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O presidente do FC Barcelona, Joan Laport, nega que o clube tenha acordado a realização de um jogo amigável de pré-época contra a equipa israelita Beitar de Jerusalém, numa carta enviada ao presidente da Associação de Futebol da Palestina, Jibril Rajoub.

O jogo estaria agendado para 4 de Agosto, em Jerusalém, num estádio construído sobre as ruínas da aldeia palestina de al-Malha, cujos residentes foram expulsos à força e deslocados para campos de refugiados.

«Recebemos a carta que enviou em nome da Associação de Futebol da Palestina, na qual transmitiu as suas preocupações sobre a presumível participação do FC Barcelona num jogo amigável em Jerusalém», diz a carta.

Laport esclarece que o FC Barcelona não anunciou a agenda da equipa para a nova época através dos seus canais oficiais, afirmando que os clubes não contactaram nem afirmaram a realização de qualquer jogo amigável em Jerusalém.

Sublinhou que o FC Barcelona, como instituição desportiva democrática comprometida com direitos e...

O elenco de Let There Be Morning, um filme realizado pelo israelita Eran Kolirin, está a boicotar o Festival de Cinema de Cannes, onde o filme deve estrear hoje. Os actores, que são cidadãos palestinos de Israel, explicaram numa declaração nas redes sociais que vão estar ausentes em protesto contra o apagamento cultural dos palestinos por parte de Israel.

«Não podemos ignorar a contradição da entrada do filme em Cannes sob o rótulo de "filme israelita", quando Israel continua a levar a cabo a sua campanha colonial de décadas de limpeza étnica, expulsão e apartheid contra nós - o povo palestino», disse o elenco numa declaração.

A equipa de produção explicou ainda o prejuízo que é causado aos palestinos quando o seu trabalho é categorizado como "israelita" nos meios de comunicação social.

«Cada vez que a indústria cinematográfica assume que nós e o nosso trabalho caímos sob o rótulo etno-nacional de "israelita", perpetua ainda mais uma realidade inaceitável que nos impõe a nós, artistas...

Uma declaração condenando as práticas israelitas e apelando ao fim imediato do regime do apartheid do Estado judeu já foi assinada por mais de 700 académicos, artistas e intelectuais de mais de 45 países, incluindo Portugal.

A declaração, promovida pela Associação de Académicos para o Respeito pelo Direito Internacional na Palestina (AURDIP), apela a uma constituição democrática que garanta a igualdade de direitos e o fim da discriminação com base na raça, origem étnica ou religião.

«Israel estabeleceu um regime de apartheid em todo o território da Palestina histórica, dirigido contra todo o povo palestino, que deliberadamente fragmentou», lê-se no documento.

«Israel já não procura esconder o carácter do seu regime de apartheid, afirmando a supremacia judaica e os direitos de autodeterminação reservados aos judeus em toda a Palestina histórica através da adopção em 2018 pelo Knesset de uma nova Lei Básica», continua.

O documento acusa também as potências ocidentais de permitirem as...

O maior fundo de pensões da Noruega (KLP) alienou activos em 16 empresas pelas suas ligações aos colonatos israelitas na Cisjordânia ocupada, incluindo o gigante do equipamento de telecomunicações Motorola, segundo noticiou a Al Jazeera.

«Na avaliação do KLP, existe um risco inaceitável de que as empresas excluídas estejam a contribuir para o abuso dos direitos humanos em situações de guerra e conflito através das suas ligações com os colonatos israelitas na Cisjordânia ocupada», disse o KLP, que gere cerca de 95 mil milhões de dólares em activos, num comunicado emitido na segunda-feira.

Para o KLP, as empresas, que abrangem as telecomunicações, a banca, a energia e a construção, todas ajudam a facilitar a presença de Israel e, portanto, correm o risco de ser cúmplices em violações do direito internacional e contrárias às directrizes éticas do KLP.

O desinvestimento da Motorola Solutions é «uma decisão muito simples pelo seu papel de vigilância nos territórios ocupados», disse o KLP...

Foi em Julho de 1975, no Festival Internacional de Cinema de Moscovo, entre dois mil convidados de delegações de todo o mundo, alojadas numa ala completa de um enorme hotel, o Roccia, que me encontrei frente a frente, pela primeira vez, com representantes da Organização da Libertação da Palestina (OLP). E com os seus filmes. E com o seu convívio, entre as inúmeras personalidades sonantes que eram mesmo de todos os quadrantes do mundo: Gina Lollobrigida, Beata Tyszkiewicz, Jacques Tati, Vittorio Gassman, Hortensia Allende, a viúva do Presidente eleito do Chile, Salvador Allende, morto em 1973 no golpe militar de General Augusto Pinochet, etc., etc., etc.

Em Portugal anterior à democracia e, dum modo geral, no Ocidente, a imagem dos palestinos no nosso subconsciente vinha intoxicada de uma obscuridade assaz carregada de principal responsável pelos horrores do conflito israelo-árabe, sombra resultante de uma sistemática campanha nos media que pendia quase sempre a favor de Israel.

Foi...

Quatro jovens arquitectos palestinos formados na Universidade de Birzeit, na Cisjordânia, conquistaram o Prémio Phoenix 2021 num concurso internacional para projectos de concepção e reconstrução do Porto de Beirute.

O porto de Beirute foi destruído em 4 de Agosto de 2020 por uma explosão que matou quase 200 pessoas, feriu mais de 6000 e causou enormes danos materiais em edifícios residenciais e estabelecimentos comerciais.

O Prémio Phoenix 2021 foi atribuído pela iDAR-Jerusalem, uma organização palestina sem fins lucrativos que promove a arquitectura, e procurava «a excelência arquitectónica e evocar mentes inovadoras, a nível mundial, para reconstruir o Porto de Beirute e trazê-lo de volta ao povo, remodelado e recapturado.»

O júri internacional avaliou 13 projectos oriundos de Estados Unidos, Rússia, Polónia, Palestina, Israel, Itália, Arábia Saudita, Países Baixos, Barém, Portugal, China e Líbano.

O projecto vencedor, «The Aftermath: Productive Beirut» (O Rescaldo: Beirute Produtiva)...

A Universidade Popular do Porto, que tem uma actividade relevante na solidariedade com a causa do povo palestino, promove agora, por videoconferência e com participação presencial limitada, um ciclo de cinema da Palestina ou sobre a Palestina com curtas-metragens, um documentário e uma longa-metragem, em três sessões abertas, com comentários e debate.

Segunda-Feira, 5 de Julho - 21h30

Três curtas-metragens de cineastas palestinos sobre a ocupação, o controle, a humilhação, a fragmentação e as condições de vida a que é sujeito o povo da Palestina.

  • Jornada Impossível – Annemarie Jacir -2003, 17 min.

Numa paisagem interrompida por postos de controle militares, um grupo de artistas cruza fronteiras emocionais e políticas enquanto tenta chegar a Jerusalém. Poema visual sobre a fragmentação de um povo.

  • O presente – Farah Nabulsi – 2020 - 24 min.

No dia de aniversário do seu casamento, um homem vai com a filha comprar um presente para a esposa. No caminho há um posto de controle prepotente para os...

«Esta noite não somos judeus, somos nazis», lê-se numa das mensagens partilhadas por supremacistas israelitas de extrema-direita posando com armas em fotografias divulgadas nas redes sociais durante a recente vaga de repressão das manifestações de protesto dos cidadãos palestinos de Israel contra os despejos em Jerusalém Oriental e a ofensiva israelita de 11 dias contra a Faixa de Gaza e divulgada num novo relatório da Amnistia Internacional divulgado esta semana.

Segundo a Amnistia Internacional, a polícia israelita cometeu um catálogo de violações contra palestinos em Israel e em Jerusalém Oriental ocupada, levando a cabo uma campanha repressiva discriminatória, incluindo detenções em massa, utilização ilegal da força contra manifestantes pacíficos e sujeição dos detidos a tortura e outros maus-tratos, durante e após as hostilidades armadas em Israel e Gaza.

A polícia israelita também não conseguiu proteger os cidadãos palestinos de Israel de ataques premeditados por grupos de...

O destacado activista político palestino Nizar Banat morreu na madrugada da passada quinta-feira na sequência da sua detenção pelas forças da Autoridade Palestina (AP) na sua residência em Dura, no distrito de Hebron.

A morte de Banat, que tinha 45 anos, foi recebida com protestos nas ruas da Cisjordânia, bem como com críticas de organizações de direitos humanos e de facções palestinas, que apelaram a uma investigação independente.

O governador de Hebron, Jibreen al-Bakri, disse que «a saúde de Banat se deteriorou» quando uma força dos serviços de segurança o foi prender no início da quinta-feira. Acrescentou que ele foi levado para um hospital onde mais tarde foi declarado morto.

Ammar, um primo de Banat, disse que cerca 25 elementos das forças de segurança palestinas assaltaram a casa cerca das 3:30 da manhã, invadiram o quarto em que Nizar estava a dormir e pulverizaram-no com spray de pimenta na boca e nariz. Depois, agrediram-no severamente com bastões de ferro e madeira, tiraram-lhe...

Dois membros extremistas do Knesset, o parlamento israelita, invadiram o bairro de Sheikh Jarrah, em Jerusalém Oriental, na terça-feira à tarde, para pressionar três famílias palestinas a abandonar as suas casas.

Os dois deputados, Bezalel Smotrich e Orit Strock do Partido do Sionismo Religioso, de extrema-direita, que estavam acompanhados por colonos judeus e protegidos por agentes da polícia israelita, ameaçaram as famílias Diab, Al Kurd e Qasim de serem expulsas à força das suas casas no prazo de um mês.

Os habitantes locais reuniram-se e protegeram as famílias palestinas contra os intrusos.

Smotrich tem um historial de incitamento racista contra os palestinos. Encontrou-se com os colonos israelitas que tinham ocupado parte da casa da família Al Kurd antes de receberem ordem da polícia para sair.

Os residentes de Sheikh Jarrah têm sido sujeitos a assédio regular por parte de deputados extremistas e colonos judeus.

Colonos atacam palestinos com protecção da polícia israelita

Na segunda...