Direitos Humanos e Presos Políticos

A Assembleia da República aprovou ontem, 11 de Maio, um voto de solidariedade com os 1500 presos políticos palestinos que se encontram em greve da fome desde o dia 17 de Abril. O texto foi proposto pelos deputados Bruno Dias e António Filipe (PCP), Joana Mortágua e Pedro Filipe Soares (BE) e Heloisa Apolónia (PEV).
O MPPM saúda e congratula-se com esta importante manifestação de solidariedade por parte de um órgão de soberania do Estado português.
Publicamos seguidamente o texto integral do voto de solidariedade, de que foram aprovados os pontos 1 (a favor: PS, BE, PCP, PEV e PAN; contra: PSD, CDS-PP e 1 deputada do PS) e 3 (a favor: PSD, PS, BE, CDS-PP, PCP, PEV e PAN; abstenção: 2 deputados do PS), tendo sido rejeitado o ponto 2 (a favor: BE, PCP, PEV, PAN e 4 deputados do PS; contra: PSD, CDS-PP e 1 deputada do PS; abstenção: 2 deputados do PS).
«VOTO DE SOLIDARIEDADE N.º 302/XIII
Hoje, 11 de Maio, o Comité Central da Fatah, o maior movimento político palestino, apelou oficialmente a todos os seus membros que se encontram nas prisões israelitas a participarem na Greve da fome pela Liberdade e a Dignidade, que vai já o seu 25.º dia. A decisão aplicar-se-ia a todos os presos do sexo masculino, com excepção dos doentes e menores.
Segundo o Clube dos Presos Palestinos, esta decisão da Fatah iria acrescentar 1000 novos presos aos cerca de 1500 que desde 17 de Abril se encontram em greve da fome.
Já hoje cerca de 100 presos palestinos de todas as filiações políticas terão aderido à greve, informa a Samidoun (rede de solidariedade com os presos palestinos).
Cinquenta dirigentes do movimento dos presos palestinos, de todas as principais facções políticas, vão juntar-se à greve da fome maciça nas prisões israelitas, que já leva 18 dias, informou o comité dos presos das Forças Islâmicas e Nacionais Palestinas.
Cerca de 1500 presos palestinos lançaram a greve da fome no dia 17 de Abril, e dezenas de outros juntaram-se-lhes desde então. Durante a greve os presos só têm consumido sal e água, sem aditivos, vitaminas ou outros suplementos.
Entre os 50 presos que deveriam começar hoje a greve encontram-se Ahmad Sa'adat, secretário-geral da Frente Popular para a Libertação da Palestina (FPLP), Abbas al-Sayyid, líder do comité de direcção dos presos do Hamas, e Zayid Bseisi, chefe de comité supremo de direcção dos presos da Jihad Islâmica.
O Sindicato dos Jornalistas Palestinos denunciou a repressão violenta de uma manifestação pacífica em Jerusalém Oriental ocupada realizada ontem, 29 de Abril, segundo informa a agência noticiosa palestina Ma'an. O sindicato afirma num comunicado divulgado que 13 jornalistas palestinos ficaram feridos ao tentarem cobrir a manifestação.
A polícia israelita tinha evacuado à força um sit-in pacífico organizado junto à Porta de Damasco da Cidade Velha de Jerusalém, com o objectivo de expressar apoio aos cerca de 1500 presos políticos palestinos que estão em greve da fome nas prisões israelitas desde há 14 dias.
Depois de desfilarem pelas ruas, gritando palavras de ordem de solidariedade com os grevistas da fome, os manifestantes foram perseguidos pela polícia israelita a cavalo. A polícia também rasgou e confiscou retratos de presos palestinos que os manifestantes levavam. As forças israelitas agrediram e detiveram quatro activistas.
Dezenas de pessoas ficaram hoje feridas em resultado de confrontos entre palestinos e forças militares israelitas na Margem Ocidental ocupada, informa a Press TV. Os manifestantes demonstravam a sua solidariedade, no quadro do «Dia de Raiva» convocado pelo movimento Fatah, com os 1500 presos nas cadeias israelitas que se encontram em greve da fome por tempo indeterminado.
Segundo o jornal israelita Haaretz, houve protestos e confrontos em cerca de 15 cidades e campos de refugiados, incluindo Tuqu, Yatta, Al-Arroub e Qalandiyah, onde os manifestantes queimaram pneus. Soldados israelitas usaram gás lacrimogéneo e dispararam balas reais e revestidas de borracha.
O Crescente Vermelho palestino referiu que pelo menos 60 pessoas foram feridas por balas reais ou revestidas de borracha ou devido à inalação de gás lacrimogéneo.
Uma greve geral teve lugar hoje, 27 de Abril, em toda a Margem Ocidental e em Jerusalém Oriental ocupadas, informa a agência noticiosa palestina Ma'an. Milhares de palestinos fecharam as suas lojas e empresas em solidariedade com os cerca de 1500 presos palestinos em greve da fome — a greve «Liberdade e Dignidade».
Esta greve geral, no 11.º dia da greve da fome maciça dos presos, realiza-se na véspera do Dia de Raiva convocado pelo movimento Fatah para 28 de Abril, durante o qual é de prever que ocorram choques de palestinos com as forças israelitas para demonstrar a solidariedade com os presos.
As ruas normalmente movimentadas de cidades, vilas, aldeias e campos de refugiados da Margem Ocidental estavam quase vazias. Lojas, instituições, bancos e escolas estavam fechadas em apoio aos grevistas da fome.
Dezenas de presos palestinos juntaram-se à greve da fome maciça que está em curso nas prisões israelitas, acção de protesto que hoje atingiu o oitavo dia, relata a Press TV.
A comissão de média criada para apoiar a greve «Liberdade e Dignidade» informou que seis palestinos encarcerados na prisão israelita de Meggido começaram a recusar comida na passada quinta-feira, 20 de Abril, juntando-se aos seus 1500 camaradas que estão actualmente em greve da fome.
Segundo esta informação, os seis presos foram colocados em isolamento no domingo, dia em que mais 34 detidos na prisão de Meggido aderiram à greve da fome.
O apelo para a greve da fome partiu de Marwan Barghouti, dirigente da Fatah, mas neste momento é seguida por presos palestinos de todo o espectro político. A greve teve início em 17 de Abril, Dia dos Presos Palestinos, em protesto contra as más condições existentes nas prisões israelitas.
Cerca de 1500 presos palestinos entraram hoje no terceiro dia da greve da fome «Liberdade e Dignidade». Os presos exigem que as autoridades prisionais israelitas lhes concedam direitos básicos como visitas regulares, reclamando também o fim da negligência médica, do isolamento, da detenção administrativa, entre uma longa lista de outras exigências apresentadas pelo movimento Fatah e por Marwan Barghouthi, um seu dirigente preso desde 2002. A greve começou no Dia dos Presos Palestinos, 17 de Abril.
Convocada por presos filiados na Fatah, posteriormente comprometeram-se a realizar a greve da fome presos palestinos de todo o espectro político, incluindo a FPLP, que inicialmente tinha expresso reservas.
No dia 17 de Abril, Dia dos Presos Palestinos, o MPPM reafirma a sua solidariedade com os presos e detidos administrativos palestinos nas prisões de Israel. Ao mesmo tempo que reitera o apoio à sua corajosa luta pela liberdade do seu povo, pelo reconhecimento da sua condição de presos políticos e contra as degradantes condições a que são submetidos nas prisões israelitas, com destaque para as prolongadas greves da fome, o MPPM envia uma saudação solidária a todas e todos os resistentes palestinos encarcerados por Israel.
Neste dia o MPPM junta a sua voz a todos aqueles que, na Palestina e no mundo inteiro, realizam acções de solidariedade com os palestinos presos por Israel por resistirem à ocupação e à repressão sionistas e exigem o respeito pelos seus direitos e a sua libertação.

No dia 17 de Abril, Dia dos Presos Palestinos, o MPPM reafirma a sua solidariedade com os presos e detidos administrativos palestinos nas prisões de Israel. Ao mesmo tempo que reitera o apoio à sua corajosa luta pela liberdade do seu povo, pelo reconhecimento da sua condição de presos políticos e contra as degradantes condições a que são submetidos nas prisões israelitas, com destaque para as prolongadas greves da fome, o MPPM envia uma saudação solidária a todas e todos os resistentes palestinos encarcerados por Israel.

Neste dia o MPPM junta a sua voz a todos aqueles que, na Palestina e no mundo inteiro, realizam acções de solidariedade com os palestinos presos por Israel por resistirem à ocupação e à repressão sionistas e exigem o respeito pelos seus direitos e a sua libertação.

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