Actualidade

As autoridades israelitas fecharam esta quarta-feira de manhã várias instituições palestinas na cidade ocupada de Jerusalém por um período de seis meses.

Segundo informa a agência palestina WAFA, a polícia israelita invadiu os escritórios da Palestine TV e afixou um aviso encerrando o escritório durante seis meses, alegadamente por planear realizar actividades sob os auspícios da Autoridade Palestina.

O director da produtora al-Araz, que hospeda a Palestine TV, foi temporariamente detido, enquanto uma correspondente do canal foi convocada para interrogatório.

A polícia do Estado sionista invadiu também a Direcção de Educação e Ensino Superior em Jerusalém, onde afixou um aviso semelhante de encerramento durante seis meses, sob o mesmo pretexto, e deteve o seu chefe.

Foi também alvo de uma rusga da polícia a Escola do Orfanato Islâmico, na Cidade Velha de Jerusalém, onde foram apreendidos todos os registos e câmaras de vigilância.

O Clube dos Presos Palestinos informa que as autoridades de ocupação israelitas prenderam 745 palestinos com menos de 18 anos desde o início de 2019 até ao final de Outubro.

Num comunicado publicado na véspera do Dia Internacional da Criança, que por iniciativa da ONU se celebra todos os anos a 20 de Novembro, o Clube dos Presos relata que aproximadamente 200 menores palestinos continuam presos pelas autoridades israelitas nos centros de detenção de Megiddo, Ofer e Damon.

O Clube pormenoriza a gama de violações de direitos cometidas pelas autoridades de ocupação israelitas contra os menores durante o processo de prisão desde o momento da sua brutal detenção, quando são levados de suas casas a meio da noite.

Desde 2015, foram documentados dezenas de casos de menores que foram deliberadamente atingidos a tiro pelas forças de ocupação israelitas no momento da detenção.

Em mais uma grosseira afronta ao direito internacional, o secretário de Estado dos EUA, Michael Pompeo, declarou esta segunda-feira que a administração Trump não considera ilegais os colonatos israelitas na Cisjordânia ocupada.

«A criação de colonatos civis israelitas na Cisjordânia não é, por si só, inconsistente com o direito internacional», afirmou Pompeo.

Trata-se de uma flagrante falsidade. Na realidade, a Quarta Convenção de Genebra sobre as leis da guerra proíbe explicitamente a transferência de civis da potência ocupante (neste caso Israel) para territórios ocupados.

A Organização de Libertação da Palestina saudou a votação na ONU a favor da renovação do mandato da Agência das Nações Unidas para os Refugiados da Palestina (UNRWA) por mais três anos, contrariando os intentos dos EUA e de Israel.

A Comissão Especial de Política e Descolonização (Quarta Comissão) da Assembleia Geral da ONU aprovou no dia 15 de Novembro a extensão do mandato da UNRWA até 2023. No próximo mês a Assembleia Geral votará em sessão plenária sobre a resolução adoptada pela Quarta Comissão.

Hanan Ashrawi, membro do Comité Executivo da OLP, saudou o esmagador apoio internacional que os Estados membros deram na Quarta Comissão da Assembleia Geral da ONU à renovação do mandato da UNRWA, afirmando:  «É uma vitória retumbante do direito internacional, da justiça, dos refugiados palestinos e da agência da ONU que tão bem os tem servido há sete décadas, apesar dos obstáculos aparentemente intransponíveis.»

O fotojornalista Moath Amarneh perdeu a visão no olho esquerdo depois de ser gravemente ferido por uma bala de borracha disparada por um soldado israelita quando cobria um protesto de palestinos no Sul da Palestina ocupada.

Além do jornalista, as forças de ocupação israelitas feriram, com balas de metal revestidas de borracha e cartuchos de gás lacrimogéneo, vários palestinos que participavam em Surif, perto de Hebron, num protesto contra o confisco pelas autoridades israelitas de terras destinadas à construção de colonatos judaicos.

Moath Amarneh foi transportado para um hospital para tratamento, mas os médicos não conseguiram salvar-lhe o olho.

O Sindicato dos Jornalistas Palestinos condenou o ataque deliberado do exército israelita a um colega que envergava um colete à prova de balas com a palavra «Press» perfeitamente visível e pediu que «as instituições internacionais actuem rapidamente para parar essa violência contra a imprensa na Palestina».

O Movimento da Jihad Islâmica Palestina declarou um cessar-fogo após dois dias de hostilidades, iniciadas na madrugada de terça-feira quando Israel assassinou um comandante deste movimento de resistência, bem como a sua esposa, num ataque contra a sua casa, em Gaza.

Na madrugada de 12 de Novembro, a Força Aérea de Israel atacou e matou Baha Abu al-Ata, um comandante da ala armada da Jihad Islâmica Palestina, e sua esposa, enquanto dormiam em sua casa.

Um ataque semelhante atingiu também na terça-feira a casa de outro comandante da Jihad Islâmica em Damasco, na Síria.

Segundo o Ministério da Saúde palestino (MS) em Gaza, 34 pessoas foram mortas pelos ataques israelitas contra o enclave costeiro palestino, incluindo 23 homens, oito crianças e três mulheres. O Ministério da Saúde informou também que 111 palestinos ficaram feridos, incluindo pelo menos 41 crianças e 13 mulheres.

Uma centena de organizações europeias, entre as quais o MPPM, dirigiu esta carta ao CEiiA (Centro de Engenharia e Desenvolvimento de Produto), manifestando a sua firme oposição à contratação de drones Hermes 900, da empresa israelita Elbit Systems, para serviço da EMSA e dos estados membros da UE, tendo  em consideração o envolvimento da Elbit Systems, e do Hermes 900, em ataques criminosos contra civis palestinos, conforme amplamente referido por observadores internacionais independentes.

11 de Novembro de 2019
Ao CEO do CeiiA
Caro Engenheiro José Rui Felizardo:

As forças de ocupação israelitas mataram a tiro um jovem palestino nesta segunda-feira num campo de refugiados de Al-Aroub, perto da cidade de Hebron, no Sul da Cisjordânia ocupada.

Omar Haitham al-Badawi, de 22 anos, foi atingido por tiros israelitas à porta de sua casa, no campo de refugiados, informou o Ministério da Saúde da Palestina. O jovem, com um ferimento de bala, foi levado para o hospital de Hebron, onde sucumbiu aos seus ferimentos.

Um vídeo que circulou nas redes sociais mostra al-Badawi aproximando-se lentamente dos soldados israelitas, e ouve-se alguém pedindo-lhe para trazer água. Ouve-se então um tiro al-Badawi cai no chão.

Também num outro vídeo, divulgado pelo site palestino J Media, vê-se o momento em que Badawi é baleado.

O dia 9 de Novembro marca trinta anos desde a queda do Muro de Berlim e da proclamação da superioridade do Ocidente e do seu modelo de mercado livre, com o qual iam cair todos os muros. Três décadas depois, foram construídos mais de 70 muros em todo o mundo. Visto do ponto de vista da Campanha Palestina contra o Muro, parece que o mundo está a atravessar um processo de «israelização».

Três presos palestinos em detenção administrativa nas prisões israeleitas continuam em greve de fome, um deles há 109 dias seguidos, em protesto contra o seu encarceramento ilegal, sem acusação nem julgamento.

Segundo informou este sábado a Comissão dos Presos Palestinos, citada pela agência WAFA, Ismail Ali está em greve de fome há 109 dias. A sua saúde deteriorou-se gravemente devido ao longo jejum: sofreu uma grande perda de peso, perdeu capacidade visual e está incapaz de andar.

Outro detido administrativo, Mosab al-Hindi, está em greve de fome há 47 dias em protesto contra a sua detenção administrativa, foi recentemente transferido para o hospital após um agravamento do seu estado de saúde.

O terceiro grevista da fome, Ahmad Zahran, que está em jejum há 49 dias, também se encontra num estado de saúde grave devido ao seu longo jejum. A sua ordem de detenção administrativa foi prorrogada por mais quatro meses, dois dias antes de terminar a atual.

Páginas

Subscreva Actualidade