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Um presépio diante do Muro, perfurado por um obus, é o último trabalho de Banksy, revelado poucos antes do Natal na simbólica cidade de Belém, na Cisjordânia ocupada.

A obra intitula-se A Cicatriz de Belém, um jogo de palavras entre Star (estrela) e Scar (cicatriz), e está em exposição no Walled-Off Hotel, que foi inaugurado por Banksy em 2017 na cidade palestina. Os quartos do hotel têm vista para o Muro de oito metros de altura construído pelo Estado sionista.

Blocos em miniatura do Muro, com grafitos apelando à paz e ao amor, servem de pano de fundo ao presépio. O impacto de um obus no Muro lembra uma estrela por cima das figuras de Maria, José e Jesus, rodeados por uma vaca e um burro.

Com este trabalho, Banksy contribui «à sua maneira» para as festividades de Natal em Belém, a cidade onde Jesus nasceu, segundo a tradição cristã.

Em 18 de Novembro, o Secretário de Estado americano Mike Pompeo anunciou que «O estabelecimento de colonatos civis israelitas na Cisjordânia não é, por si só, incompatível com o direito internacional». A declaração foi generalizadamente vista como um presente político de um político atolado em problemas legais para outro, mas também causou furor internacional, pois marcou um afastamento drástico em relação a declarações anteriores dos EUA sobre a legalidade dos colonatos de Israel na Cisjordânia.

A procuradora do Tribunal Penal Internacional, Fatou Bensouda, anunciou esta sexta-feira que tem informações fiáveis suficientes para abrir uma investigação sobre os crimes de guerra na Cisjordânia ocupada, em Jerusalém Oriental e na Faixa de Gaza.

«Estou convencida de que há uma base razoável para prosseguir com uma investigação sobre a situação na Palestina», declarou, acrescentando estar «convecida de que foram cometidos ou estão a ser cometidos crimes de guerra na Cisjordânia, incluindo Jerusalém Oriental, e na Faixa de Gaza».

A investigação preliminar de quase cinco anos analisou a agressão israelita de 2014 («Operação Margem Protectora»), de que resultaram 2251 mortos palestinos, a maioria civis, e 74 israelitas, a maioria soldados.

Há 72 anos que o povo palestino aguarda a concretização da promessa que lhe foi feita pela ONU, em 1947, da criação de um Estado palestino em território da Palestina. Ao longo de décadas, sucessivas resoluções da ONU reafirmaram esse compromisso. Numerosos países já tomaram a decisão de reconhecer o Estado da Palestina, numa expressão concreta de solidariedade com a causa do seu povo. A Assembleia da República em Portugal já recomendou o reconhecimento pleno do Estado da Palestina.

Comemora-se hoje o 29.º aniversário da adopção pela Assembleia Geral das Nações Unidas de uma resolução sobre a Convenção Internacional sobre a Protecção dos Direitos de Todos os Trabalhadores Migrantes e dos Membros das suas Famílias.

No mesmo mês (11 de Dezembro de 1948), 42 anos antes da adopção dessa convenção, a Assembleia Geral da ONU adoptou a Resolução 194, que consagra que os refugiados palestinos, expulsos à força de suas terras ancestrais em 1948, quando Israel foi criado, têm o direito de retornar, o que o Estado de Israel lhes tem negado até agora.

Jerusalém permanecerá sob controlo israelita e será criado um Estado chamado «Nova Palestina» na Cisjordânia e Faixa de Gaza, diz um projecto do chamado «acordo do século» do presidente Trump para a Palestina e o Médio Oriente, segundo adianta a televisão libanesa Al-Mayadeen.

O projecto divulgado esta segunda-feira pela Al-Mayadeen apresenta pormenores acerca do calendário e dos métodos do «plano de paz» estado-unidense e discute um acordo de paz trilateral entre a Autoridade Palestina, o Hamas e Israel.

Um Estado chamado «Nova Palestina» seria criado na Cisjordânia e Faixa de Gaza, excluindo os blocos de colonatos, que permaneceriam como parte de Israel.

Seria assinado um acordo entre Israel e o novo Estado palestino, segundo o qual Israel protegeria o Estado da «agressão externa», sendo os palestinos obrigados a pagar a «protecção».

Boris Johnson, recém-eleito primeiro-ministro britânico, deve divulgar no final desta semana a proposta de lei que visa opor-se à campanha de boicote, desinvestimento e sanções contra Israel.

O movimento internacional BDS apela ao boicote, ao desinvestimento e às sanções como forma de pressão sobre Israel para que ponha fim à ocupação da terra palestina, conceda direitos iguais aos cidadãos palestinos de Israel e reconheça o direito de retorno dos refugiados palestinos.

Segundo o diário britânico i, a medida será uma das prioridades legislativas do novo governo que serão anunciadas na quinta-feira durante o discurso da rainha, proferido na abertura do parlamento e escrito pelo primeiro-ministro.

O Partido Conservador, de Boris Johnson, que venceu as eleições gerais de 12 de Dezembro, prometeu no seu manifesto eleitoral proibir os órgãos municipais de boicotarem produtos de países estrangeiros, incluindo Israel.

No decorrer de 2019, registaram-se na Cisjordânia ocupada 256 actos de violência dirigidos contra palestinos por civis israelitas, informa o diário Haaretz. Aumentou a gravidade da violência e da audácia dos responsáveis, embora haja uma diminuição do número de incidentes violentos relativamente 2018, afirmam fontes oficiais israelitas.

Verifica-se um ascenso contínuo dos chamados ataques de «price tag» («etiqueta de preço»), que consistem em vandalizar bens de palestinos ou pintar graffiti com inscrições de ódio.

Fontes citadas pelo Haaretz dizem que este aumento, juntamente com a ousadia dos agressores, faz lembrar a atmosfera que precedeu o fogo posto de consequências fatais na aldeia de Duma, na Cisjordânia ocupada, em 2015, de que resultou a morte de Saad e Riham Dawabsheh e do seu bebé de 18 meses, Ali; o único membro da família que sobreviveu foi o pequeno Ahmed, de quatro anos.

Apesar da oposição dos Estados Unidos, nesta sexta-feira a Assembleia Geral da ONU aprovou por maioria esmagadora a renovação  por mais três anos do mandato da Agência das Nações Unidas para Assistência aos Refugiados da Palestina (UNRWA).

Por 169 votos a favor, a Quarta Comissão da Assembleia Geral alargou até 30 de Junho de 2023 o mandato da UNRWA. Votaram contra os Estados Unidos, Israel, Canadá, Estados Federados da Micronésia, Ilhas Marshall, Kiribati; abstiveram-se Austrália, Camarões, Guatemala, Nauru, República Centro-Africana, Ruanda, Vanuatu.

A UNRWA, criada em 1949, fornece serviços essenciais de educação, saúde e assistência alimentar a mais de 5 milhões de refugiados registados na Cisjordânia, Faixa de Gaza e Jerusalém Oriental, além da Jordânia, Líbano e Síria.

Os governos chilenos, tanto de direita como de esquerda, não renunciaram à herança militar e judicial da ditadura de Augusto Pinochet (1973-1990). Israel contribui para a sua luta contra as populações mapuche indígenas, proporcionando-lhes armas e treino. A criminalização pelo Chile da resistência mapuche pode ser comparada à repressão por Israel da resistência palestina.

Em todo o país, o Chile uniu-se nas manifestações contra o presidente de direita Sebastian Piñera e o seu compromisso com o programa neoliberal introduzido pelo falecido ditador Augusto Pinochet. Os manifestantes pediram a sua demissão e exigiram que seja elaborada uma nova constituição para substituir a herança da ditadura.

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