No 36.º dia de greve da fome dos presos, greve geral palestina nos Territórios Ocupados e em Israel

Os palestinos observaram hoje, 22 de Maio, uma greve geral, fechando empresas e instituições, para apoiar os 1500 presos políticos palestinos que estão em greve de fome nas prisões israelitas desde 17 de Abril.
Segundo a comissão de média para a Greve da Fome Liberdade e Dignidade, é «a primeira vez desde a Primeira Intifada palestina (1987-1993) que uma greve geral é observada na Margem Ocidental ocupada, no território palestino ocupado em 1948 [actual Israel] e na diáspora».
Na Margem Ocidental ocupada, fecharam escolas, bancos e transportes públicos, enquanto os hospitais e serviços de emergência continuaram a funcionar.
O Alto Comité de Acompanhamento para os Cidadãos Árabes [Palestinos] de Israel sublinhou que todos os cidadãos palestinos de Israel deveriam aderir à greve geral, com excepção das escolas e serviços de emergência.
A greve geral ocorreu no dia em que chegou a Israel o presidente estado-unidense Donald Trump. Para amanhã, 23 de Maio, está marcado um «dia de raiva», coincidindo com a deslocação de Trump a Belém, na Margem Ocidental ocupada, para um encontro com Mahmoud Abbas, presidente da Autoridade Palestina. São de prever confrontos entre palestinos e as forças israelitas em toda a Margem Ocidental.
Os presos em greve de fome reivindicam direitos básicos como visitas familiares, o direito de prosseguir estudos, cuidados médicos apropriados e o fim da prisão em isolamento e da detenção administrativa, sem julgamento nem acusação.
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