150 presos palestinos feridos por forças israelitas na prisão de Ofer
Nos últimos dois dias, forças do Serviço Prisonal de Israel invadiram a prisão de Ofer, perto da cidade de Ramala, na Cisjordânia ocupada, e atacaram os presos palestinos aí encarcerados.
As forças repressivas israelitas usaram balas de aço revestidas de borracha, bombas de gás lacrimogéneo, cães militares e bombas sonoras contra os presos. Foram também totalmente queimadas três celas.
Cerca de 150 presos foram feridos durante o ataque, incluindo pelo menos seis com ossos partidos e cerca de 40 outros que sofreram ferimentos na cabeça.
A maioria dos ferimentos foram causados por balas de aço revestidas de borracha, refere a Sociedade dos Presos Palestinos (PPS), e muitos dos presos foram transferidos para hospitais. Cerca de 20 permanecem hospitalizados.
Posteriormente várias unidades militares israelitas invadiram duas outras prisões, a prisão de Nafha na região de Negev/Naqab, no Sul de Israel, e a prisão de Gilboa, no Norte.
Trata-se do maior ataque aos presos palestinos em mais de uma década, afirma a PPS, acrescentando que ele representa «um grave perigo para a vida e o destino dos presos».
«O ministro da Segurança Pública de Israel, Gilad Erdan, está a lançar ataques coordenados contra os presos. A estratégia é retirar todos os seus direitos, pelos quais eles lutaram durante anos», declarou Abdullah al-Zghari, director da PPS.
Mais de 1200 palestinos estão actualmente encarcerados em Ofer, incluindo alguns que se encontram em detenção administrativa (prisão sem julgamento nem culpa formada por períodos de até seis meses indefinidamente renováveis). Pelo menos 180 são menores.
Segundo dados da Addameer (Associação de Apoio e Direitos Humanos dos Presos), existem actualmente 5500 presos palestinos encarcerados nas prisões israelitas, dos quais 480 estão em detenção administrativa, 54 são mulheres, 230 são menores e 41 têm menos de 16 anos.