A activista palestina Rasmea Odeh foi impedida de falar numa iniciativa em Berlim sobre as mulheres palestinas na luta pela libertação e será expulsa da Alemanha.
Após uma intensa campanha de jornalistas pró-israelitas, do embaixador de Israel e do embaixador dos Estados Unidos na Alemanha (conhecido pelas suas ligações a grupos de extrema direita), e em que participaram também apoiantes do partido de extrema-direita AfD (Alternativa para a Alemanha), as autoridades de Berlim declararam na noite desta sexta-feira, 15 de Março, que Rasmea Odeh estava proibida de actividade política e que o seu visto seria cancelado, implicando a sua expulsão do país.
Rasmea Odeh deveria participar num evento a ter lugar num centro cultural do bairro de Kreuzberg, em Berlim. Nos dias anteriores ao evento a sala onde iria falar foi atacada e vandalizada e o pessoal recebeu telefonemas ameaçadores.
Israel não só não esconde como até se vangloria das suas actividades de pressão e ingerência. Gilad Erdan, o...
A deputada palestina Khalida Jarrar foi libertada na manhã desta quinta-feira, 28 de Fevereiro, após 20 meses de detenção administrativa (prisão sem julgamento nem culpa formada).
Khalida Jarrar é dirigente da Frente Popular para a Libertação da Palestina (FPLP) e deputada ao Conselho Legislativo Palestino (parlamento), chefiando o seu comité de presos, e é também representante palestina no Conselho da Europa.
Numa entrevista imediatamente após a sua libertação, Khalida Jarrar afirmou que «os presos são parte integrante do movimento do povo palestino, e a sua mensagem é sempre a unidade». Destacou também as condições das mulheres palestinas presas e o seu papel no movimento dos presos.
A família da dirigente palestina foi informada de que ela seria libertada no checkpoint (posto de controlo) de Jalameh por volta das 12 horas, mas em vez disso foi solta às 4h da manhã num local diferente e afastado de tudo. A família está convencida de que a mudança de horário e local foi uma tentativa...
O governo israelita decidiu deduzir 500 milhões de shekels (cerca de 122 milhões de euros) das verbas transferidas para a Autoridade Palestina, que provêm de impostos cobrados em seu nome por Israel.
Os cortes efectuados por Israel, cerca de 5% das transferências devidas, correspondem ao montante que a Autoridade Palestina despende no apoio financeiro aos presos e ex-presos palestinos nas cadeias de Israel, bem como às famílias dos mortos e feridos pelo Estado sionista.
A medida foi anunciada pelo Gabinete de Segurança de Israel este domingo, pondo em prática uma lei aprovada pelo Knesset (parlamento) em Julho passado.
Israel tem utilizado repetidamente o congelamento do dinheiro dos impostos como meio de pressão sobre os palestinos, violando o que está estabelecido em matéria fiscal nos Protocolos de Paris de 1994, parte integrante dos Acordos de Oslo.
Trata-se de mais um inaceitável método para tentar cortar os meios de subsistência dos que não se resignam à opressão sionista, para...
Em Janeiro de 2019 Israel prendeu 509 palestinos de Jerusalém e da Cisjordânia ocupados e da Faixa de Gaza, incluindo 89 menores e oito mulheres, informam grupos de defesa dos presos palestinos.
A Sociedade dos Presos Palestinos (PPS), a Comissão dos Assuntos dos Presos e ex-Presos Palestinos e a Addameer (Associação de Apoio e Direitos Humanos dos Presos) denunciaram num comunicado conjunto que as autoridades israelitas detiveram 102 palestinos de Jerusalém Oriental, 88 de Ramala, 80 de Hebron, 55 de Jenin, 62 de Belém, 30 de Nablus, 30 de Tulkarm, 25 de Qalqilya, 8 de Toubas, 6 de Salfit, 10 de Jericó e 10 da Faixa de Gaza.
O comunicado conjunto afirma que, em 31 de Janeiro de 2019, o número de palestinos encarcerados nas prisões israelitas se eleva assim a cerca de 5700. Neste total incluem-se 48 mulheres e 230 menores de 18 anos.
As autoridades de ocupação israelitas emitiram 95 ordens de detenção administrativa, sendo 45 renovações e 50 novas. O número de presos em regime de detenção...
«Não há região do Mundo onde a Paz e os Direitos Humanos estejam mais ameaçados que no Médio Oriente», afirmou Jorge Cadima na sessão realizada na Casa do Alentejo, em Lisboa, por iniciativa das organizações e entidades promotoras do Encontro pela Paz (Loures, 20 de Outubro de 2018) no quadro do 70º Aniversário da Declaração Universal dos Direitos Humanos.
Jorge Cadima, que falava em representação do MPPM, fundamentou a sua afirmação ilustrando-a com algumas notícias recentes:
- Um relatório do OCHA (Escritório das Nações Unidas para a Coordenação dos Assuntos Humanitários) divulgado no final de Dezembro passado revelava que um total de 295 palestinos foram mortos e mais de 29 000 foram feridos em 2018 pelas forças israelitas. Num outro relatório divulgado na mesma altura, a Comissão dos Presos Palestinos informava que em 2018 Israel deteve 6489 palestinos, incluindo 1063 crianças, 140 mulheres, seis parlamentares e 38 jornalistas, e emitiu também 988 ordens de detenção administrativa.
Nos últimos dois dias, forças do Serviço Prisonal de Israel invadiram a prisão de Ofer, perto da cidade de Ramala, na Cisjordânia ocupada, e atacaram os presos palestinos aí encarcerados.
As forças repressivas israelitas usaram balas de aço revestidas de borracha, bombas de gás lacrimogéneo, cães militares e bombas sonoras contra os presos. Foram também totalmente queimadas três celas.
Cerca de 150 presos foram feridos durante o ataque, incluindo pelo menos seis com ossos partidos e cerca de 40 outros que sofreram ferimentos na cabeça.
A maioria dos ferimentos foram causados por balas de aço revestidas de borracha, refere a Sociedade dos Presos Palestinos (PPS), e muitos dos presos foram transferidos para hospitais. Cerca de 20 permanecem hospitalizados.
Posteriormente várias unidades militares israelitas invadiram duas outras prisões, a prisão de Nafha na região de Negev/Naqab, no Sul de Israel, e a prisão de Gilboa, no Norte.
Trata-se do maior ataque aos presos palestinos em mais de uma...
O MPPM — Movimento pelos Direitos do Povo Palestino e pela Paz no Médio Oriente saúda e associa-se à Semana Internacional pela Liberdade de Ahmad Sa’adat, que decorre entre 15 de 22 de Janeiro. Ahmad Sa’adat, que é deputado ao Conselho Legislativo Palestino (parlamento), foi condenado a 30 anos de prisão em Dezembro de 2008 por um tribunal militar israelita, acusado de dirigir uma «organização terrorista ilegal», ou seja, por ser um dirigente da resistência palestina à ocupação e repressão sionistas — secretário-geral da Frente Popular para a Libertação da Palestina — eleito após o secretário-geral anterior ter sido assassinado por Israel. Mesmo dentro das prisões Ahmad Sa’adat prosseguiu a luta, participando em todas as greves da fome, protestos e lutas do movimento dos presos políticos palestinos. Esteve sujeito a mais de três anos de prisão solitária, até que em 2012 uma greve da fome maciça obteve o seu retorno ao regime prisional geral. Ahmad Sa’adat e outros destacados...
O preso palestino Karim Younis iniciou no domingo o seu 37.º ano encarcerado nas cadeias israelitas. Preso há quase quatro décadas, Karim Younis é o mais antigo preso político da história.
Segundo o Clube dos Presos Palestinos, Younis foi preso pelas forças de ocupação israelitas a 6 de Janeiro de 1983, quando tinha 25 anos, e foi condenado a prisão perpétua pela sua participação na resistência.
Younis é um dos 27 presos políticos palestinos encarcerados desde antes dos Acordos de Oslo que deveriam ter sido libertados ao abrigo de um entendimento alcançado em 2013 entre Israel e a Autoridade Palestina. No entanto, Israel recusou-se a libertá-los.
O seu pai morreu em 2013 e o estado de saúde de sua mãe impossibilitou-a de o visitar quando há dois anos foi transferido para a prisão de Al-Naqab, no deserto de Negev. Recentemente retornou à cadeia de Hadrim, onde sua mãe já tem a possibilidade de o ver.
Palestino cidadão de Israel, Karim Younis nasceu em 24 de Dezembro de 1956 em Ar'ara, no...
O ministro da Segurança Pública de Israel, Gilad Erdan, apresentou hoje, quarta-feira, planos para piorar as condições dos presos políticos palestinos nas prisões israelitas. Entre as medidas anunciadas contam-se o racionamento da água, incluindo a limitação dos duches, a limitação do acesso de presos à televisão, o bloqueio das verbas provenientes da Autoridade Palestina, a redução da autonomia dos presos e o fim da separação entre presos do Hamas e da Fatah, movimentos políticos rivais, e a redução do número de visitas familiares. Erdan declarou que as visitas familiares já haviam sido interrompidas para os presos pertencentes ao Hamas.
«O plano também inclui impedir que membros do Knesset [parlamento de Israel] visitem os detidos palestinos», afirmou Erdan. Esta ameaça já não é nova, e visa os deputados da Lista Conjunta, na sua maioria são palestinos cidadãos de Israel, que têm manifestado repetidamente a sua solidariedade com os presos políticos palestinos, nomeadamente por ocasião...
Um total de 295 palestinos foram mortos e mais de 29 000 foram feridos em 2018 pelas forças israelitas, informa o OCHA (Escritório das Nações Unidas para a Coordenação dos Assuntos Humanitários) num relatório divulgado no final da semana passada.
Trata-se do maior número de mortos num único ano desde a agressão israelita à Faixa de Gaza em 2014 (a chamada «Operação Margem Protectora») e o maior número de feridos registados desde que em 2005 o OCHA começou a documentar as baixas nos territórios palestinos ocupados (TPO).
Cerca de 61% das mortes (180 pessoas) e 79% dos ferimentos (mais de 23.000) ocorreram no contexto das manifestações da Grande Marcha do Retorno (iniciada em 30 de Março), junto à vedação com que Israel encerra a Faixa de Gaza. No conjunto dos TPO, 57 dos palestinos mortos e cerca de 7000 dos feridos eram menores de 18 anos.
Registou-se também um aumento da violência dos colonos vivendo nos colonaros israelitas nos TPO (todos ilegais à luz do direito internacional) contra a...