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O município israelita de Jerusalém Ocidental demoliu parte do centenário cemitério islâmico al-Yousifieh, em Jerusalém Oriental ocupada, de acordo com a agência noticiosa palestina WAFA.

Mustafa Abu Zahra, um zelador dos cemitérios islâmicos na cidade sagrada, disse que um bulldozer municipal demoliu o muro de pedra do cemitério, uma semana depois de ter demolido as suas escadas, no que Abu Zahra descreveu como "uma violação flagrante da santidade do local".

As autoridades israelitas, que já tinham tomado posse de parte do cemitério, planeiam destruí-lo para aí construir um parque urbano, uma medida que enfurece muitos residentes de Jerusalém Oriental que têm entes queridos enterrados naquele cemitério.

Numa conferência de imprensa em Berlim, na passada quinta-feira, os directores de 32 das mais prestigiadas instituições culturais alemãs divulgaram uma declaração na qual se pronunciam contra a resolução do Bundestag sobre o anti-semitismo e alertam que «as acusações de anti-semitismo estão a ser mal utilizadas para afastar vozes importantes e para distorcer posições críticas».

Sintomático do clima que se vive no meio cultural alemão é que a conferência de imprensa foi planeada clandestinamente e culminou um ano de reuniões mensais realizadas em absoluto sigilo. Em causa estão, no entender dos participantes, a democracia alemã e a liberdade de expressão artística e académica.

O Estado de Israel foi fundado há 72 anos, no ano em que a ONU aprovou a Declaração Universal dos Direitos Humanos (DUDH). Mas a coincidência terminou aí. O novo Estado, construído sobre as ruínas de mais de meio milhar de vilas e aldeias palestinas e assente na limpeza étnica da população autóctone, que desenraizou mais de 700 000 Palestinos, vem manifestando o mais absoluto desprezo pelos direitos humanos dos naturais da Palestina.

Muitos milhares de Palestinos perderam a vida em agressões militares ou actos de violência de forças policiais ou de civis israelitas agindo com total impunidade. À Nakba, às guerras e às campanhas militares contra Gaza, somam-se a violência dos colonos, as repressões violentas de manifestações pacíficas, as mortes nas prisões por acções violentas ou por omissão de auxílio.

Kahlida Jarrar escreveu, na prisão de Damon onde se encontra detida desde Outubro de 2019, esta carta que foi lida no Festival de Literatura Palestine Writes pelas suas filhas Suah e Yafa. Na carta, Khalida Jarrar fala de cultura, de literatura e de educação, da vida na prisão e de como a leitura fortalece a resistência, e agradece aos «escritores, académicos, intelectuais e artistas árabes que rejeitam a normalização com o sistema colonizador de Israel». Devido à pandemia, o festival, que deveria ter tido lugar em Nova Iorque entre 27 e 29 de Março de 2020, acabou por se realizar em conferências virtuais entre 2 e 6 de Dezembro passado.

Nós, abaixo assinados, académicos, jornalistas e intelectuais palestinos e árabes, exprimimos aqui a nossa opinião sobre a definição de anti-semitismo pela International Holocaust Remembrance Alliance (IHRA) e a forma como esta definição tem sido aplicada, interpretada e utilizada em vários países da Europa e da América do Norte.

Nos últimos anos, a luta contra o anti-semitismo tem sido cada vez mais instrumentalizada pelo governo israelita e pelos seus apoiantes, num esforço para deslegitimar a causa palestina e silenciar os defensores dos direitos dos Palestinos. Desviar a luta necessária contra o anti-semitismo para servir uma tal agenda ameaça debilitar esta luta e, consequentemente, desacreditá-la e enfraquecê-la.

Ali Ayman Abu-Alayya, de 13 anos de idade, sucumbiu aos ferimentos que sofreu depois de ter sido atingido com fogo real pelas forças de ocupação israelitas.

Ali participava numa manifestação não violenta dos habitantes da aldeia de al-Mughayir, a nordeste de Ramala, quando foi baleado por soldados israelitas. Foi transportado de urgência para o Complexo Médico Palestino em Ramala, mas não foi possível salvar-lhe a vida.

O presidente da câmara de al-Mughayyir, Amin Abu-Alya, disse que uma força militar israelita dispersou violentamente os participantes da manifestação que apelava à defesa da área de Ras al-Tin contra a expropriação para dar lugar à construção de um novo posto avançado israelita.

Um colono israelita tentou hoje incendiar a Igreja do Getsémani, no Monte das Oliveiras, em Jerusalém Oriental ocupada.

O colono entrou furtivamente nas instalações da igreja, derramou um líquido inflamável e tentou incendiar alguns dos bancos de madeira.

O ataque, que ocorreu enquanto no Santo Sepulcro tinha lugar a inauguração do novo Patriarca Latino, foi frustrado por jovens palestinos locais que entregaram o agressor às autoridades.

A Igreja do Getsémani, também chamada Igreja de Todas as Nações, é uma igreja católica construída no local do Jardim do Getsémani onde os cristãos crêem que Jesus foi traído por Judas, vindo a ser preso, julgado e crucificado.

Ramzy Khoury, Presidente da Alta Comissão Presidencial para os Assuntos Religiosos, condenou o ataque à Igreja do Getsémani e frisou que este não foi o primeiro ataque a lugares santos e de culto islâmicos e cristãos, especialmente em Jerusalém.

A. Em Relatório à 44ª Sessão do Conselho de Direitos Humanos, datado de 15 de Julho de 2020, o seu autor Michael Lynk – relator especial da ONU sobre a situação de direitos humanos no território palestino ocupado militarmente por Israel desde 1967 define como ilegal a punição colectiva que vitima o povo palestino, perpetrada pelo Governo de Israel.

O autor do Relatório entende que o enquadramento em causa, além de violar o sentido de Justiça e o alcance do Estado de Direito, atenta contra os direitos humanos e o direito internacional, traduzido materialmente «numa economia colapsada, numa infraestrutura devastada, um serviço social que mal funciona» e edificação de colonatos em terra alheia.

Depreende-se daquele escrito que alguns gestos do Hamas, porventura criticáveis, não podem de forma alguma justificar a carga violenta de colonatos nem abranger a globalidade da população palestina.

Um autocarro conduzido por um motorista israelita atropelou mortalmente dois trabalhadores palestinos, esta manhã, no posto de controlo militar 300, na saída norte da cidade ocupada de Belém.

Os dois jovens mortos foram identificados como Ziad Ali Hussein Abiyat, de 29 anos, e Jaafar Omar Abaya, de 30 ano. Seis outros palestinos ficaram feridos no incidente.

O condutor fugiu do local, mas a polícia deteve-o mais tarde.

Num processo que se repete diariamente, milhares de trabalhadores palestinos amontoam-se, de madrugada, nos corredores gradeados dos postos de controlo, atravessam os torniquetes, passam por detectores de metais e mostram as suas identificações e autorizações aos soldados israelitas para poderem viajar para Jerusalém Oriental ocupada ou para Israel para trabalhar.

Este ano, devido à situação de pandemia, o MPPM não pôde organizar as habituais iniciativas em torno do Dia Internacional de Solidariedade com o Povo Palestino que sempre incluem uma Sessão Pública de Solidariedade. Não podendo deixar de reiterar, nesta data, a nossa solidariedade com o povo palestino, aqui a deixamos dita pelo Vice-Presidente do MPPM, Carlos Almeida.

Por iniciativa da Assembleia Geral das Nações Unidas assinala-se, a 29 de Novembro, o Dia Internacional de Solidariedade com o Povo Palestino. Foi nesse dia que, em 1947, as Nações Unidas aprovaram o Plano de Partilha do território histórico da Palestina.

O Estado judaico de Israel foi criado logo no ano seguinte. Mas, 73 anos volvidos, o povo palestino aguarda ainda o cumprimento da promessa então feita pela ONU de criar também um Estado árabe na Palestina.

Trata-se duma terrível dívida histórica, duma autêntica traição da chamada ‘comunidade internacional’ ao povo da Palestina.

Mensagem do MPPM no Dia Internacional de Solidariedade com a Palestina 2020
Mensagem do MPPM no Dia Internacional de Solidariedade com a Palestina 2020

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