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Ao 114.º dia, o preso palestino Ahmad Zahran anunciou nesta segunda-feira, 13 de Janeiro, a vitória na sua heróica greve da fome contra a sua detenção administrativa por Israel.

Na segunda-feira à noite, Zahran telefonou à sua família (durante os quase quatro meses de greve de fome tinham-lhe sido negadas as visitas e telefonemas familiares) do hospital Kaplan, para onde foi transferido devido à grave deterioração do seu estado de saúde, informando que tinha chegado a um acordo com os serviços prisionais israelitas e que a sua detenção administrativa não seria renovada e terminaria em 25 de Fevereiro de 2020.

Esta foi a segunda greve de fome que Ahmad Zahran realizou durante a sua detenção administrativa, que dura desde Março de 2019. A greve da fome anterior durou 39 dias e terminou após lhe ser prometida a libertação; a promessa foi violada e a sua detenção administrativa foi renovada.

As forças de ocupação israelitas notificaram nesta sexta-feira as famílias de três alegados atacantes palestinos da intenção de demolir as suas casas na Cisjordânia ocupada.

A Sociedade dos Presos Palestinos (PPS), citada pela agência WAFA, confirmou que as forças israelitas invadiram a casa da família de Mohammad Walid Hanatsheh, no centro da cidade de Ramala, e entregaram à família uma ordem militar de demolição da casa.

Também a família de Yazan Mghamas recebeu uma ordem militar de demolição da sua casa, entregue durante uma incursão das forças de ocupação em Birzeit, cidade vizinha de Ramala.

Mohammad Hanatsheh e Yazan Mghamas estão actualmente presos por Israel, porque em Agosto de 2019 alegadamente colaboraram, juntamente com Samer Arbid, na morte de um colono israelita perto do colonato ilegal de Dolev, perto da aldeia palestina de Ras Karkar.

Os jornalistas palestinos alertaram que estão a ser alvo de repressão para os impedir de falar contra a ocupação israelita. Os últimos números revelam centenas de violações de direitos no ano passado, incluindo dois mortos a tiro nos territórios ocupados.

Um relatório do Sindicato dos Jornalistas Palestinos (PJS) afirma que em 2019 as forças israelitas cometeram 760 violações e crimes contra jornalistas palestinos, com um aumento acentuado no último trimestre do ano. O número total inclui dois jornalistas que foram mortos a tiro pelo exército israelita na Cisjordânia e na Faixa de Gaza e ainda 12 jornalistas que sofreram ferimentos críticos após serem alvejados com munições reais, 62 ferimentos com balas de aço revestidas de borracha, 58 ferimentos nos quais latas de gás lacrimogéneo e granadas atordoantes foram disparadas directamente para os jornalistas e 78 casos de asfixia por gás lacrimogéneo.

O tribunal militar israelita de Ofer rejeitou o apelo do preso palestino Ahmad Zahran, em greve de fome há 107 dias, contra a sua detenção sem acusação nem julgamento. O tribunal militar, informa a Samidoun (rede de solidariedade com os presos palestinos), adiou repetidamente a decisão, apesar da deterioração da saúde de Zahran.

Ahmad Zahran está preso desde Março de 2019 em regime de detenção administrativa, ao abrigo do qual os palestinos podem ficar presos sem acusação nem julgamento e sem acesso a defesa. A detenção administrativa é efectuada por simples ordem um comandante militar israelita, já que os territórios palestinos ocupados se encontram submetidos a regime militar. Podendo durar até seis meses, as ordens de detenção administrativa são indefinidamente renováveis.

Israel aprovou esta segunda-feira a construção de 1936 novas unidades habitacionais nos colonatos ilegais na Cisjordânia ocupada.

Segundo o Canal Sete da televisão israelita, citado pela QudsN, o Conselho Superior de Planeamento da Administração Civil, organismo do governo militar israelita que administra a Cisjordânia ocupada, anunciou a aprovação da construção de 1936 casas em colonatos em diferentes áreas do território palestino ocupado.

De acordo com o canal israelita, 258 unidades serão construídas no colonato ilegal de Halamish, 180 unidades em Mitzpeh Dani, 147  em Mitzpeh Yericho, 107  em Elon Moreh, 100 em Neve Tzuf e 40 em Peduel.

Israel ocupou a Cisjordânia e Jerusalém Oriental na Guerra dos Seis Dias de 1967 — o que nunca foi reconhecido pela comunidade internacional —, começando de imediato a instalação de colonatos.

O Movimento pelos Direitos do Povo Palestino e pela Paz no Médio Oriente (MPPM) condena nos termos mais veementes o assassínio do general Qassem Soleimani, comandante da Força Quds dos Guardas Revolucionários do Irão, perpetrado na capital do Iraque pelos Estados Unidos.

O assassínio de uma alta personalidade de um país estrangeiro, fora de uma situação de guerra e para mais em violação da soberania iraquiana, constitui um acto de terrorismo de Estado e uma violação gritante do direito internacional.

Os Estados Unidos, que invadiram o Iraque em 2003 sem mandato da ONU e com pretextos falsos, são totalmente responsáveis pela nova escalada de instabilidade e violência na região do Médio Oriente, cujas consequências desastrosas serão sofridas em primeiro lugar pelos seus povos mas que poderão alastrar de forma imprevisível à escala mundial.

Durante 2019 as forças de ocupação israelitas mataram 149 palestinos, incluindo 33 menores, nos territórios palestinos ocupados, informa a  organização Encontro Nacional das Famílias dos Mártires Palestinos.

À Faixa de Gaza correspondem 112 palestinos vitimados pelas forças repressivas, enquanto 37 foram mortos na Cisjordânia ocupada.

Segundo declarações de Mohamed Sobehat, secretário-geral da organização, citado pela Quds Press, o número anual de mortos palestinos durante os últimos cinco anos foi em média de 161.

Os 33 menores mortos em 2019 pelas forças de ocupação representam um aumento de 23% relativamente ao ano anterior.

Em 2019, as forças israelitas prenderam mais de 5500 palestinos dos territórios palestinos ocupados, informam num relatório publicado esta segunda-feira diversas instituições palestinas de direitos humanos e de apoio aos presos.

O relatório, elaborado pela Sociedade dos Presos Palestinos (PPS), Addameer – Associação de Apoio e Direitos Humanos dos Presos e Comissão de Assuntos dos Presos e ex-Presos, indica que o número de presos e detidos palestinos nas prisões de Israel é neste momento de aproximadamente 5000, incluindo 40 mulheres, cerca de 200 menores e 450 em regime de detenção administrativa (prisão sem julgamento nem culpa formada).

O relatório debruça-se com pormenor sobre a realidade dos presos nos cárceres de Israel, pondo também em relevo os actos repressivos mais salientes exercidos pelas autoridades de ocupação em 2019.

Israel continua a manter preso o palestino Ahmad Zahran, que está há quase 100 dias em greve de fome, sem o julgar nem deduzir acusação e com base em provas secretas.

A Comissão de Presos Palestinos afirma num comunicado publicado este sábado que Zahran, de 42 anos, está em greve de fome há 97 dias consecutivos, exigindo um julgamento justo ou a sua libertação da prisão, já que o tribunal militar israelita continua a adiar uma audiência de recurso contra a renovação da sua detenção administrativa por mais quatro meses.

Zahran iniciou esta greve de fome em protesto contra a sua detenção, privado do direito a defesa. É a segunda vez que realiza uma greve desde que foi preso, em Fevereiro; a primeira foi quando a ordem de detenção administrativa foi renovada, em Junho. Terminou essa sua primeira greve após 36 dias, quando lhe disseram que seria libertado em Outubro.

Dezenas de palestinos foram feridos esta sexta-feira pelas forças israelitas na Faixa de Gaza quando participavam na 86.ª manifestação da Grande Marcha do Retorno, perto da vedação com que Israel isola o território palestino.

Vários dos participantes nas manifestações, que se realizaram apesar do vento e da chuva forte, foram feridos por balas reais e revestidas de borracha, enquanto dezenas de outros sofreram de asfixia por efeito do gás lacrimogéneo disparado pelas forças de ocupação.

As manifestações da Grande Marcha do Retorno têm-se realizado todas as semanas desde 30 de Março de 2018, exigindo o fim do bloqueio à Faixa de Gaza, que dura há mais de 12 anos, e o direito dos refugiados palestinos a regressarem aos lugares, na Palestina histórica, de onde foram expulsos durante a campanha de limpeza étnica levada a cabo pelos sionistas por ocasião da criação de Israel, em 1948. 

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