Direitos Humanos e Presos Políticos

A Assembleia da República aprovou nesta sexta-feira, 22 de Novembro, um Voto de «condenação da nova agressão israelita a Gaza e da declaração da Administração Trump sobre os colonatos israelitas».

O MPPM saúda e congratula-se com o facto de o parlamento português, com a nova composição resultante das eleições de 6 de Outubro, reafirmar a solidariedade com o povo palestino e verberar as agressões de que é vítima.

Apresentado pelo grupo parlamentar do PCP, o texto mereceu o voto favorável de PS, BE, PCP, PAN e PEV; votaram contra PSD, CDS-PP, Chega e Iniciativa Liberal; abstiveram-se o Livre e 1 deputado do PS.

O texto do voto aponta a recente agressão israelita contra a Faixa de Gaza, de que resultaram 34 mortos, o desumano bloqueio que a população deste território sofre há 12 anos, assim como a repressão a que diariamente é sujeito todo o povo palestino, de que é exemplo a prisão de dirigentes políticos palestinos, nomeadamente da deputada Khalida Jarrar, de novo sujeita a prisão...

O Clube dos Presos Palestinos informa que as autoridades de ocupação israelitas prenderam 745 palestinos com menos de 18 anos desde o início de 2019 até ao final de Outubro.

Num comunicado publicado na véspera do Dia Internacional da Criança, que por iniciativa da ONU se celebra todos os anos a 20 de Novembro, o Clube dos Presos relata que aproximadamente 200 menores palestinos continuam presos pelas autoridades israelitas nos centros de detenção de Megiddo, Ofer e Damon.

O Clube pormenoriza a gama de violações de direitos cometidas pelas autoridades de ocupação israelitas contra os menores durante o processo de prisão desde o momento da sua brutal detenção, quando são levados de suas casas a meio da noite.

Desde 2015, foram documentados dezenas de casos de menores que foram deliberadamente atingidos a tiro pelas forças de ocupação israelitas no momento da detenção.

Além disso, os menores são transferidos para centros de interrogatório e detenção, mantidos sem comida nem água, severamente...

Três presos palestinos em detenção administrativa nas prisões israeleitas continuam em greve de fome, um deles há 109 dias seguidos, em protesto contra o seu encarceramento ilegal, sem acusação nem julgamento.

Segundo informou este sábado a Comissão dos Presos Palestinos, citada pela agência WAFA, Ismail Ali está em greve de fome há 109 dias. A sua saúde deteriorou-se gravemente devido ao longo jejum: sofreu uma grande perda de peso, perdeu capacidade visual e está incapaz de andar.

Outro detido administrativo, Mosab al-Hindi, está em greve de fome há 47 dias em protesto contra a sua detenção administrativa, foi recentemente transferido para o hospital após um agravamento do seu estado de saúde.

O terceiro grevista da fome, Ahmad Zahran, que está em jejum há 49 dias, também se encontra num estado de saúde grave devido ao seu longo jejum. A sua ordem de detenção administrativa foi prorrogada por mais quatro meses, dois dias antes de terminar a atual.

O regime de detenção administrativa é a...

A dirigente política e ex-deputada palestina Khalida Jarrar foi novamente presa na madrugada desta quinta-feira pelas forças da ocupação israelita. A sua filha Yafa informou através do Twitter que a casa da família, em El Bireh, nos arredores de Ramala, foi assaltada às 3h da madrugada por mais de 70 soldados e 12 veículos militares.

A Frente Popular para a Libertação da Palestina (FPLP), de que  Khalida Jarrar é dirigente, informou num comunicado que as forças de ocupação sionistas lançaram hoje uma campanha de prisões em larga escala de militantes seus, incluindo a ex-deputada e o dirigente Ali Jaradat, além de dezenas de quadros de diferentes partes da Cisjordânia ocupada.

No comunicado a FPLP exortou também a Autoridade Palestina e os seus serviços de segurança a interromperem todas as formas de coordenação de segurança com as forças de ocupação.

A advogada de Khalida Jarrar, Sahar Francis, da Addameer – Associação de Apoio e Direitos Humanos dos Presos, declarou ao jornal israelita H...

Heba al-Labadi, presa política palestina em greve de fome, descreveu os pormenores do seu interrogatório pelas forças israelitas e as formas de tortura a que foi sujeita para a forçar a terminar o seu protesto.

Heba al-Labadi, de 24 anos, cidadã palestino-jordana, foi detida pelas forças israelitas em 20 de Agosto ao atravessar a fronteira com a Jordânia. Na companhia da mãe, viajava para assistir ao casamento de um familiar na Cisjordânia ocupada.

Logo a seguir a ser presa foi despida e foram-lhe colocadas algemas e correntes nas pernas, sendo depois vendada e transferida para o centro de detenção Bitah-Tikva. Nos primeiros 16 dias de detenção foi aí interrogada durante 20 horas por dia, com apenas dois intervalos para as refeições.

Nos primeiros 25 dias de prisão foi-lhe negada a visita de advogados, e só 32 dias após ser presa é que foi transferida de um centro de interrogatório para uma prisão.

Só em 3 de Outubro é que o seu advogado foi autorizado a visitá-la.

Segundo o jornal...

Sete palestinos em detenção administrativa estão actualmente em greve de fome por tempo indeterminado, protestando contra o facto de estarem presos por Israel sem julgamento.

Os sete presos palestinos em greve de fome são os seguintes:

• Ahmed Ghannam, de 42 anos, que iniciou sua greve de fome há 79 dias, em 14 de Julho, dia em que foi preso e detido sem acusação; a sua detenção administrativa foi renovada em 6 de Setembro. Esteve preso três vezes, passando um total de nove anos em prisões israelitas.

• Tareq Qadan, de 46 anos, em greve de fome há 62 dias. Foi preso 17 vezes pelas forças israelitas desde 1989 e passou quase 11 anos na prisão, a maior parte em detenção administrativa.

• Ismail Ali, de 30 anos, em greve de fome há 69 dias. Preso em Janeiro, iniciou a greve de fome em Junho, após a renovação dos primeiros seis meses da sua detenção administrativa. Esteve preso anteriormente, tendo passado quase sete anos nas prisões de Israel.

• Ahmad Zahran, de 42 anos, em greve de fome há...

O preso palestino Samer Arbid foi hospitalizado em estado crítico em resultado da brutal tortura a que foi sujeito desde quarta-feira, informou este domingo a Addameer (Associação de Apoio e Direitos Humanos dos Presos).

Arbid, de 44 anos, foi preso por uma unidade especial das forças de ocupação israelitas na quarta-feira, 25 de Setembro. Durante a prisão, foi duramente espancado pelas forças israelitas. Foi depois levado para o centro de interrogatório de al-Mascobiyya, em Jerusalém.

Em comunicado divulgado no dia 28, o departamento de informações israelita afirma que foram usadas nos interrogatórios «técnicas extremas e excepcionais», um eufemismo que significa tortura.

Samir Arbid é acusado de ser membro da FPLP (Frente Popular de Libertação da Palestina) e de ter organizado um ataque perto do colonato israelita ilegal de Dolev, na Cisjordânia ocupada, de que resultou a morte de um colono israelita, em Agosto passado. O Shin Bet (serviço de segurança interno israelita) declarou no...

A Comissão de Assuntos dos Presos e ex-Presos palestinos informou que cerca de 100 presos palestinos nas prisões israelitas iniciaram uma greve de fome há vários dias, protestando contra a instalação de dispositivos inibidores de sinal que prejudicam a sua saúde.

O Comité informa num comunicado que o Serviço Prisional de Israel transferiu os presos em greve das cadeias de Ramon e Eshil, do campo de detenção do Negev e de várias outras prisões para as secções 1 e 3 da prisão de Nafha, no Sul de Israel.

Os presos exigem a remoção dos dispositivos inibidores de sinal e a instalação de telefones públicos nas prisões para poderem contactar as  suas famílias, conforme acordado em Abril passado, tendo entrado em greve de fome depois de falharem as negociações com o SPI.

O comunicado acrescenta que Israel está a sujeitar os presos a pressões psicológicas, para além de repetidas rusgas nas celas, para os forçar a pôr fim à greve sem qualquer negociação das suas reivindicações.

Dados da Addameer...

As forças de ocupação israelitas assaltaram, na madrugada de ontem, quinta-feira, em Ramala, a sede da Addameer, uma organização que defende os direitos humanos dos presos palestinos, tendo roubado computadores, diverso material informático, livros e documentos.

Foi também assaltada a sede da União Geral de Trabalhadores do Sector de Serviços, tendo as forças de ocupação destruído mobiliário e roubado computadores e documentos. Os assaltantes feriram, com balas de borracha, cinco jovens palestinos que tentaram opor-se ao assalto e que tiveram de ser hospitalizados.

Segundo a agência WAFA, na noite de quinta-feira as forças israelitas ocuparam o centro de Ramala e assaltaram diversos edifícios e cafés. Isto, não obstante Ramala estar incluída na área A dos Acordos de Oslo que deveria se de inteira responsabilidade, civil e de segurança, da Autoridade Palestina.

A Addameer denuncia que este é o terceiro assalto de soldados israelitas à sua sede desde 2002. Ao longo dos anos, as autoridades...

No domingo 8 de Setembro, morreu numa prisão israelita o preso palestino Bassam al-Sayeh, em circunstâncias que levantam suspeitas de negligência médica intencional.

Trata-se já do terceiro palestino a morrer nos cárceres israelitas em 2019, informa a Addameer (Associação de Apoio e Direitos Humanos dos Presos).

Bassam Al-Sayyeh, jornalista, de 47 anos, foi preso em 8 de Outubro de 2015 no tribunal militar de Salem quando assistia ao julgamento da sua esposa.

Sofria de cancro ósseo desde 2011, e apesar da sua situação de saúde, as forças de ocupação israelitas transferiram-no para o centro de interrogatórios de Petah Tikva.

Nessa altura, Al-Sayyeh informou o advogado da Addameer, durante uma visita, de que era interrogado diariamente durante longas horas, tendo desmaiado várias vezes durante os interrogatórios e na cela.

Esteve cerca de 20 dias sem qualquer assistência ou tratamento médico. 

Devido à tortura, à negligência médica e ao protelamento na prestação dos cuidados médicos de que...