No dia 34.º de greve da fome, saúde dos presos degrada-se, solidariedade prossegue

No dia em que cerca de 1500 presos políticos palestinos nas cadeias de Israel entraram no 34.º dia de greve da fome, um grupo de presos foram hoje, 20 de Maio, transferidos para um hospital civil israelita.
O Serviço Prisional de Israel (IPS) transferiu um grupo de grevistas de fome palestinos para Centro Médico Barzilai, na cidade isarelita de Ashkelon, depois de os presos terem gradualmente parado de beber de água e de a sua saúde ter atingido um estado crítico.
O governo israelita continua as suas tentativas de neutralizar a direcção da greve da fome e a recusar negociações directas com os seus líderes, nomeadamente Marwan Barghouthi, dirigente da Fatah condenado a cinco penas de prisão perpétua. No entanto, os grevistas mantêm-se unidos com os dirigentes da greve.
A greve da fome dos presos reivindica direitos básicos como visitas familiares, o direito de prosseguir estudos, cuidados médicos apropriados e o fim da prisão em isolamento e da detenção administrativa, sem julgamento nem acusação.
Entretanto, prosseguem na Palestina as acções de solidariedade com os presos em greve da fome. Ontem, 19 de Maio, milhares de pessoas manifestaram-se em solidariedade com os presos em diferentes partes da Margem Ocidental ocupada e perto da cerca de segurança que encerra hermeticamente a Faixa de Gaza. Durante confrontos com as forças israelitas, 164 palestinos ficaram feridos por tiros de gás lacrimogéneo, balas reais e balas de borracha, informou o Crescente Vermelho palestino.
Por outro lado, segundo informa a agência palestina Ma'an, diversas facções nacionalistas e islamistas lançaram um apelo a um «dia de raiva» em apoio aos presos em greve da fome na próxima terça-feira, coincidindo com a visita do presidente estado-unidense Donald Trump à cidade palestina de Belém, na Margem Ocidental ocupada. O apelo teve o apoio do Alto Comité de Seguimento dos Cidadãos Árabes [palestinos] de Israel.
 
Print Friendly, PDF & Email
Share