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Água, bem escasso na Palestina

Um estudo divulgado ontem pelo Gabinete Central de Estatísticas da Palestina (PCBS) e pela Autoridade Palestina da Água indica que apenas quatro por cento dos agregados familiares na Faixa de Gaza têm acesso a água potável segura.

Mais de 97% da água bombeada do aquífero costeiro na Faixa de Gaza não cumpre os padrões de qualidade da água da Organização Mundial de Saúde, levando ao esgotamento das reservas de águas subterrâneas, onde o nível das águas subterrâneas no aquífero costeiro atingiu 19 metros abaixo do nível do mar.

Como resultado do crescimento populacional e considerando a elevada percentagem de poluição da água na Faixa de Gaza, a quota de água doce adequada para uso humano é de apenas 22,4 litros por dia per capita.

O consumo médio diário per capita na Palestina é de 81,9 litros – abaixo dos 100 litros por dia considerados como limite mínimo pela Organização Mundial de Saúde – como resultado de Israel controlar mais de 85% da água palestina.

1 - O Tribunal Penal Internacional (TPI), por decisão de 05.02.2021, reconheceu ter jurisdição sobre os territórios palestinos ocupados por Israel desde 1967, nomeadamente Gaza, Cisjordânia, e Jerusalém Oriental. Uma tal decisão vem na sequência do pedido formulado em 2019 pela Procuradora do TPI para investigar atos praticados naqueles territórios envolvendo ilícitos, nomeadamente crimes de guerra, praticados por membros das forças de Defesa e Autoridades israelitas, membros do Hamas e grupos armados. Estes ilícitos estão previstos no artigo 5º do Tratado de Roma de 17.07.1998 (entrado em vigor em 01.07.2002) ao abrigo do qual o TPI foi criado.

Neste Dia Internacional para a Eliminação da Discriminação Racial, é oportuno recordar que Israel é um Estado que comprovadamente pratica a discriminação racial, tanto no seu território como nos territórios ocupados sob seu controlo efectivo.

A Convenção Internacional para a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação Racial, de que Israel é Estado Parte, considera que há discriminação racial quando um Estado impõe restrições ou preferências com base, nomeadamente, na origem étnica ou nacional.

Rachel Corrie, uma jovem estudante norte-americana, foi morta por um bulldozer do exército israelita quando tentava impedir a demolição de uma casa palestina na Faixa de Gaza. Foi há 18 anos, mas não podemos deixar que a memória se apague.

Rachel tinha 23 anos. Ela e mais oito outros activistas do Movimento de Solidariedade Internacional (ISM) utilizavam meios não violentos de intervenção para parar a demolição de habitações no campo de refugiados de Rafah, na Faixa de Gaza, junto à fronteira com o Egipto.

As autoridades israelitas alegavam que as demolições eram necessárias por razões de segurança, mas os grupos de direitos humanos contrapunham que as demolições representavam uma forma de punição colectiva.

As autoridades israelitas aprovaram um plano para confiscar grandes extensões de terras de propriedade palestina na província de Belém, na Cisjordânia ocupada, noticia a agência Wafa.

As terras a serem confiscadas localizam-se na vizinhança do colonato ilegal de Bitar Illit e serão utilizadas para a abertura de estradas reservadas a colonos e para a construção de novas unidades habitacionais para a população dos colonatos judaicos.

A organização israelita de direitos humanos B'Tselem revela os complexos mecanismos jurídicos e administrativos que Israel utiliza para assumir o controlo de mais terras palestinas na Cisjordânia.

«Ler Mahmud Darwish, além de uma experiência estética impossível de esquecer, é fazer uma dolorosa caminhada pelas rotas da injustiça e da ignomínia de que a terra palestina tem sido vítima às mãos de Israel», escreveu José Saramago no seu «Caderno».

Mahmud Darwish, intelectual e resistente, celebraria hoje o seu 80º aniversário. Nasceu em 13 de Março de 1941 em Al-Birwa, uma aldeia da Galileia perto de São João d'Acre, então território sob mandato britânico.

Durante a limpeza étnica que acompanhou a criação do Estado de Israel, a aldeia foi ocupada e despovoada em 1948 pelas forças israelitas. Os seus habitantes tornaram-se refugiados, alguns no Líbano, alguns deslocados internos. Sobre as ruínas da aldeia foi construído um colonato judaico.

No Dia Internacional da Mulher o MPPM homenageia as mulheres que, em todo o mundo e em especial na Palestina, lutam pela liberdade, pela justiça, pela igualdade, contra a discriminação.

As mulheres palestinas, que estão presentes em todos os sectores da vida nacional, participam com todos os palestinos, na luta contra a ocupação e a limpeza étnica, pelo direito a viver num país livre, ao mesmo tempo que desenvolvem a sua luta emancipadora pelo reconhecimento dos seus direitos de mulher.

Uma luta árdua, que se confronta diariamente com uma potência ocupante e anexionista que nega os direitos básicos políticos, económicos, sociais, sanitários.

Uma potência ocupante e anexionista que é um Estado teocrático, que desenvolve uma política de apartheid ao reconhecer direitos apenas com base na pertença religiosa, como ficou consagrado na lei básica "Israel, Estado-nação do povo judaico", aprovada pela Knesset em 19 de Julho de 2018.

Na segunda quinzena de Fevereiro, dezassete palestinos foram feridos na Cisjordânia, segundo relata a OCHA-OPT no relatório Protection of Civilians Report referente ao período de 16 de Fevereiro a 1 de Março de 2021.

Entre os palestinos, um rapaz de 16 anos foi baleado pelas forças israelitas com munições vivas, enquanto caminhava perto do Muro na aldeia de Saffa (Ramallah).

Sete outros foram feridos em protestos contra o estabelecimento de um posto avançado de colonatos em Beit Dajan (Nablus) e contra a expansão dos colonatos em Kafr Qaddum (Qalqiliya).

Dois palestinos foram feridos em confrontos que irromperam durante duas operações de busca e detenção no campo de refugiados de Ad Duheisha (Belém) e na aldeia de Abu Shukheidim (Ramallah).

Mahmoud Sirdah, professor de hematologia e genética molecular na Universidade Al-Azhar em Gaza, Palestina, recebeu o prestigiado prémio Global Faculty Award da Fundação ASK como reconhecimento pela sua notável contribuição para a sua profissão.

O Professor Sirdah é conselheiro de hematologia e genética molecular em organizações nacionais e regionais e membro do Conselho de Administração da Fundação Palestina Futuro da Infância, bem como do Conselho de Administração Fundador do Conselho Superior Palestino para a Inovação e Excelência.

É também membro do Comité Consultivo de Peritos do Instituto Nacional de Saúde Pública da Palestina, e serviu como Secretário do Conselho de Investigação da Saúde da Palestina.

Esta Bandeira da Esperança: Um Olhar Sobre a Questão Palestina

A Questão Palestina não é um conflito israelo-palestino. É uma história de violência sobre o povo palestino, de violação dos seus direitos humanos, de ocupação do seu território, de apropriação dos seus recursos.

Mas é, também, a história da resistência heróica de um povo pela afirmação da sua identidade nacional, assente numa cultura milenar, e a história da luta pelo reconhecimento dos seus direitos naturais.

É um pouco dessa história que contamos nesta exposição para que sejamos cada vez mais os que, correspondendo ao apelo de Mahmoud Darwich, ajudam o povo palestino a carregar a sua bandeira de esperança.

Veja a exposição em formato e-book: https://online.fliphtml5.com/chxui/qngl/
 

 

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