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Um governo de coligação liderado por Benjamin Netanyahu, do Likud, e que integra membros do parido Azul e Branco, de Bruno Gantz, e do Partido Trabalhista, foi hoje aprovado no Knesset com 73 votos a favor e 46 contra.

Netanyahu, que deverá começar a ser julgado por corrupção, fraude e abuso de confiança dentro de uma semana, comprometeu-se a transferir o poder para Bruno Gantz dentro de 18 meses.

No seu discurso inaugural, Netanyahu reiterou o seu plano de anexação da Cisjordânia: «Chegou a altura de aplicar a soberania [de Israel] às comunidades judaicas na Judeia e em Samaria. Isto não nos afastará da paz. Isto torná-la-á mais próxima. Estes colonatos serão parte de Israel em qualquer cenário». E apelou à coesão do bloco sionista: «É tempo que que quem acredita nos nossos direitos à Terra de Israel se juntar a um governo por mim liderado para, juntos,  levarmos a termo um processo histórico.»

O povo palestino assinala hoje, 15 de Maio, o 72º aniversário dos acontecimentos que ficaram conhecidos como “Nakba” – a catástrofe – e que rodearam a criação do Estado de Israel em 1948.

Na impossibilidade de nos reunirmos num acto público, como tem sido uso, a presidente do MPPM, actriz e encenadora Maria do Céu Guerra, gravou esta mensagem, em que a evocação do passado nos alerta para os perigos que ameaçam o futuro da Palestina.

Maria do Céu Guerra empresta também a sua voz para dar vida ao poema «Aqui ficaremos», de Tawfiq Zayyad, um manifesto de resistência do povo palestino. 


Se quiser saber mais sobre a Nakba, sugerimos um filme:

A 15 de Maio assinala-se o dia da Nakba – a catástrofe que, em 1948, se abateu sobre o povo palestino, acompanhando a proclamação unilateral da independência de Israel. Nas semanas seguintes, mais de 700 mil pessoas foram expulsas das suas casas e terras pela violência sionista, numa limpeza étnica que deu origem àquela que é, ainda hoje, a maior comunidade de refugiados em todo o mundo.

As forças israelitas mataram a tiro um adolescente palestino e feriram outros quatro ao efectuarem uma rusga num campo de refugiados na Cisjordânia ocupada, provocando confrontos com os residentes.

Segundo o Ministério da Saúde palestino, Zaid Fadl Qaisia, de 15 anos, foi baleado na cabeça por um soldado israelita durante confrontos no campo de refugiados de al-Fawar, na província de Hebron. Mais quatro jovens foram alvejados com balas vivas - um no abdómen, outro no peito e os restantes nos membros inferiores.  

Testemunhas disseram à Agência Anadolu que as forças israelitas utilizaram balas vivas e de borracha e gás lacrimogéneo, enquanto os palestinos atiraram pedras aos soldados.

Abdelfattah Najjar, um residente de al-Fawar e vizinho de Qaisi, disse à Al Jazeera que dezenas de soldados israelitas tinham invadido o campo para prender um outro adolescente.

377 académicos e artistas de mais de 30 países comprometeram-se a não caucionar a utilização de critérios de decisão de natureza política e, de um modo mais geral, a interferência política de instituições, autarquias e responsáveis públicos na Alemanha que visem silenciar os defensores dos direitos palestinos à luz do direito internacional.

Os signatários comprometem-se a não participar em júris, comissões de prémios ou consultas para recrutamento académico sempre que existam «indicações convincentes de que as suas decisões podem estar sujeitas a interferências ideológicas ou políticas ou a critérios de tomada de decisão de natureza política».

Os Patriarcas e Chefes das Igrejas da Terra Santa tornaram ontem pública uma declaração em que consideram que os planos de Israel para anexar unilateralmente territórios na Cisjordânia ocupada destroem a esperança de êxito de qualquer processo de paz que ponha termo ao conflito que dura há décadas e continua a custar muitas vidas inocentes.

«Em resultado da estagnação do processo de paz no Médio Oriente entre israelitas e palestinos, um conjunto de planos para Israel anexar unilateralmente terras da Cisjordânia, apoiados principalmente por facções de direita, levanta questões graves e catastróficas sobre a viabilidade de qualquer acordo pacífico para pôr fim ao conflito de décadas, um conflito que continua a custar muitas vidas inocentes como parte de um ciclo vicioso de tragédia e injustiça humanas», afirma-se na declaração.

Onze embaixadores europeus avisaram Israel de que, se avançar com os planos de anexação de partes da Cisjordânia ocupada como consta do acordo de coligação governamental recentemente assinado, isso será «uma clara violação do direito internacional» que terá «graves consequências» para o país.

Embaixadores do Reino Unido, Alemanha, França, Irlanda, Países Baixos, Itália, Espanha, Suécia, Bélgica, Dinamarca e Finlândia, bem como da União Europeia (UE), apresentaram na quinta-feira a sua objecção formal ao plano, segundo informação do Canal 13 da televisão israelita, citado pelo jornal Times of Israel.

O protesto dos embaixadores ocorreu durante uma videoconferência com a adjunta do Ministério dos Negócios Estrangeiros israelita para a Europa, Anna Azari.

Barcos da marinha israelita abriram hoje fogo contra pescadores palestinos ao largo da costa norte de Gaza e soldados dispararam granadas de gás lacrimogéneo contra agricultores no sul da Faixa de Gaza, noticiou a agência WAFA.

Os barcos da marinha abriram fogo e apontaram canhões de água aos pescadores que navegavam a três milhas náuticas da costa norte de Gaza, obrigando-os a regressar à costa.

No sul da Faixa de Gaza, soldados israelitas dispararam granadas de gás lacrimogéneo contra agricultores palestinos que se encontravam a leste de Khan Younis, forçando-os também a abandonar a zona antes de serem feridos.

O assédio da marinha e do exército israelitas aos pescadores e agricultores palestinos perto das fronteiras é um acontecimento quase diário que visa desencorajá-los de prosseguir a pesca, uma fonte de rendimento vital para milhares de famílias de Gaza, e de cuidar das suas terras perto da vedação da fronteira com Israel.

A Palestine Solidarity Campaign (PSC) ganhou um processo histórico no Supremo Tribunal que declarou ilegal uma regulamentação do Governo britânico, datada de 2016, que proibia os Fundos de Pensões da Administração Local (Local Government Pension Schemes – LGPS) de fazer desinvestimentos nos países estrangeiros e nas indústrias de defesa do Reino Unido que fossem contrários à política externa e de defesa do Reino Unido.

Isto incluía a proibição de desinvestir em empresas envolvidas nas violações dos direitos humanos, por Israel, como, por exemplo, empresas que comercializam produtos produzidos nos territórios palestinos ocupados, mesmo que fosse essa a vontade dos membros do LGPS.

No 46º aniversário da Revolução de Abril, o MPPM saúda o movimento libertador, conduzido pelos militares com amplo apoio popular, que devolveu aos portugueses a sua liberdade e os seus direitos fundamentais, abriu caminho para a reconciliação com os povos sujeitos ao jugo colonial e permitiu o regresso de Portugal ao convívio das nações ao fim de 48 anos de quase total isolamento internacional do regime fascista, obscurantista e colonialista.

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