Actualidade

A missão 2020 da Flotilha da Liberdade, que o MPPM noticiou, foi adiada devido à presente situação de pandemia. A este respeito, a coordenação internacional da coligação tornou público o seguinte comunicado:

«Tendo em conta as restrições sanitárias globais em matéria de viagens e reuniões públicas, a Coligação Flotilha da Liberdade decidiu adiar a partida planeada para Gaza. Tínhamos inicialmente planeado visitar vários portos do sul da Europa em Abril e Maio deste ano e rumar a Gaza no final de Maio, para coincidir com o 10º aniversário do ataque israelita ao Mavi Marmara e a outros navios da Flotilha da Liberdade em 2010, que matou 10 activistas da paz.

É claro que estaremos com os nossos parceiros da IHH enquanto comemoram essas mortes e pressionam para que seja feita justiça no Tribunal Penal Internacional. Ainda vamos precisar de mais donativos para ajudar a equipar este barco com segurança, comunicações e outros equipamentos essenciais, bem como para comprar combustível e outros...

A Microsoft retirou o seu investimento de 74 milhões de dólares na empresa de vigilância israelita AnyVision que tem fornecido tecnologia de reconhecimento facial biométrico aos postos de controlo do exército israelita que separam a Cisjordânia ocupada de Jerusalém e de Israel.

Esta decisão culmina o sucesso da campanha #DropAnyVision, lançada pela Jewish Voice for Peace, juntamente com o Comité Nacional Palestino de Boicote, Desinvestimento e Sanções, outras organizações de solidariedade com a Palestina e organismos de vigilância empresarial, para obrigar a Microsoft a retirar o seu financiamento à AnyVision, considerando que este investimento era uma violação explícita dos princípios da Microsoft.

De facto, no final de 2018 a Microsoft tinha emitido uma declaração de princípios sobre a tecnologia de reconhecimento facial em que afirmava que «defenderá a salvaguarda das liberdades democráticas das pessoas em cenários de vigilância da aplicação da lei e não utilizará a tecnologia de...

O exército de ocupação israelita continuou as agressões e detenções nos territórios palestinos ocupados, apesar da propagação do coronavírus. Segundo informações do Centro de Estudos dos Prisioneiros Palestinos, durante o mês de Março registaram-se 250 detenções, incluindo 54 menores e 6 mulheres.

O porta-voz do Centro, o investigador Riyad Al-Ashqar, acusa a ocupação de pôr constantemente em perigo a vida dos palestinos ao continuar a efectuar detenções nestas circunstâncias excepcionais que afectam o mundo inteiro.

Al-Ashqar considera as práticas da ocupação para com os prisioneiros como um claro desrespeito pelas suas vidas, salientando que as autoridades israelitas recusaram durante o mês passado, e continuam a recusar, aplicar as medidas de segurança necessárias para impedir a propagação do coronavírus nas prisões.

Também o Centro Al-Quds de Estudos israelitas e Palestinos noticia centenas de detenções pelo exército de ocupação israelita, durante o mês de Março, na Cisjordânia, em...

A organização de direitos humanos Euro-Mediterranean Monitor, sedeada em Genebra, apelou à comunidade internacional para forçar as forças armadas israelitas a pôr termo às incursões em cidades e vilas palestinas por representarem uma ameaçam para as medidas preventivas tomadas pela Autoridade Palestina para controlar o surto de coronavírus. Pediu também para investigar e responsabilizar o comportamento suspeito de vários soldados e colonos israelitas no que parece ser uma tentativa de espalhar a infecção.

Ontem, soldados israelitas, fortemente armados e acompanhados de cães, lançaram gás lacrimogénio e granadas atordoantes, invadiram casas e procederam a detenções na cidade de Ramala. Na sequência da incursão o município de Ramallah mandou esterilizar as ruas, locais públicos e prédios invadidos pelos soldados israelitas, segundo declarou à agência noticiosa WAFA o presidente da câmara municipal, Moussa Hadid.

Idênticas incursões ocorreram nas aldeias vizinhas de Budrus, a oeste, e Kubar...

No Dia da Terra e no segundo aniversário do início da Grande Marcha do Retorno, uma coligação europeia de organizações, entre as quais o MPPM, lança uma petição para que a União Europeia deixe de utilizar drones israelitas para controlar as suas fronteiras marítimas.

Os drones Hermes, fabricados pela Elbit Systems, a maior empresa militar israelita, foram desenvolvidos especificamente para serem usados pelas forças armadas israelitas para manter a Faixa de Gaza sob o cerco desumano a que está sujeita por Israel desde há mais de uma dezena de anos. Segundo a Human Rights Watch, esses drones foram realmente usados para deliberadamente atingir civis na Faixa de Gaza durante os massacres de 2008-2009. Os drones da Elbit Systems também foram usados para matar civis no Líbano na guerra de 2006 levada a cabo por Israel.

Numa altura em que Israel está a usar a pandemia como cortina de fumo para acelerar a anexação de facto na Cisjordânia e aumentar a repressão, e mantém o bloqueio a Gaza onde...

Assinala-se hoje, na Palestina e em todas as suas diásporas espalhadas pelo mundo, o Dia da Terra. Este ano, o povo palestino evoca os acontecimentos de 1976 numa situação particularmente difícil em resultado da pandemia COVID-19. O previsível avanço da doença, propulsionado pelas deficientes condições sanitárias em que vive a generalidade da população palestina, em especial nos campos de refugiados e na Faixa de Gaza, faz temer o pior. Em paralelo, Israel intensifica os abusos contra os palestinos, levantando obstáculos às medidas de apoio e prevenção da pandemia tomadas nas comunidades palestinas e explorando a situação para acelerar a anexação de facto do território palestino.

No dia 30 de Março, há quarenta e quatro anos, o exército israelita reprimiu de forma brutal um grande movimento popular que se levantara entre a comunidade palestina dentro do território do Estado de Israel em protesto contra o plano decidido um mês antes para a expropriação de uma área de cerca de 20...

Na manhã de ontem, segundo informação da B’Tselem - organização israelita de direitos humanos -, funcionários israelitas escoltados por militares, deslocaram-se à comunidade palestina de Khirbet Ibziq, no norte do Vale do Jordão, onde confiscaram diversos materiais e equipamentos destinados à montagem de tendas para uma clínica de campanha e para alojamento de emergência dos residentes evacuados de suas casas.

Enquanto por todo o mundo inteiro se luta contra uma crise sanitária sem precedentes, as forças armadas israelitas dedicam tempo e recursos a perseguir as comunidades palestinas mais vulneráveis da Cisjordânia, comunidades de pastores e agricultores que vivem na designada Área C (sob controlo civil e militar de Israel) e que Israel tenta, por todos os meios, que abandonem as suas terras, tornando-lhes a vida intolerável, para poder concluir o processo de anexação de facto do território ocupado.

Com toda a impunidade, Israel tem alienado as obrigações que o direito humanitário...

Apesar da situação de emergência sanitária que exige que os residentes de Israel e dos Territórios Ocupados tomem medidas extremas de isolamento social, a polícia de Israel optou, precisamente nesta altura, por intensificar os seus abusos e punições colectivas contra os palestinos no bairro de al-'Esawiyah, em Jerusalém Oriental – denuncia a organização israelita de direitos humanos B’Tselem.

Como parte de uma operação que começou em Abril de 2019, agentes da Polícia de Fronteira e da Unidade Especial de Patrulhamento invadem diariamente o bairro sobrepovoado, mesmo à noite, e mais ainda nos fins de semana, sem qualquer razão aparente e provocam conflitos com os moradores. Nos confrontos que se seguem, a polícia actua com violência, atirando balas de borracha, gás lacrimogéneo e granadas atordoantes. Durante essas incursões, a polícia fecha as entradas do bairro. prende os moradores, na sua maioria menores, e leva-os para uma esquadra, onde são interrogados sozinhos. A maior parte dos...

Nas semanas que se seguiram à guerra de Junho de 1967 (“Guerra dos Seis Dias”), as notícias dos meios de comunicação insinuavam que esse desastre ditaria o fim do povo palestino. Fadwa Tuqan escreveu então este notável poema com que nos associamos ao Dia Mundial da Poesia.

O DILÚVIO E A ÁRVORE

Quando a tempestade satânica chegou e se espalhou
No dia do dilúvio negro lançado
Sobre a boa terra verdejante
“Eles” contemplaram.
Os céus ocidentais ressoaram com explicações de regozijo:
“A Árvore caiu!
O grande tronco está esmagado! O dilúvio deixou a Árvore sem vida!”

Caiu realmente a Árvore?
Nunca! Nem com os nossos rios vermelhos correndo para sempre,
Nem enquanto o vinho dos nossos membros despedaçados
Saciar nossas raízes sequiosas
Raízes árabes vivas
Penetrando profundamente na terra.

Quando a Árvore se erguer, os ramos
Vão florir verdes e viçosos ao sol
O riso da Árvore desfolhará
Debaixo do sol
E os pássaros voltarão
Sim, os pássaros voltarão com certeza
Voltarão.

Fadwa Tuqa foi uma grande senhora das...

Hanan Ashrawi, membro do Comité Executivo da OLP, denunciou o aproveitamento pelas autoridades israelitas do isolamento da Cisjordânia devido ao surto de coronavirus para acelerar a anexação de território palestino ocupado ao mesmo tempo que protege os ataques de colonos contra civis palestinos indefesos.

«Enquanto a comunidade internacional procura cooperar no combate à propagação do vírus Covid 19, Israel está a explorar a situação para acelerar a anexação de facto de terras palestinas, fornecendo protecção e cobertura aos colonos israelitas armados nos seus ataques terroristas contra comunidades palestinas indefesas por toda a Cisjordânia ocupada», disse Ashrawi numa declaração à imprensa divulgada pela agência noticiosa WAFA.

«Como parte dos seus planos para concretizar o infame projecto do colonato E1, Israel anunciou ainda a construção de uma nova estrada do apartheid perto do colonato ilegal de Maale Adumim, apesar dos alertas internacionais de que este projecto irá anexar grandes...