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Os jornalistas palestinos alertaram que estão a ser alvo de repressão para os impedir de falar contra a ocupação israelita. Os últimos números revelam centenas de violações de direitos no ano passado, incluindo dois mortos a tiro nos territórios ocupados.

Um relatório do Sindicato dos Jornalistas Palestinos (PJS) afirma que em 2019 as forças israelitas cometeram 760 violações e crimes contra jornalistas palestinos, com um aumento acentuado no último trimestre do ano. O número total inclui dois jornalistas que foram mortos a tiro pelo exército israelita na Cisjordânia e na Faixa de Gaza e ainda 12 jornalistas que sofreram ferimentos críticos após serem alvejados com munições reais, 62 ferimentos com balas de aço revestidas de borracha, 58 ferimentos nos quais latas de gás lacrimogéneo e granadas atordoantes foram disparadas directamente para os jornalistas e 78 casos de asfixia por gás lacrimogéneo.

Um dos casos mais conhecidos foi o do fotojornalista Moath Amarneh, que perdeu um olho...

O tribunal militar israelita de Ofer rejeitou o apelo do preso palestino Ahmad Zahran, em greve de fome há 107 dias, contra a sua detenção sem acusação nem julgamento. O tribunal militar, informa a Samidoun (rede de solidariedade com os presos palestinos), adiou repetidamente a decisão, apesar da deterioração da saúde de Zahran.

Ahmad Zahran está preso desde Março de 2019 em regime de detenção administrativa, ao abrigo do qual os palestinos podem ficar presos sem acusação nem julgamento e sem acesso a defesa. A detenção administrativa é efectuada por simples ordem um comandante militar israelita, já que os territórios palestinos ocupados se encontram submetidos a regime militar. Podendo durar até seis meses, as ordens de detenção administrativa são indefinidamente renováveis.

Devido à gravidade do seu estado de saúde, Zahran foi transferido para o hospital civil Kaplan na segunda-feira, 6 de Janeiro. Perdeu mais de 35 quilos, é incapaz de andar e tem dores em todo o corpo.

Ahmad Zahran...

Israel aprovou esta segunda-feira a construção de 1936 novas unidades habitacionais nos colonatos ilegais na Cisjordânia ocupada.

Segundo o Canal Sete da televisão israelita, citado pela QudsN, o Conselho Superior de Planeamento da Administração Civil, organismo do governo militar israelita que administra a Cisjordânia ocupada, anunciou a aprovação da construção de 1936 casas em colonatos em diferentes áreas do território palestino ocupado.

De acordo com o canal israelita, 258 unidades serão construídas no colonato ilegal de Halamish, 180 unidades em Mitzpeh Dani, 147  em Mitzpeh Yericho, 107  em Elon Moreh, 100 em Neve Tzuf e 40 em Peduel.

Israel ocupou a Cisjordânia e Jerusalém Oriental na Guerra dos Seis Dias de 1967 — o que nunca foi reconhecido pela comunidade internacional —, começando de imediato a instalação de colonatos.

Actualmente, cerca de 700 000 colonos israelitas vivem em colonatos instalados nos territórios palestinos ocupados da Cisjordânia e de Jerusalém Oriental.

No final...

O Movimento pelos Direitos do Povo Palestino e pela Paz no Médio Oriente (MPPM) condena nos termos mais veementes o assassínio do general Qassem Soleimani, comandante da Força Quds dos Guardas Revolucionários do Irão, perpetrado na capital do Iraque pelos Estados Unidos.

O assassínio de uma alta personalidade de um país estrangeiro, fora de uma situação de guerra e para mais em violação da soberania iraquiana, constitui um acto de terrorismo de Estado e uma violação gritante do direito internacional.

Os Estados Unidos, que invadiram o Iraque em 2003 sem mandato da ONU e com pretextos falsos, são totalmente responsáveis pela nova escalada de instabilidade e violência na região do Médio Oriente, cujas consequências desastrosas serão sofridas em primeiro lugar pelos seus povos mas que poderão alastrar de forma imprevisível à escala mundial.

No prosseguimento da sua estratégia de abater todos os países e forças que se opõem ao seu domínio imperial sobre esta zona do globo rica em recursos...

Durante 2019 as forças de ocupação israelitas mataram 149 palestinos, incluindo 33 menores, nos territórios palestinos ocupados, informa a  organização Encontro Nacional das Famílias dos Mártires Palestinos.

À Faixa de Gaza correspondem 112 palestinos vitimados pelas forças repressivas, enquanto 37 foram mortos na Cisjordânia ocupada.

Segundo declarações de Mohamed Sobehat, secretário-geral da organização, citado pela Quds Press, o número anual de mortos palestinos durante os últimos cinco anos foi em média de 161.

Os 33 menores mortos em 2019 pelas forças de ocupação representam um aumento de 23% relativamente ao ano anterior.

Dos 112 palestinos mortos em Gaza, 69 pereceram sob ataques aéreos israelitas. O caso mais trágico foi talvez o assassínio de oito pessoas da família Abu Malhous — incluindo quatro crianças e duas mulheres —, cuja casa foi atacada e completamente destruída por um míssil disparado por um avião F16 durante a agressão israelita de Novembro.  

Em 2019 as forças de...

Em 2019, as forças israelitas prenderam mais de 5500 palestinos dos territórios palestinos ocupados, informam num relatório publicado esta segunda-feira diversas instituições palestinas de direitos humanos e de apoio aos presos.

O relatório, elaborado pela Sociedade dos Presos Palestinos (PPS), Addameer – Associação de Apoio e Direitos Humanos dos Presos e Comissão de Assuntos dos Presos e ex-Presos, indica que o número de presos e detidos palestinos nas prisões de Israel é neste momento de aproximadamente 5000, incluindo 40 mulheres, cerca de 200 menores e 450 em regime de detenção administrativa (prisão sem julgamento nem culpa formada).

O relatório debruça-se com pormenor sobre a realidade dos presos nos cárceres de Israel, pondo também em relevo os actos repressivos mais salientes exercidos pelas autoridades de ocupação em 2019.

A tortura é uma política sistemática contra os presos palestinos

Durante 2019, as forças israelitas continuaram a usar a tortura como instrumento de vingança e...

Israel continua a manter preso o palestino Ahmad Zahran, que está há quase 100 dias em greve de fome, sem o julgar nem deduzir acusação e com base em provas secretas.

A Comissão de Presos Palestinos afirma num comunicado publicado este sábado que Zahran, de 42 anos, está em greve de fome há 97 dias consecutivos, exigindo um julgamento justo ou a sua libertação da prisão, já que o tribunal militar israelita continua a adiar uma audiência de recurso contra a renovação da sua detenção administrativa por mais quatro meses.

Zahran iniciou esta greve de fome em protesto contra a sua detenção, privado do direito a defesa. É a segunda vez que realiza uma greve desde que foi preso, em Fevereiro; a primeira foi quando a ordem de detenção administrativa foi renovada, em Junho. Terminou essa sua primeira greve após 36 dias, quando lhe disseram que seria libertado em Outubro.

Quando se tornou claro que seria emitida uma terceira ordem de detenção administrativa — sem garantia de que não haveria uma...

Dezenas de palestinos foram feridos esta sexta-feira pelas forças israelitas na Faixa de Gaza quando participavam na 86.ª manifestação da Grande Marcha do Retorno, perto da vedação com que Israel isola o território palestino.

Vários dos participantes nas manifestações, que se realizaram apesar do vento e da chuva forte, foram feridos por balas reais e revestidas de borracha, enquanto dezenas de outros sofreram de asfixia por efeito do gás lacrimogéneo disparado pelas forças de ocupação.

As manifestações da Grande Marcha do Retorno têm-se realizado todas as semanas desde 30 de Março de 2018, exigindo o fim do bloqueio à Faixa de Gaza, que dura há mais de 12 anos, e o direito dos refugiados palestinos a regressarem aos lugares, na Palestina histórica, de onde foram expulsos durante a campanha de limpeza étnica levada a cabo pelos sionistas por ocasião da criação de Israel, em 1948. 

Pelo menos 348 palestinos foram mortos em Gaza por fogo israelita desde o início das marchas, a maioria deles...

Um presépio diante do Muro, perfurado por um obus, é o último trabalho de Banksy, revelado poucos antes do Natal na simbólica cidade de Belém, na Cisjordânia ocupada.

A obra intitula-se A Cicatriz de Belém, um jogo de palavras entre Star (estrela) e Scar (cicatriz), e está em exposição no Walled-Off Hotel, que foi inaugurado por Banksy em 2017 na cidade palestina. Os quartos do hotel têm vista para o Muro de oito metros de altura construído pelo Estado sionista.

Blocos em miniatura do Muro, com grafitos apelando à paz e ao amor, servem de pano de fundo ao presépio. O impacto de um obus no Muro lembra uma estrela por cima das figuras de Maria, José e Jesus, rodeados por uma vaca e um burro.

Com este trabalho, Banksy contribui «à sua maneira» para as festividades de Natal em Belém, a cidade onde Jesus nasceu, segundo a tradição cristã.

Para Wissam Salsaa, o gerente do Walled-Off Hotel, A Cicatriz de Belém simboliza uma «cicatriz da vergonha». «O muro simboliza a vergonha para todos aqueles...

Em 18 de Novembro, o Secretário de Estado americano Mike Pompeo anunciou que «O estabelecimento de colonatos civis israelitas na Cisjordânia não é, por si só, incompatível com o direito internacional». A declaração foi generalizadamente vista como um presente político de um político atolado em problemas legais para outro, mas também causou furor internacional, pois marcou um afastamento drástico em relação a declarações anteriores dos EUA sobre a legalidade dos colonatos de Israel na Cisjordânia. A posição legal dos EUA foi primeiramente tornada pública num parecer jurídico do Departamento de Estado de 1978, que concluiu que o estabelecimento de colonatos civis nos territórios ocupados por Israel em Junho de 1967, que incluía Jerusalém Oriental, era «inconsistente com o direito internacional».

A conclusão desse parecer legal foi posteriormente aprovada pelo Conselho de Segurança da ONU em várias resoluções, que reafirmaram que Israel é a potência ocupante em Jerusalém Oriental, na...