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Dezenas de palestinos foram feridos esta sexta-feira pelas forças israelitas, que abriram fogo contra os manifestantes que participavam na Grande Marcha de Retorno, na Faixa de Gaza.

O Ministério da Saúde de Gaza informou que 37 palestinos, incluindo 10 crianças e um socorrista, foram feridos por balas reais e cartuchos de gás lacrimogéneo disparados pelos soldados israelitas.

Milhares de palestinos manifestaram-se ao longo da vedação com que Israel isola a Faixa de Gaza, na 83.ª sexta-feira dos protestos da Grande Marcha do Retorno, após uma paragem de três semanas.

Os organizadores do protesto tinham anunciado a suspensão das manifestações em meados de Novembro, após uma escalada dos ataques de Israel contra a Gaza, para evitar mais vítimas palestinas.

O MPPM condena a deslocação a Portugal de Benjamin Netanyahu, primeiro-ministro de Israel, esta quarta e quinta-feira. Alegadamente destinada, segundo de início foi anunciado, à realização de um encontro com o secretário de Estado dos Estados Unidos, Michael Pompeo, o que já seria censurável, esta deslocação será, sabe-se hoje, aproveitada para encontros com o primeiro-ministro e o ministro dos Negócios Estrangeiros de Portugal, o que se reveste da maior gravidade.

Segundo a comunicação social israelita, entre os temas da reunião entre Netanyahu e Pompeo contam-se o Irão e outras questões regionais e ainda a possível anexação do vale do Jordão e um pacto de defesa entre Israel e os EUA.

Foi anunciada a vinda a Portugal de Mike Pompeo, Secretário de Estado norte-americano. Posteriormente, foi confirmada a presença do primeiro-ministro israelita Benjamin Netanyahu, que manterá reuniões com Pompeo e com as autoridades portuguesas.

Mike Pompeo é um dos responsáveis pela política da Administração Trump. Uma política de escalada militarista e de confrontação que agride a soberania, a democracia e o direito internacional e que está a arrastar o Mundo para grandes perigos. Mike Pompeo é um dos representantes dos sectores mais reaccionários e belicistas instalados na Administração norte-americana.

Já Netanyahu é não apenas representante dos sectores mais agressivos do sionismo como é responsável pelo agravamento da ocupação da Palestina, por incontáveis crimes de guerra e pela repressão massiva dos palestinos.

Para protestar contra a realização da Cimeira da NATO, em Londres, mais de duas dezenas de organizações, entre as quais o MPPM, promoveram hoje, na Rua do Carmo, em Lisboa, um concorrido Acto Público. Idêntica iniciativa terá lugar amanhã, 4 de Dezembro, na Rua de Santa Catarina, no Porto.

As organizações promotoras subscreveram a seguinte declaração:

A Organização do Tratado do Atlântico Norte – NATO – realiza uma cimeira nos dias 3 e 4 de Dezembro, em Londres, onde se assinalará, uma vez mais, os 70 anos da criação desde bloco político-militar belicista.

À semelhança de cimeiras anteriores, falar-se-á muito em «paz» e «segurança», mas as decisões que serão tomadas apontarão para o aumento das despesas militares, para novos e mais sofisticados armamentos, para o militarismo e a guerra.

Duas semanas após os EUA anunciarem que não consideravam ilegais os colonatos israelitas nos territórios palestinos ocupados, o ministro da Defesa de Israel aprovou este domingo o planeamento de um novo bairro de colonos judeus no centro de Hebron, na Cisjordânia ocupada.

A imprensa israelita relata que Naftali Bennett deu instruções à Administração Civil, organismo do governo militar israelita que administra a Cisjordânia ocupada, para informar o município de Hebron de que está planeado um novo bairro judaico para a área do mercado de frutas e legumes de Hebron, cujos edifícios serão demolidos.

Segundo Bennett, o bairro «criará uma continuação territorial entre o Túmulo dos Patriarcas e o bairro Avraham Avinu e duplicará o número de residentes judeus na cidade».

Um jovem palestino de 18 anos foi morto a tiro por soldados israelitas neste sábado à noite perto do checkpoint (posto de controlo) da aldeia de Beit Awwa, em Hebron, na Cisjordânia ocupada.

Segundo testemunhas oculares, os soldados do exército de ocupação israelita dispararam balas reais contra três jovens perto do colonato de Shigav, matando Badawi Khaled al-Shalash e ferindo outros dois, um deles com gravidade.

As forças de ocupação israelitas impediram as ambulâncias palestinas de entrarem na zona onde tinham ocorrido o tiroteio, informou o Crescente Vermelho palestino.

Segundo o exército israelita, os três jovens estariam a lançar cocktails molotov contra a torre de observação militar das forças de ocupação e o carro de um colono que se deslocava na rua.

Em cooperação com o MPPM, a Universidade Popular do Porto (UPP) promoveu, em 28 de Novembro, uma sessão de apoio ao povo palestino, associando-se deste modo à celebração do dia 29 de Novembro, Dia Internacional de Solidariedade com o Povo Palestino.

Após uma intervenção inicial de José António Gomes, professor do ensino superior e membro da direção do MPPM, o debate — em que participaram mais de duas dezenas de pessoas, incluindo também testemunhos vivenciais da jovem palestina Nur Rabah Latif, que estuda no Porto — centrou-se em aspectos históricos e de actualidade e na necessidade de promover o esclarecimento e uma acção solidária sem esmorecimento com a luta do povo palestino.

A UPP esteve representada pelo Presidente da Direcção, Sérgio Vinagre.

Por iniciativa do MPPM, com a cooperação da Casa do Alentejo que, uma vez mais, cedeu as suas instalações, assinalou-se ontem o Dia Internacional de Solidariedade com o Povo Palestino numa sessão em que intervieram o Embaixador da Palestina, Nabil Abuznaid, Carlos Almeida, Vice-Presidente do MPPM, Solange Pereira, Presidente Nacional da Juventude Operária Católica, e José Goulão, jornalista especializado em política do Médio Oriente.

Solange Pereira centrou a sua intervenção na problemática dos migrantes e refugiados, vítimas de guerras, agressões e exploração económica, refutando os preconceitos de que frequentemente são objecto nos países de acolhimento. Apelou à solidariedade com estas populações, referindo que a própria igreja católica tem um exemplo a dar. Numa nota complementar, Carlos Almeida referiu que, ainda hoje, os palestinos constituem a maior e mais antiga comunidade de refugiados do mundo.

O governo golpista da Bolívia anunciou esta quinta-feira que o país vai renovar os laços diplomáticos com Israel, após uma década de ruptura.

Em declarações à imprensa estrangeira citadas pelo jornal Haaretz, a ministra dos Negócios Estrangeiros do governo golpista formado após o derrubamento de Evo Morales disse que os laços diplomáticos serão retomados «por respeito pela soberania do Estado, cordialidade e para que as relações podem levar a aspectos positivos para ambos os lados».

Este anúncio, enquadrado na reformulação da política externa do país andino pelo autodenominado «governo de transição», surge dois dias depois de  nomear o primeiro embaixador nos Estados Unidos desde 2008.

Milhares de manifestantes palestinos participaram nesta terça-feira num «dia de raiva» na Cisjordânia ocupada para protestar contra a recente posição dos EUA sobre os colonatos israelitas, declarando que não violam o direito internacional.

Respondendo ao apelo de diversos movimentos políticos palestinos, milhares de pesssoas congregaram-se para protestar em várias cidades da Cisjordânia ocupada. Alguns grupos entraram em confronto com as forças repressivas israelitas, que tinham declarado estado de alerta máximo.

O Crescente Vermelho Palestino informou que durante os protestos as forças israelitas provocaram ferimentos em pelo menos 77 pessoas, causados por balas de aço revestidas de borracha ou inalação excessiva de gás lacrimogéneo.

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