Maher Al-Akhras termina greve de fome após acordo para a sua libertação

Maher Al-Akhras terminou ontem a sua greve de fome, que durou 103 dias, depois de ter chegado a acordo com as autoridades israelitas para o libertarem a 26 de Novembro. O acordo prevê a sua libertação na referida data e a não renovação da sua actual ordem de detenção administrativa.

Al-Akhras, pai de seis filhos, oriundo do distrito de Jenin, no Norte da Cisjordânia, foi detido a 27 de Julho, tendo-lhe sido imposta uma ordem de detenção administrativa de quatro meses sem qualquer acusação clara e com base em provas secretas não disponíveis nem mesmo para os seus advogados. Entrou imediatamente em greve de fome, exigindo a sua libertação da prisão.

Até à sua libertação, Al-Akhras ficará internado num hospital israelita para tratamento médico. Tentativas dos seus advogados de o transferir para um hospital palestino não têm tido acolhimento do Supremo Tribunal israelita.

Actualmente, há cerca de 4400 presos políticos palestinos nas prisões de Israel. Destes, 350 estão sob detenção administrativa.

A detenção administrativa, uma prática introduzida na Palestina pelo mandato colonial britânico, é rotineiramente utilizada por Israel para prender líderes palestinos e activistas comunitários. Ela permite a detenção de palestinos sem acusação ou julgamento por intervalos indefinidamente renováveis, geralmente entre três e seis meses, com base em provas não reveladas.

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