República Portuguesa, que defendem a abolição do colonialismo e de quaisquer outras formas de agressão, domínio e exploração sobre os povos, e que, em nome da paz, defenda um cessar fogo e a abertura de negociações baseadas no cumprimento do Direito Internacional e das Resoluções da ONU que são claras quanto à necessidade do fim da política de ocupação e opressão por parte de Israel e ao cumprimento do direito do povo palestino à edificação do seu Estado nas fronteiras anteriores a 1967 e com capital em Jerusalém Oriental».
Fotografias: Henrique Borges