Direitos Humanos e Presos Políticos

Forças paramilitares israelitas assaltaram a sede da Defense for Children International – Palestine, em Al-Bireh, a sul de Ramala, na madrugada de ontem, 29 de Julho, e confiscaram computadores, discos rígidos e ficheiros de crianças palestinas presas representadas pelos advogados da DCIP nos tribunais militares de Israel.

Não foram deixados quaisquer documentos que justificassem o motivo da rusga nem foi deixado nenhum recibo do material apreendido.

«Este último acto das autoridades israelitas faz parte de uma campanha contínua para silenciar e eliminar organizações da sociedade civil palestina e de direitos humanos como a DCIP», disse Khaled Quzmar, director-geral da DCIP. «As autoridades israelitas devem pôr imediatamente termo aos esforços destinados a deslegitimar e criminalizar os defensores dos direitos humanos palestinos e as organizações da sociedade civil, e a comunidade internacional deve responsabilizar as autoridades israelitas.»

As imagens de vídeo de vigilância do interior...

As autoridades israelitas recusaram-se a libertar a deputada e dirigente política palestina Khalida Jarrar para assistir ao funeral da sua filha Suha.

Suha Ghassan Jarrar, de 31 anos, investigadora e activista da organização palestina de direitos humanos Al-Haq, morreu de ataque cardíaco na sua casa em Ramala, no domingo à noite.

Grupos de direitos humanos, bem como deputados árabes israelitas, tinham pedido ao Ministro da Segurança Pública israelita, Omer Barlev, que concedesse a Khalida Jarrar uma licença para assistir ao funeral da sua filha.

No mesmo sentido, o Major-General Qadri Abu Bakr, da Comissão Palestina para os Assuntos dos Prisioneiros, tinha pedido a intervenção do Comité Internacional da Cruz Vermelha e a Al-Haq tinha enviado um apelo urgente às Nações Unidas.

Num obituário, a Al-Haq disse que Suha era «uma acérrima defensora dos direitos do povo palestino à autodeterminação, liberdade e dignidade».

Khalida Jarrar foi detida na sua casa em Ramala, em 31 de Outubro de 2019, e...

«Esta noite não somos judeus, somos nazis», lê-se numa das mensagens partilhadas por supremacistas israelitas de extrema-direita posando com armas em fotografias divulgadas nas redes sociais durante a recente vaga de repressão das manifestações de protesto dos cidadãos palestinos de Israel contra os despejos em Jerusalém Oriental e a ofensiva israelita de 11 dias contra a Faixa de Gaza e divulgada num novo relatório da Amnistia Internacional divulgado esta semana.

Segundo a Amnistia Internacional, a polícia israelita cometeu um catálogo de violações contra palestinos em Israel e em Jerusalém Oriental ocupada, levando a cabo uma campanha repressiva discriminatória, incluindo detenções em massa, utilização ilegal da força contra manifestantes pacíficos e sujeição dos detidos a tortura e outros maus-tratos, durante e após as hostilidades armadas em Israel e Gaza.

A polícia israelita também não conseguiu proteger os cidadãos palestinos de Israel de ataques premeditados por grupos de...

O destacado activista político palestino Nizar Banat morreu na madrugada da passada quinta-feira na sequência da sua detenção pelas forças da Autoridade Palestina (AP) na sua residência em Dura, no distrito de Hebron.

A morte de Banat, que tinha 45 anos, foi recebida com protestos nas ruas da Cisjordânia, bem como com críticas de organizações de direitos humanos e de facções palestinas, que apelaram a uma investigação independente.

O governador de Hebron, Jibreen al-Bakri, disse que «a saúde de Banat se deteriorou» quando uma força dos serviços de segurança o foi prender no início da quinta-feira. Acrescentou que ele foi levado para um hospital onde mais tarde foi declarado morto.

Ammar, um primo de Banat, disse que cerca 25 elementos das forças de segurança palestinas assaltaram a casa cerca das 3:30 da manhã, invadiram o quarto em que Nizar estava a dormir e pulverizaram-no com spray de pimenta na boca e nariz. Depois, agrediram-no severamente com bastões de ferro e madeira, tiraram-lhe...

Um milhão de palestinos foram detidos pelas forças israelitas desde a guerra de 1967, de acordo com informações divulgadas neste sábado.

Entre os detidos estiveram cerca de 17 000 mulheres e 50 000 crianças, segundo um relatório conjunto da Clube de Prisioneiros da Sociedade Palestina, da Comissão para os Assuntos dos Detidos e Ex-Detidos, e do Alto Conselho dos Prisioneiros.

Estas organizações revelaram que, desde 1967, se registaram mais de 54 000 ordens de detenção administrativa. A política de detenção administrativa permite às autoridades israelitas prolongar indefinidamente a detenção de um prisioneiro sem acusação ou julgamento.

Durante a guerra do Médio Oriente de 1967, Israel ocupou a Cisjordânia, Jerusalém Oriental, os Montes Golã da Síria e a Península do Sinai do Egipto, que mais tarde foi devolvida ao Egipto no âmbito de um acordo de paz assinado em 1979.

Desde então, 226 detidos palestinos morreram dentro das prisões israelitas, incluindo 73 devido a tortura e 71 devido à...

Assinalando o Dia dos Presos Palestinos, o MPPM – Movimento pelos Direitos do Povo Palestino e pela Paz no Médio Oriente – e a URAP – União de Resistentes Antifascistas Portugueses – , com o apoio do Museu do Aljube, promoveram, na terça-feira, 20 de Abril, uma sessão de solidariedade com os presos e detidos administrativos palestinos nas prisões de Israel.

A sessão foi aberta por Rita Rato, Directora do Museu do Aljube, que destacou o facto de esta iniciativa ter lugar no local onde se situava uma das mais sinistras prisões do fascismo português.

Carlos Almeida, intervindo em representação do MPPM, situou a questão dos presos palestinos no contexto mais geral da ocupação israelita para frisar que é todo um povo que tem a sua liberdade coarctada.

Francisco Canelas, representando a URAP, recordou a solidariedade internacional que os presos políticos portugueses receberam durante a ditadura fascista para afirmar a nossa obrigação de pagar essa dívida de gratidão apoiando, nomeadamente, os...

Neste Dia Internacional para a Eliminação da Discriminação Racial, é oportuno recordar que Israel é um Estado que comprovadamente pratica a discriminação racial, tanto no seu território como nos territórios ocupados sob seu controlo efectivo.

A Convenção Internacional para a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação Racial, de que Israel é Estado Parte, considera que há discriminação racial quando um Estado impõe restrições ou preferências com base, nomeadamente, na origem étnica ou nacional.

No seu último relatório, o Comité para a Eliminação da Discriminação Racial (CERD) – órgão de peritos independentes que monitora a aplicação da Convenção pelos Estados Partes – identifica inúmeras situações que configuram a prática de discriminação racial por parte do Estado de Israel, tanto no seu território como nos territórios ocupados após a guerra de 1967, que estão sob o seu controlo efectivo – Cisjordânia, incluindo Jerusalém Oriental, Faixa de Gaza e Montes Golã — e que o Comité...

No Dia Internacional da Mulher o MPPM homenageia as mulheres que, em todo o mundo e em especial na Palestina, lutam pela liberdade, pela justiça, pela igualdade, contra a discriminação.

As mulheres palestinas, que estão presentes em todos os sectores da vida nacional, participam com todos os palestinos, na luta contra a ocupação e a limpeza étnica, pelo direito a viver num país livre, ao mesmo tempo que desenvolvem a sua luta emancipadora pelo reconhecimento dos seus direitos de mulher.

Uma luta árdua, que se confronta diariamente com uma potência ocupante e anexionista que nega os direitos básicos políticos, económicos, sociais, sanitários.

Uma potência ocupante e anexionista que é um Estado teocrático, que desenvolve uma política de apartheid ao reconhecer direitos apenas com base na pertença religiosa, como ficou consagrado na lei básica "Israel, Estado-nação do povo judaico", aprovada pela Knesset em 19 de Julho de 2018.

Uma potência ocupante e anexionista que impede os palestinos de...

As autoridades israelitas decidiram hoje entregar, na cidade de Belém, o corpo de Daoud al-Khatib, mais de cinco meses após a sua morte numa prisão israelita.

Al-Khatib, de 45 anos, morreu de ataque cardíaco no centro de detenção israelita de Ofer, a oeste de Ramala, no dia 2 de Setembro de 2020, apenas alguns meses antes do fim da sua pena.

Deveria ser libertado a 4 de Dezembro, depois de ter sido condenado a 18 anos de prisão pelo seu alegado envolvimento em actividades anti-ocupação como membro do movimento Fatah.

Segundo a Sociedade dos Prisioneiros Palestinos (PPS), Khatib teve um ataque cardíaco em 2017 e foi submetido a uma cirurgia de coração aberto, mas as condições de saúde sombrias na prisão combinadas com negligência médica por parte dos Serviços Prisionais de Israel contribuíram para a deterioração da sua saúde até à sua morte.

O Supremo Tribunal de Israel decidiu, em 2015, retomar a política de deter os corpos dos palestinos mortos pelo exército ou os que morrem nas prisões...

Cinco menores palestinos disseram ter sido severamente espancados e torturados por soldados e interrogadores israelitas durante a detenção, revelou hoje a Comissão Palestina para os Assuntos dos Detidos e Ex-Detidos, citada pela agência noticiosa Wafa.

A Comissão disse ter recebido declarações ajuramentadas dos cinco menores, que deram pormenores sobre os espancamentos e torturas a que foram sujeitos às mãos de soldados e agentes de segurança israelitas durante a detenção e interrogatório.

Mustafa Salameh, 17 anos, foi detido na casa de família em Azzoun, a leste da cidade de Qalqilya, no norte da Cisjordânia. Foi agredido com as coronhas das armas, espancado e pontapeado, depois empurrado para um jipe do exército e atirado ao chão onde os soldados o pisaram com as botas e o pontapearam enquanto o insultavam.

Mustafa disse na sua declaração ajuramentada que, depois disso, perdeu a consciência durante algum tempo. Quando acordou, encontrava-se no centro de detenção de Jalama, onde mais...