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As forças armadas israelitas prenderam duas activistas palestinas, Khitam al-Saafin e Shatha Tawil, na Cisjordânia ocupada, em incursões nocturnas realizadas na passada segunda-feira.

Khitam al-Saafin, presidente da União dos Comités de Mulheres Palestinas (UPWC) e membro do secretariado da União Geral das Mulheres Palestinas (GUPW), foi detida na sua casa, na cidade de Beitunia, a oeste de Ramala.

A UPWC denunciou a detenção de Saafin, que já fora anteriormente sujeita a uma detenção administrativa arbitrária, observando que esta vem inserida num ataque contínuo a mulheres palestinas, especialmente estudantes.

Maher Al-Akhras terminou ontem a sua greve de fome, que durou 103 dias, depois de ter chegado a acordo com as autoridades israelitas para o libertarem a 26 de Novembro. O acordo prevê a sua libertação na referida data e a não renovação da sua actual ordem de detenção administrativa.

Al-Akhras, pai de seis filhos, oriundo do distrito de Jenin, no Norte da Cisjordânia, foi detido a 27 de Julho, tendo-lhe sido imposta uma ordem de detenção administrativa de quatro meses sem qualquer acusação clara e com base em provas secretas não disponíveis nem mesmo para os seus advogados. Entrou imediatamente em greve de fome, exigindo a sua libertação da prisão.

Até à sua libertação, Al-Akhras ficará internado num hospital israelita para tratamento médico. Tentativas dos seus advogados de o transferir para um hospital palestino não têm tido acolhimento do Supremo Tribunal israelita.

As forças israelitas mataram hoje um palestino perto do posto de controlo militar de Huwara, a sul da cidade de Nablus, de acordo a agência noticiosa Wafa.

A vítima foi identificada como Bilal Adnan Rawajbeh, de 29 anos, da aldeia de Iraq Tayeh, a leste de Nablus. Era conselheiro jurídico com a patente de capitão nas Forças de Segurança Preventiva, um dos serviços de segurança da Autoridade Palestina.

O Crescente Vermelho palestino afirmou, numa declaração, que o exército israelita impediu os seus médicos de aceder ao local e de prestar primeiros socorros a Rawajbeh após ter sido baleado, e que o seu corpo está sob custódia israelita e não pôde ser imediatamente recuperado.

Um vídeo do incidente mostra soldados israelitas a abrir fogo sobre o veículo Hyundai branco que Bilal conduzia.

O jornalista e escritor Robert Fisk faleceu no passado dia 30 de Outubro, em Dublin, na Irlanda.

O The Independent, o jornal para que escreveu nos últimos 31 anos, resume assim o seu obituário: «Robert Fisk foi o correspondente multi-premiado do The Independent para o Médio Oriente. Viveu no mundo árabe durante mais de 40 anos, abrangendo a guerra na Síria e no Líbano, cinco invasões israelitas, a guerra Irão-Iraque, a invasão soviética do Afeganistão, a guerra civil argelina, a invasão do Kuwait por Saddam Hussein, as guerras da Bósnia e do Kosovo, a invasão e ocupação americana do Iraque e as revoluções árabes de 2011. Faleceu em Outubro de 2020 com 74 anos de idade.»

A sua busca incessante de fontes de informação e o rigor da sua análise fizeram com que fosse generalizadamente reconhecido como um dos mais conceituados correspondentes no Médio Oriente.

O Tratado para a Proibição das Armas Nucleares, que proíbe os países que o ratificarem de «em circunstância alguma desenvolver, testar, produzir, fabricar ou adquirir, possuir ou armazenar armas nucleares ou outros engenhos explosivos nucleares», deve entrar em vigor em Janeiro de 2021.

Esse marco histórico, da adopção do primeiro instrumento multilateral juridicamente vinculativo para o desarmamento nuclear em duas décadas, vai ocorrer noventa dias depois da sua ratificação, no sábado, pelo 50.º Estado membro — as Honduras — e pouco mais de 75 anos depois dos bombardeamentos de Hiroxima e Nagasáqui.

Amer Abdul-Rahim Snobar, de 18 anos, residente em Yatma, perto de Nablus, morreu hoje de manhã cedo depois de ter sido severamente espancado por soldados israelitas, de acordo com fontes médicas e de segurança palestinas.

Segundo fontes locais, as forças israelitas perseguiram e interceptaram o carro que Amer conduzia ao amanhecer numa estrada perto de Turmus Ayya, a nordeste de Ramala, na Cisjordânia ocupada, retiraram-no do carro e espancaram-no brutalmente com as coronhas das espingardas.

A vítima foi transportada de urgência para o Hospital Palestino, onde os médicos declararam o óbito. Os médicos disseram que foi exposto a múltiplos golpes violentos no pescoço e na zona superior do seu peito.

Uma declaração militar israelita dizia que um palestino caiu enquanto fugia e bateu com a cabeça enquanto era perseguido pelas forças do exército.

A época de colheita da azeitona, iniciada a 7 de Outubro, foi perturbada por colonos israelitas em 19 incidentes no período entre 6 e 19 de Outubro, deixando 23 agricultores palestinos feridos, mais de 1000 oliveiras queimadas ou danificadas e grandes quantidades de produtos agrícolas foram roubados, de acordo com o relatório quinzenal de Protecção Civil do Gabinete das Nações Unidas para a Coordenação dos Assuntos Humanitários no Território Palestino Ocupado (OCHA-OPT).

Nos arredores da aldeia de Burqa, na zona de Ramala, os colonos apedrejaram e agrediram fisicamente palestinos que apanhavam azeitona, em três ocasiões, provocando confrontos. As forças israelitas intervieram num dos confrontos, ferindo 14 palestinos e deixando 30 árvores queimadas por granadas de gás lacrimogéneo. Os ferimentos restantes foram registados em zonas agrícolas perto da cidade de Huwwara, no distrito de Nablus, e nas aldeias de Ni'lin e Beitillu, na zona de Ramala.

Gaza, mon amour, realizado pelos gémeos Tarzan e Arab Nasser, é o candidato da Palestina a uma nomeação para o Óscar de melhor filme em língua estrangeira. Estreou, este ano, no Festival de Veneza e é uma co-produção da Palestina, França, Alemanha, Portugal e Qatar.

O filme foi posteriormente exibido no Festival Internacional de Cinema de Toronto 2020, onde ganhou o Prémio NETPAC (Network for the Promotion of Asian Cinema), que distingue os melhores filmes asiáticos em festivais seleccionados do mundo inteiro.

Inspirado numa situação verídica ocorrida em Gaza, em 2014, o filme conta a história de Issa (Salim Dau), um pescador de Gaza, de 60 anos, secretamente apaixonado pela modista Siham (Hiam Abass), cuja sorte muda quando recolhe na sua rede de pesca uma escultura fálica do deus grego Apolo…

O Algarve proporcionou os locais para as filmagens das cenas situadas nas praias e no mar de Gaza, interditados pelo bloqueio israelo-egípcio.

O YouTube considerou que um vídeo submetido ao concurso escolar «Paz para a Palestina», que o MPPM promoveu em 2010, é inadequado para todas as idades e classificou-o com restrição de idade (para maiores de 18 anos). É uma classificação que aquela plataforma aplica, nomeadamente, a conteúdos pornográficos.

O vídeo foi realizado por alunos do 7º ano do ensino básico e ilustra a sua mensagem de paz com algumas imagens da violência de Israel sobre os palestinos, recolhidas no próprio YouTube.

Aparentemente, o que choca os censores do YouTube não é a violência de Israel sobre os palestinos, mas sim a denúncia dessa violência.

O MPPM tentou apelar desta decisão, mas recebeu a resposta «Não é possível recorrer desta violação.»

O vídeo está disponível aqui: https://www.youtube.com/watch?v=wTjNbGU7y60

Os actos de violência dos colonos judeus contra os palestinos e os seus bens são rotineiros na Cisjordânia, mas intensificam-se na época da apanha da azeitona, que os ocupantes sabem ser a principal fonte de subsistência de grande parte das famílias palestinas.

Segundo noticia a agência Wafa, colonos israelitas do colonato ilegal de Shavei Shomron inundaram hoje terras de propriedade palestina com esgotos e águas residuais na localidade de Sebastia, a norte da cidade de Nablus.

As terras estão plantadas com oliveiras e damasqueiros e este acto de vandalismo acarreta pesadas perdas materiais para os agricultores.

Outro incidente ocorreu hoje na aldeia Deir al-Hatab, situada a leste de Nablus, em que colonos israelitas, oriundos do colonato israelita ilegal de Elon Moreh, agrediram e expulsaram das suas terras agricultores palestinos que procediam à colheita da azeitona.

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